A Proteção Do HIV

O Brasil é hoje referência mundial no tratamento da Aids e está dividindo sua experiência com o mundo, principalmente pela busca incessante para colaborar com os países subdesenvolvidos, notadamente os do continente africano. Sua participação no combate à doença o investe da legitimidade necessária para reivindicar, perante as demais nações, os encaminhamentos necessários para a formulação de políticas amplas de saúde capazes de debelar essa epidemia. Esse é o principal pleito da ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, em Genebra, onde está se realizando a 6 sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é garantir aos portadores de HIV o tratamento adequado, com acesso à rede hospitalar e a medicamentos gratuitos.

Os números falam por eles mesmos quando se trata de evidenciar o panorama da Aids no planeta. Atualmente, 5,2 milhões de pessoas estão sendo tratadas, um contingente expressivo, de acordo com dados relativos ao período de 2001 a 2009. No ano de 2008, 42 mil mulheres infectadas morreram por doenças oportunistas devido às deficiências do sistema imunológico, consequência da ação do vírus do HIV. No Brasil, segundo dados oficiais, há 630 mil pessoas afetadas pela doença, segundo levantamento do Ministério da Saúde. O número de homens atingidos é maior que o de mulheres, mas, quando considerada a faixa etária entre 13 e 19 anos, verifica-se que o montante de mulheres contaminadas é maior que o de homens. Isso mostra o quanto é preciso investir em campanhas de informação tendo a juventude como público-alvo.

A assistência aos pacientes de Aids deve envolver não apenas a parte médica, mas também o suporte assistencial da família e da sociedade. Do contrário, o preconceito acaba sendo um ônus a mais. O país deve ampliar as políticas públicas destinadas ao enfrentamento desse mal que, espera-se, em breve, deverá ser debelado por novas descobertas da ciência e da medicina.

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