A Propriocepção
Artigo: A Propriocepção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vploc • 25/11/2014 • Artigo • 1.547 Palavras (7 Páginas) • 411 Visualizações
A Propriocepção
A propriocepção é o termo que descreve a percepção do próprio corpo, e inclui a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio, além de englobar as sensações de movimento e de posição articular. [1,2] Embora seja estudada há muito tempo, a propriocepção ainda é pouco conhecida. Este texto tem como objetivo fazer um breve apanhado da neurofisiologia deste tema tão complexo.
Inicialmente é impossível falar em propriocepção sem falar em receptores sensoriais. Afinal de contas são eles que "informam" o nosso SNC (aqui me refiro a SNC e não apenas ao cérebro pois existe a propriocepção consciente e inconsciente) sobre a posição articular e o nível de tensão muscular, por exemplo.
[1] Lent, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos e fundamentos da Neurociência. Atheneu, 2001. [2] Kandel, E. R.; Schwartz, J.H.; Jessell, T.M.Princípios da Neurociência. Manole, 2003.
Receptores Sensoriais
Os receptores sensoriais fazem parte do sistema sensorial somático, responsável pelas diferentes experiências sensoriais captadas e interpretadas pelo nosso corpo. A função mais elementar dos receptores sensoriais é prover o SNC com informações sobre o estado interno de estruturas orgânicas e do ambiente externo. São eles que definem o que chamamos de sentidos (visão, audição,sensibilidade corporal, olfação, gustação). Porém um único receptor não é capaz de identificar sozinho os diferentes estímulos que nos bombardeiam a cada instante. Desta forma contamos com diferentes tipos receptores sensoriais, cada um com características próprias que permitem que ele "sinta" diferentes estímulos. Podemos classificar os receptores sensoriais de acordo com a sua função (mecanoceptores, termoceptores, fotoceptores, quimioceptores e nociceptores). Além da classificação funcional, podemos também classificá-los de acordo com a sua localização anatômica: exteroceptor, interoceptor e proprioceptor (esta última classe é a que nos interessa no momento).
Proprioceptores
Os proprioceptores são receptores que se lo¬calizam mais profundamente nos músculos, aponeuroses, tendões, ligamentos, articulações e no labirinto cuja função reflexa é locomotora ou postural. Podem gerar impulsos nervosos, conscientes ou inconscientes. Os primeiros atingem o córtex cerebral e permitem que, mesmo de olhos fechados, se tenha a percepção do próprio corpo, seus segmentos, da atividade muscular e do movi¬mento das articulações. Sendo portanto responsáveis pelo sentido de posição e de movimento (cinestesia). Os impulsos nervosos proprioceptivos inconscientes não despertam nenhuma sensação; são utilizados pelo sistema nervoso central para regular a atividade muscular, através do reflexo miotático ou dos vários centros envolvidos com a atividade motora, como o cerebelo. Em resumo: Os proprioceptores são essenciais para informar ao nosso cérebro a noção de posição dos membros, e por sua vez, esta informação de posicionamento corporal é essencial para o controle dos movimentos.
Uma Capacidade Física que não pode ser deixada de lado em qualquer momento da preparação física, treinamentos de condicionamento físico e reabilitação para qualquer faixa etária é o EQUILÍBRIO.
Hoje em dia utilizamos em diversos tipos de treinamentos com idosos e com público mais jovem, diversos exercícios os quais estimulam a propriocepção e o equilibrio motor.
Antes de continuar preciso explicar o TERMO PROPRIOCEPÇÃO.
Trata-se da capacidade de perceber a localização e movimentos das partes do corpo independente da visão. Isso se dá por meio de receptores sensoriais presentes em todas as partes de nosso corpo que transmitem informações (sobre um desequilíbrio num tropeçar, por exemplo) ao sistema nervoso, resultando em reações imediatas (que nos impedirá de cair).
Essas informações são transmitidas ininterruptamente e estão ligadas diretamente com nossa Postura desde a posição estática à excecução de exercícios, por exemplo. Tendo fundamental importância na economia de energia de nosso corpo.
Treinar o equilíbrio num programa de atividade física regular possibilita uma melhor preparação para exercícios com maior grau de complexidade, diminuindo, consequentemente, os riscos de lesão e fadiga por excecução incorreta e gasto desnecessário de energia.
Para o treinamento do equilíbrio há inúmeros exercícios que são realizados em superfícies irregulares, aparelhos específicos, em deslocamento e desequilíbrio utilizando varias formas de instabilidade.
Muitos deles são muito simples, podendo ser adaptados progressivamente de modo a incrementar o grau de dificuldade em sustentar um posição, ou movimentar-se sem desequilibrar.
Importante redobrar o cuidado ao lidar com indivíduos idosos e gestantes. O profissional de educação física ou fisioterapeuta por perto é de extrema importância.
Uma das modalidades que trabalha o equilibrio é o Pilates, bem interessante por sinal e que de forma adaptada , com ou sem acessórios conseguimos programar exercícios onde a instabilidade será o ponto chave.
Coordenação
Capacidade motora fina
Gabriel Barrera Correa dos Santos/Demand Media
Nossa capacidade motora fina nos permite usar os pequenos músculos do nosso corpo. Escrever, coordenar os movimentos das mãos e dos olhos, criar peças de arte, mover olhos e lábios são exemplos de habilidade motora fina. Pegar uma pequena folha do chão com os dedos também é um uso dela. O mesmo acontece com a montagem de um quebra-cabeça ou quando alguém brinca com tijolinhos de construção — o que envolve também a nossa capacidade motora visual. Qualquer coisa que fazemos coordenando olhos e mãos tem a ver com essa capacidade motora fina, como usar um lápis, inclusive para desenhar.
Capacidade motora grossa
Gabriel Barrera Correa dos Santos/Demand Media
Na nossa infância, a coordenação motora grossa é a primeira coisa que conseguimos realizar. Sentar, usar os braços, pernas e pés, andar e correr são exemplos disso. Rolar morro abaixo, empurrar um velocípede... Toda vez que usamos grandes músculos, o nosso corpo todo ou várias partes dele ao mesmo tempo, estamos colocando em ação a nossa capacidade motora grossa.
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