O CÉREBRO

ADRIANO FERNANDES DE MENDONÇA

O CÉREBRO

Desde os trabalhos de Ramón y Cajal que sugeriram que os neurônios comunicam-se entre si através de ligações especializadas chamadas sinapses, houve grandes avanços nas neurociências. Atualmente temos um conhecimento bastante preciso do funcionamento cerebral. Sabemos que o cérebro é um órgão complexo, resultante da reunião de elementos fundamentais: o neurônio, as sinapses e as ligações químicas e que a combinação desses elementos são capazes de gerar configurações e arranjos muito variados.

Sabemos que cada hemisfério cerebral está relacionado a um conjunto principal de habilidades, como por exemplo, o hemisfério esquerdo geralmente é o principal responsável pelo uso da linguagem, enquanto o hemisfério direito, mais precisamente o lobo parietal é geralmente o responsável pela noção espacial. Temos conhecimento sobre a localização das diversas regiões responsáveis pelo controle da visão, da audição, do olfato, do paladar, dos movimentos automáticos, das emoções, entre outras.

Entretanto, um grande desafio que a neurociência ainda enfrenta é a dificuldade de relacionar o que ocorre no cérebro com aquilo que ocorre na mente, ou seja, de encontrar algum tipo de tradução entre os sinais elétricos das células cerebrais e os mecanismos que regem o pensamento, a cognição, o comportamento e também a memória, apesar desta última já sabermos alguns detalhes do seu funcionamento.

Cabe explicitar que a mente pode ser entendida como o estado da consciência ou subconsciência que possibilita a expressão da natureza humana, sendo um conceito bastante utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano relacionadas, entre outras, com a cognição e o comportamento.

Referências Bibliográficas:

Teixeira J (2000) Mente, Cérebro e Cognição. Vozes, Petrópolis

Dalmaz C, Netto C (2004) A memória. Ciência e Cultura 56:30-31

Bear A (2002) Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Artmed, Porto Alegre