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A Importancia De Atividade Física Para Portadores De Doenças Cardiacas

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Por:   •  27/5/2013  •  3.021 Palavras (13 Páginas)  •  1.003 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

As mudanças que vêm ocorrendo nas sociedades dos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, acompanham-se de modificações importantes no perfil de morbidade e de mortalidade. As doenças não transmissíveis representam, atualmente, importante problema de saúde pública nesses países. O Brasil, além de enfrentar o problema ainda não resolvido das doenças infecciosas e parasitárias, defronta-se com as doenças crônicas, de alto custo social e mais difícil prevenção. (CASTRO, L. et al., 2004).

As doenças cardiovasculares contribuem significativamente como grupo causal de mortalidade em todas as regiões brasileiras. De acordo com o Ministério da Saúde a Região Sudeste possui o maior coeficiente de mortalidade por doenças do aparelho circulatório (207 mortes por 100 mil habitantes), enquanto a média brasileira é de 169 mortes/100 mil habitantes (CASTRO, L. et al., 2004).

O ônus econômico das doenças cardiovasculares cresceu exponencialmente nas últimas décadas. Em 2000, as doenças cardiovasculares foram responsáveis pela principal alocação de recursos públicos em hospitalizações no Brasil e foram à terceira causa de permanência hospitalar prolongada. Entre 1991 e 2000, os custos hospitalares atribuídos às doenças cardiovasculares aumentaram cerca de 176% (CASTRO, L. et al., 2004).

O risco de se desenvolver doenças crônico-degenerativas é avaliado com base na análise conjunta de características que aumentam a probabilidade de um indivíduo vir a apresentar a doença (PORTO, 2005).

É necessário distinguir o conceito de fator de risco (agente causal) de marcador de risco (associação com maior risco, porém sem causalidade estabelecida).O conhecimento tanto dos fatores quanto dos marcadores de risco é fundamental para o estabelecimento de estratégias de prevenção das doenças cardiovasculares (PORTO, 2005).

Entre os fatores de risco de maior probabilidade para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (DCV) estabelecidos desde o estudo de Framinghan, destacam-se o fumo, a hipertensão arterial, as dislipidemias e o diabetes mellitus.

A obesidade e a inatividade física foram positivamente associadas com o risco de desenvolver DCV, constituindo-se nos fatores de risco mais significativos. Da mesma forma, o National Cholesterol Education Program (NCEP), a American Heart Association (AHA), a Sociedade Européia de Cardiologia e a Sociedade Brasileira de Cardiologia têm assinalado a fundamental implicação da obesidade, da dieta e da inatividade física no risco cardiovascular.

2 O QUE É DOENÇA CARDÍACA?

Chama-se doença cardíaca a que ataca o coração, músculo que bombeia o sangue, por meio de movimentos ritmados, e o faz circular por todo o corpo, levando oxigênio e nutrientes para todos os órgãos e tecidos. Esse nome genérico inclui, em realidade, vários tipos de moléstias, congênitas ou adquiridas (NEGRÃO; BARRETO, 2006).

2.1 TIPOS DE DOENÇAS CARDÍACAS.

Sabe-se que existem vários tipos de doenças cardíacas, mas pouco se escuta de como elas podem surgir.

Entre os principais sintomas estão: doença das artérias coronárias, ataque cardíaco, angina, síndrome coronariana aguda, aneurisma da aorta, arritmias, insuficiência cardíaca, doença cardíaca reumática e podem ser congênitas ou adquiridas (NEGRÃO; BARRETO, 2006).

2.1.1 CONGÊNITAS

Nas congênitas, as pessoas já nascem com alterações no aparelho cardiovascular, que, casos não corrigidos ou tratados, causarão anormalidades no funcionamento do coração ou artérias (THOMPSON, 2003).

2.1.2 ADQUIRIDAS

Neste caso, a grande maioria das doenças cardíacas foi adquirida pelos indivíduos ao longo a vida e têm origens diversas, mas quase sempre ocorrem nas pessoas com fatores de risco para doenças cardiovasculares ou naquelas cujos parentes apresentam problemas do coração. A expressão fatores de risco refere-se às condições ou hábitos que atingem diretamente o desempenho do coração ou artérias, como, por exemplo, o hábito de fumar, a presença de altas taxas de gordura (colesterol e triglicérides) no sangue, a hipertensão arterial, a existência de parentes próximos com doenças cardíacas e o estresse. Como fatores de risco secundários, temos o, diabetes, o alcoolismo e a idade avançada (THOMPSON, 2003).

3 ALGUNS FATORES DE RISCO QUE LEVAM AS DOENÇAS CARDÍACAS.

Algumas condições médicas, assim como fatores de estilo de vida, podem colocar a pessoa sob um risco maior de doenças cardiovasculares. Em princípio todas as pessoas podem tomar medidas para diminuir o risco de doença cardiovascular. O controle dos fatores de risco é especialmente necessário para pessoas que já tiveram doença cardiovascular anterior.

3.1 FUMO

Os fumantes correm um risco de 70% maior de apresentar doenças cardíacas. O pulmão humano é composto de pequenos glóbulos chamados alvéolos. O fluxo de sangue e a irrigação sanguínea entre o coração e o pulmão são intensos. A fumaça do cigarro prejudica diretamente o funcionamento do sistema coração-pulmão. Com o passar do tempo os alvéolos pulmonares vão sendo cimentados pelos componentes da fumaça do cigarro, deixando de fazer sua função. O organismo então passa a ter menor oxigenação dos tecidos, resultando em maior facilidade de cansaço para o fumante. O cigarro também causa inúmeros danos ao coração, tal como infarto (EYE, 2001).

3.2 HIPERTENSÃO ARTERIAL

A hipertensão arterial ou hipertensão arterial sistêmica, é uma doença de origem multifatorial (que apresenta várias causas), geralmente assintomática, caracterizada pela elevação dos níveis da pressão arterial (EYE, 2001).

Sua presença aumenta o risco do desenvolvimento de complicações cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (derrame cerebral), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças da aorta (aneurismas e outras), retinopatia (comprometimento da retina dos olhos) e a insuficiência renal.

A hipertensão arterial é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da aterosclerose (aparecimento de placas de gordura na parede das diversas artérias do organismo) (EYE, 2001).

A associação da hipertensão arterial com outros fatores de risco cardiovascular, como a obesidade abdominal, diabete mellitos e as dislipidemias (anormalidades

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