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PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV): TRANSMISSÃO, DIAGNÓSTICO E CARCINOGÊNESE

Por:   •  25/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  784 Palavras (4 Páginas)  •  258 Visualizações

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PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV): TRANSMISSÃO, DIAGNÓSTICO E CARCINOGÊNESE

O Papilomavirus humano (HPV) é um vírus da família papovaviridae, com cerca de 55nm de diâmetro. Apresentam genoma composto por 7200 a 8000 pb. Formado por um capsídeo, sem envelope lipoproteico e molécula circular única de DNA duplo combinado com histonas, que formam um complexo semelhante a um cromossomo, contido no capsídeo. O capsídeo é composto por duas proteínas estruturais, uma de maior peso (L1) que representa 80% da proteína viral e a proteína de menor peso (L2) importante para a encapsidação do DNA do vírus, esta provoca o aumento da infectividade dos viriões do papilomavirus. É transmitido principalmente pelo contato sexual e orogenital, aumentando a infectabilidade quando há história de múltiplos parceiros sexuais/orogenitais (a partir de 4 parceiros). A maioria dos pacientes que entram em contato com o HPV tem a capacidade de eliminá-lo espontaneamente, alguns irão permanecer com o vírus na forma latente, e outros imunocomprometidos poderão permanecer com a infecção clínica recorrente. O diagnóstico leva em consideração o histórico do paciente, o exame físico e os exames complementares. Atualmente, dispõem-se de métodos de biologia molecular para o estudo do HPV, como hibridização in situ, captura híbrida, PCR e imuno-histoquímica, que possuem sensibilidade diagnóstica e tipagem do HPV, porém são exames de alto custo em comparação com a detecção de coilocitose, em lâminas citopatológicas. Os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de neoplasias incluem o tabagismo, alcoolismo, sífilis, herpes simples, deficiências nutricionais, traumatismo, má higiene, fatores dietéticos, HIV, polimorfismos, status imune, idade e sexo, predisposição genética e certos tipos oncogênicos do HPV. A diferença entre os tipos de HPV encontrados em tumores benignos e malignos permite classificá-los como HPV de alto e baixo risco oncogênico. Atualmente são conhecidos mais de 120 tipos de HPV, estudos recentes com objetivo de avaliar o HPV no carcinoma de células escamosas orais definiram 12 subtipos de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 54, 56, 58) e 7 de baixo

risco (6, 11, 34, 40, 42, 43, 44). No carcinoma de células da cavidade orofaringe a maioria dos casos relacionados ao HPV são causados pelo subtipo 16. A infecção inicia quando o vírus penetra no hospedeiro, através de microtraumatismos, a progressão da fase de incubação depende da permissividade celular, do tipo do vírus e o estado imune do hospedeiro. De forma que, depois de instalada pode estacionar, regredir, progredir ou transformar-se. O HPV atinge o núcleo das células basais através de microlacerações no epitélio, e os primeiros sinais de transcrição do genoma viral aparecem cerca de 4 semanas após a infecção. As lesões podem ser avaliadas em semanas, meses ou anos. Após a entrada na célula, o genoma viral se estabiliza na forma de elementos extracromossômicos no núcleo e o número de cópias virais aumenta. Ao se dividirem, essas células infectadas distribuem o DNA viral entre as células filhas, na qual uma delas migrará da camada basal e iniciará a diferenciação celular. As demais continuam servindo de reservatório viral para outras divisões. Quando infectado a ação da proteína E7 mantém as células

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