A Biologia Apostila
Por: Romenior • 3/6/2019 • Artigo • 729 Palavras (3 Páginas) • 271 Visualizações
Caros,
Nós, alunos, viemos por meio desta carta expor a nossa preocupação e insatisfação com a possível reeleição de Mauro Araújo Gut como diretor da Escola Técnica Estadual Jornalista Roberto Marinho. Acreditamos que o sistema utilizado para elegê-lo privilegia uma minoria específica, desqualificando e retirando qualquer protagonismo dos alunos dentro da instituição. O que consideramos uma tentativa de coibir ou atenuar o descontentamento com a gestão do referido.
Candidato | Votos | Votos | Votos | Cálculo | Porcentagem | |
1 | Mauro Araujo Gut | 40 | 4 | 15 | 493 | 38,01 |
2 | Nelson Picchi Junior | 109 | 1 | 15 | 441 | 34,03 |
3 | Reinaldo do Nascimento | 132 | 1 | 12 | 211 | 16,29 |
De acordo com o sistema, para conseguir o primeiro lugar, Mauro recebeu votos de quarenta alunos, quatro funcionários e quinze professores. Na sequência, ficou colocado Nelson Picchi Junior, com votos de cento e nove alunos, um funcionário e quinze professores. Seguido de Nelson, o terceiro colocado, Reinaldo do Nascimento Lucchesi, obteve votos de cento e trinta e dois alunos, um funcionário e dois professores.
* Professores têm peso percentual de 60, alunos e funcionários 20.
É importante ressaltar que não estamos acusando fraude ou questionando a procedência dos cálculos. Estamos questionando os critérios adotados para utilizar esse tipo de sistema.
O Calculo feito pelo algoritmo determinado coloca Mauro na primeira colocação apesar do mesmo ter ficado com 69 votos (de alunos) a menos que o segundo, e 92 que o terceiro colocado. No total, Mauro tem 63 votos a menos que Nelson Picchi, ou seja, esse conquistou o dobro de votos que o atual diretor. No sistema, o que coloca Mauro à frente são os 3 votos a mais que recebeu por parte de funcionários.
Ora, quando analisamos esses números é possível reparar que, apesar dos pesos serem atribuídos de forma igual para alunos e funcionários, é discrepante a relevância do voto de um frente ao outro. Esse é um caráter presente na gestão Mauro, alunos são tratados como uma massa onde nossa voz é ignorada e sufocada, a displicência por parte dessa direção é responsável pela falta de interesse e consequentemente evasão nos cursos. Temos professores ótimos, interessados e que se esforçam para trazer o melhor conteúdo e o conhecimento adquirido com eles é inestimável, mas a impressão que tivemos nesses últimos anos é que há uma constante sabotagem por parte da direção nas atividades, grades e projetos que podem (e foram) desenvolvidos.
Nesse tempo, diversos episódios relacionados à incompetência, desrespeito e falta de comunicação por parte da gestão vem sendo uma matriz de constrangimento para os alunos, como numa ocasião em que a ETEC foi palco de uma “visita surpresa” para figurar como um set de filmagens para um longa metragem produzido pela Aquarela Filmes. A visita, que aconteceu no segundo trimestre de 2018, além de não comunicada, foi inconveniente principalmente aos alunos que já haviam reservado espaços da ETEC para desenvolver atividades. Entre esses grupos, estavam a Vassoura Produções, um grupo de ex-alunas que desenvolviam o TCC dentro de um dos estúdios; as alunas reservaram o local e estavam entrevistando uma convidada quando Mauro invadiu o espaço, interrompeu um projeto em andamento, censurou o manifesto das integrantes do grupo e as expulsou do local para que ele pudesse ser utilizado pela gravadora visitante. Há um discurso de que aquela ação era necessária para que a gravador realizassem projetos futuros dentro da ETEC, ora, é inconcebível que seja atribuído um caráter tão humilhante e desvalorizador aos alunos, é inconcebível que nós, como alunos, não tenhamos um protagonismo para atuar no nosso espaço ou saber o que virá a acontecer com ele. A falta de comunicação da gestão Mauro vai desde semanas sem luz e papel nos banheiros à dias com o elevador indisponível, quando há alunos com necessidades especiais dentro da instituição, como foi um caso do terceiro trimestre de 2017, quando os alunos tiveram que se manifestar obstruindo a passagem da escada para que medidas fossem tomadas e aluna pudesse subir até os laboratórios.
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