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Por:   •  15/11/2016  •  Monografia  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  446 Visualizações

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 SUPLEMENTAÇÃO E QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO DE FREQUENTADORES DE 4 ACADEMIAS EM SÃO PAULO

  1. INTRODUÇÃO

1.1 QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO DO BRASILEIRO EM GERAL

Uma ingestão adequada tanto em quantidade como em qualidade de nutrientes se faz necessária para um bom desempenho das funções do organismo e manutenção de um bom estado de saúde (Lenise, M; Monteiro C.A., 1994).

Há muito, conhecem-se os prejuízos obtidos de um consumo alimentar ora insuficiente ora excessivo, mostrando o quão é importante uma dieta adequada e balanceada (Lenise, M; Monteiro C.A., 1994).

A ingestão dos alimentos certos fornece determinados componentes   essenciais para o ser humano. Por exemplo, para que o corpo tenha energia, necessita-se o consumo de carboidratos, proteínas e lipídios. Para a estruturação e restauração dos músculos são indispensáveis proteínas, lipídios e minerais. Já para controlar o funcionamento de todas as reações que acontecem no corpo são fundamentais as vitaminas, os lipídios, os minerais e a água. (WOLINSKY; HICKSON JUNIOR, 1994 apud SANTOS; SANTOS, 2002). Estudos evidenciam que a nutrição é um fator de suma importância quando a relacionamos com o anabolismo (UCHIDA et. al, 2006 apud MENON; SANTOS, 2012).

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), “a alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis.”

Foi avaliado um padrão do consumo alimentar da população do Município do Rio de Janeiro, Sichieri (2002), mostrando que um padrão de consumo alimentar tradicional, baseado em arroz e feijão, é muito saudável e evita o sobrepeso e obesidade na população.

*SICHIERI, R., 2002. Dietary patterns and their associations with obesity in the Brazilian city of Rio de Janeiro. Obesity Research, 10:42-49.

Outra pesquisa (Bleil, Suzana, 1998) mostra que o feijão, a farinha de mandioca, o arroz e a farinha de milho, que são alimentos mais tradicionais na dieta do brasileiro, tiveram uma redução de consumo, dando espaço à novos produtos alimentares, criados pela indústria, principalmente nos grandes centros urbanos, onde também há o fast-food, que se tornou uma realidade para milhões de brasileiros. Isso se deve, em parte, à mentalidade moderna, presente globalmente, difundindo o desejo de consumo ilimitado, e à falta de tempo que os afazeres do dia-a-dia nos impõe. Conclui-se, dessa maneira, que a identidade cultural presente no Brasil tem facilitado a entrada de tais produtos e a adesão de um “novo estilo de vida”, nada benéfico à saúde como um todo.

  1. MUDANÇAS CRESCENTES NO PADRÃO DA ESTÉTICA E ESTILO DE VIDA

A vida moderna não tende a ser muito saudável, pois provoca, de forma demasiada, estresse e estafa, além de ser caracterizada por uma alimentação inadequada e pela não regularidade na prática de exercícios físicos. Diante disso, a qualidade de vida da população decai, tanto em nível físico quanto psicológico (TAHARA, A.K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K.A., 2003).

Atualmente, cada vez mais há pessoas sedentárias no mundo, sendo, justamente, neste contexto, as que mais teriam a ganhar com a prática regular de atividade física, seja como forma de prevenir doenças, promover saúde ou sentir-se melhor (TAHARA, A.K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K.A., 2003).

Por outro lado, a mídia em geral, vem conseguindo influenciar cada vez mais a sociedade como um todo, despertando nela novos valores, sentimentos e desejos (TAHARA, A.K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K.A., 2003).

“O enfoque dado pela mídia em mostrar corpos atraentes leva a sociedade à valorização da aparência física idealizada, como o aumento excessivo de músculos e perda também excessiva de gordura, estando sujeita a perder o ideal do que é um corpo saudável” (RUSSO, 2005 apud THEODORO; RICALDE; AMARO, 2009). Tal consideração pode ser utilizada para explicar que mais da metade das mulheres que participaram do estudo de Souza et al. (2013) (54%) e que possuíam IMC normal (eutrófico) gostariam de pesar menos ou sentiam-se desconfortáveis em relação ao peso, gordas, até mesmo muito gordas e 50% das mulheres apresentaram comportamento alimentar não usual. Esses achados podem indicar que, independentemente do peso que as participantes acreditem ter, o medo de engordar está sempre presente para a maioria delas, o que pode repercutir nas distorções da imagem corporal encontradas de modo significativo na amostra.

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