Taenia solium & Taenia saginata
Por: Nathan Haas • 6/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.014 Palavras (5 Páginas) • 698 Visualizações
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Taenia solium & Taenia saginata
Teníase & Cisticercose
- Teníase: presença de vermes adultos no intestino pela ingestão de carnes mal cozidas com larva de cisticerco
- Cisticercose: “Homem fazendo papel de porco”. Ingestão de ovos de Taenia em água ou alimentos contaminados.
- Filo: platelmintos
- Classe: cestoda
- Gênero: Taenia
- espécies:
- T. solium
- T. saginata
- Diferenciação: por meio das proglotes
- Hospedeiros intermediários: bovinos e suínos
CLASSE CESTODA
- Vermes grandes e achatados e que podem chegar a 25m
- São parasitas obrigatórios e hermafroditas
- Não possuem trato digestivo, utilizando o tegumento para absorver nutrientes.
TENÍASE
- Doença parasitária causada pela presença das formas adultas de T. solium e/ou T. saginata, popularmente conhecida como solitária, no intestino delgado humano.
- O homem é o único hospedeiro definitivo.
- Sério problema de saúde pública e é responsável também por perdas econômicas na atividade agropecuária,
- T. saginata:77 milhões de pessoas no mundo(bovinos)
- T. solium: 25milhões de pessoas no mundo(suínos)
- Por que? Pessoas comem mais carne bovina do que suína no mundo
- morfologia geral:
- corpo dividido em 03 segmentos:
- escólex(cabeça): peça de diferenciação entre as duas espécies
- solium: 04 ventosas laterais pouco desenvolvidas com acúleos(coroa de espinhos). Isso facilita ela fixar e penetrar mais nas microvilosidades intestinais
- saginata: 04 ventosas anteriores quadrangulares bem desenvolvidas sem acúleos
[pic 1]
- colo(pescoço)
- região de crescimento formado por segmentos(anel ou proglotes) contendo equipamento completo para reprodução(masculino e feminino)
- estróbilo(corpo)
- formado pela união dos proglótides ou proglotes
- Á medida que se afastam da região da cabeça, os proglotes se tornam grávidos
- T solium: 800 a 1000 proglotes
- T. saginata: mais de 1000
[pic 2]
[pic 3]
- Proglotes grávidos:
- Saginata: ramificações uterinas numerosas tipo dicotômica
- Solium: poucas ramificações uterinas tipo dendrítico.
- ovos:
- possuem oncosfera ou hexacanto com 03 pares de acúleos
- embrióforo: casca protetora
- Espécies são dificilmente diferenciadas pelos ovos ao microscópio.
[pic 4][pic 5]
- formas larvárias: Cysticercus sp.
- C. cellulosae: causa cisticercose
- C. bovis: causa principalmente teníase pelo seu potencial de fixação no intestino.
- Vivem nos músculos dos bovinos ou suínos, causando aspecto de “canjiquinha” na carne.
- podem viver até 25 a 30 anos.
TRANSMISSÃO:
- homem → gado/porco: contaminação do solo e pastagem
- Gado/porco → homem: ingestão de carne com a presença de larvas de cisticerco
[pic 6]
CISTICERCOSE HUMANA
- doença causada pela presença da forma larvária de T. solium, denominado C. cellulosae, em tecidos humanos
- A gravidade desta tênia decorre de ser o homem, além de hospedeiro definitivo, também um hospedeiro intermedíario potencial, causando assim a doença denominada Cisticercose humana.
- manifestações clíncias dependem da localização, do número de parasitos e seu estágio de desenvolvimento
- no olho: deslocamento da retina ou perfuração, atinge o humor vítreo. Achado conhecido como a cisticercose ocular.
[pic 7]
- no SNC: eoilepsia, perda de funções cognitivias, desordem mental do tipo delírio, prostação, alucinação, convulsões e hipertensão intracraniana e morte. Causam, assim, a neurocisticercose:
- calcificações no cérebro procurando cessar a resposta inflamatória. Visto em ressonância.
[pic 8][pic 9]
- músculos: pouca alteração com reação local.
[pic 10][pic 11]
- Doença crônica grave: em localização como no globo ocular e no SNC são mais severas, podendo causar morte.
- Adquirida pela ingestão de ovos contaminados com ovos viáveis de T. solium:
- heteroinfecções: vias comuns
- autoinfecção externa: ingestão de ovos pelo próprios hospedeiro contaminado(associado a hábitos não higiênicos)
- autoinfecção interna: por ação de vômitos ou movimentos antiperistálticos, os proglotes grávidos são enviados para a boca e retornam ao estômago, onde eclodem em ovos de cisticerco pela ação do suco gástrico.
- intestino→ vv. mesentéricas → sistema porta → fígado → veia cava → coração → pulmão → aorta → órgãos(tropismo por músculos, olhos e SNC).
[pic 12]
[pic 13]
IMUNOLOGIA
- A resposta depende da carga parasitária, da suscetibilidade do hospedeiro
- Não há imunidade cruzada, podendo o hospedeiro albergar mais de uma espécie(saginata + solium juntos p.ex.). Logo, o termo “solitária” está incorreto e em desuso.
- resposta celular: pouco estudada
- resposta humoral: principalmente na presença da larvas de cisticerco
- aumento de IgG, IgM e IgE.
- A evolução lenta da doença permite que o parasita possa a sofrer tolerância. O parasita é capaz de mudar as proteínas de membrana, mimetismo celular e imunidade .
PATOLOGIA E CLÍNICA
- a teníase é frequentemente assintomática
- nos casos sintomáticos:
- T. saginata: dor abdominal, náusea, fraqueza, perda de peso, prurido anal. Nos casos mais típicos, surgem pertubações gastrointestinais, principalmente diarreia e dor epigástrica.
- Complicações: apendicite, obstrução intestinal, obstrução brônquica(casos raros, decorrente da migração das proglotes)
DIAGNÓSTICO:
- geralmente assintomáticos
- sintomáticos:
- exames parasitológicos de fezes
- exames radiológicos:
- ressonancia: só consegue ver se houver calcificações
- tumografia: vem sendo utilizada com grande sucesso.
- diagnóticos imunológico:
- ELISA E PCR
PROFILAXIA
- Medidas efetivas:
- impedir acesso dos bovinos e suínos às fezes humanas
- tratamento em massa de casos humanos positivos. Evitar novos focos de infecção
- melhoria das criações de animais.
TRATAMENTO
- albendazol: principal droga utilizada em todos os casos.
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