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Hematuria

Por:   •  17/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  406 Visualizações

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ALENCAR PROENÇA JUNIOR

CARLOS EDUARDO PEREIRA CARVALHO

GIVAGO ADAM

HENRIQUE REVEILLEAU FIORENTIN

LUIZA REBELLO

MATHEUS WALERIO BRAIDO

MELTON SOMBRIO

OTÁVIO RUPP

RAYSSA PRÁ BUSS

HEMATÚRIA E PROTEINÚRIA

Tubarão

2015

ALENCAR PROENÇA JUNIOR

CARLOS EDUARDO PEREIRA CARVALHO

GIVAGO ADAM

HENRIQUE REVEILLEAU FIORENTIN

LUIZA REBELLO

MATHEUS WALERIO BRAIDO

MELTON SOMBRIO

OTÁVIO RUPP

RAYSSA PRÁ BUSS

HEMATÚRIA E PROTEINÚRIA

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Medicina, para a disciplina de Nefrologia e urologia, como requisito parcial ao grau de Médico.

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Professores: Leopoldo F. Saldanha e Alfredo J.             Moreira Maia

Tubarão

2015

INTRODUÇÃO

2.Proteinuria

A dosagem de albuminúria ou, de forma mais abrangente, de proteinúria é considerada marcador sensível não apenas de lesão renal, mas também de doenças cardiovasculares de um modo geral, o que lhe confere papel de destaque como instrumento diagnóstico. Em certo sentido, não se pode dizer que a determinação da excreção urinária de proteína seja atualmente um exame mais relevante que quando foi desenvolvido, no século XVIII, o primeiro método para sua realização, porém hoje seu âmbito de utilização é maior e a aplicabilidade para diagnóstico precoce dessas doenças é amplamente reconhecida. Além disso, o conhecimento atual sobre os possíveis interferentes e as variadas causas de erro inerentes ao exame exigem maior cuidado com o processamento da amostra e a análise propriamente dita, face às consequências diagnósticas, prognósticas e terapêuticas, que resultados falsamente positivos ou negativos acarretam.

A determinação da excreção urinária de proteínas totais e, em especial, da fração albumina constitui-se no exame mais sensível e aplicável, no dia a dia, para detecção precoce de doença renal crônica (DRC), condição cuja prevalência vem aumentando de forma muito rápida em nossos dias.  

Hoje, proteinúria é definida como a excreção urinária de proteínas superior a 150 mg por dia, embora fases precoces de certas doenças renais possam cursar com menores graus de proteinúria. Convém no entanto salientar que na gravidez a excreção urinária de proteínas aumenta, sendo considerados como patológicos níveis de proteinúria superiores a 300 mg/dia. Microalbuminúria define-se como a excreção urinária de albumina entre 30 e 300 mg/dia ou 20-200 ug/minuto, em duas determinações separadas por um intervalo superior a 3 meses. Utiliza-se sobretudo na identificação de doentes com diabetes em risco de nefropatia e na avaliação do risco cardiovascular, por exemplo, em doentes hipertensos

Da totalidade de proteínas diariamente excretadas na urina, 20 a 30 mg correspondem a albumina, 10 a 20 mg a proteínas plasmáticas de baixo peso molecular (como as cadeias leves de imunoglobulinas) e 40 a 60 mg a proteínas secretadas pelo ramo ascendente da ansa de Henle e túbulo distal (destas, destacam-se a proteína de Tamm-Horsfall e a Imunoglobulina A).

Do ponto de vista fisiopatológico, a proteinúria pode ser classificada como glomerular, tubular e de sobrecarga. A proteinúria glomerular resulta do aumento da filtração de macromoléculas através da barreira de filtração glomerular, por dois mecanismos: perda de seletividade de carga e perda de seletividade de tamanho.

A proteinúria na maioria das doenças glomerulares é devida a uma agressão estrutural (por exemplo, por deposição de imunocomplexos), que resulta em um aumento do número e do diâmetro dos poros, ou seja, perda da seletividade de tamanho. A perda parcial da seletividade de carga é um mecanismo menor na fisiopatologia deste tipo de proteínuria. Assim, há perdas urinárias de grandes quantidades de albumina e de outras proteínas plasmáticas, ocasionando a proteinúria não seletiva. Pelo contrário, a proteinúria na doença de lesões mínimas da criança ocorre principalmente uma perda da seletividade de carga, provavelmente devido à redução na síntese de polianiões como o heparan-sulfato. Neste caso, a albumina é a principal proteína excretada, ou seja, proteinúria seletiva. A filtração de macromoléculas neutras está apenas ligeiramente aumentada, o que sugere a manutenção da seletividade de tamanho.

A proteinúria tubular é constituída por proteínas de baixo peso molecular (< 25 kDa) como β2-microglobulina, cadeias leves de imunoglobulina, proteína ligante de retinol e não ultrapassa os 2 g/dia. Estas proteínas são filtradas livremente através da barreira de filtração glomerular, sendo depois reabsorvidas quase por completo no túbulo proximal. A perturbação deste mecanismo ocorre em doenças túbulo-intersticiais ou mesmo com algumas glomerulopatias primárias, podendo neste caso coexistir proteinúrias glomerular e tubular.

A proteinúria de sobrecarga é devida à presença de concentrações anormalmente elevadas de uma proteína plasmática, que é filtrada através da barreira de filtração glomerular mas que excede a capacidade de reabsorção tubular proximal. Está habitualmente associada à presença de cadeias leves de imunoglobulinas (ou seus fragmentos),Proteinúria de Bence-Jones, detectadas por eletroforese ou imuno eletroforese das proteínas urinárias. Pode ser encontrada principalmente em doentes com mieloma múltiplo, e menos frequentemente na amiloidose e na doença de cadeias leves. Há ainda um outro tipo de proteinúria, a chamada proteinúria tecidular, que é constituída pelas proteínas produzidas pelas células do trato urinário em situações de inflamação ou neoplasia das mesmas. Raramente ultrapassa os 500 mg/dia.

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