A SUSTENTABILIDADE DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Trabalho Escolar: A SUSTENTABILIDADE DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 14/5/2013 • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 741 Visualizações
Como selecionar materiais e componentes para construção civil com critérios de sustentabilidade - ARTIGO pag. 68 a 72
A avaliação ambiental dos materiais e componentes deve estar sempre associada ao seu desempenho e vida útil. Não existem produtos ambientalmente corretos ou chamados de “sustentáveis”. Eles devem cumprir ao menos a função a que se destinam por um período mínimo de tempo. Tais funções:
Os produtos devem ser duráveis, para que não precisem ser brevemente substituídos devido à degradação de materiais que exige dispendiosas atividades de manutenção e limita a vida útil das construções;
Devem ser avaliados com relação à utilização de recursos naturais, às emissões e resíduos gerados na sua fabricação;
Os produtos não devem fazer mal à saúde e após sua vida útil devem ser facilmente reutilizados ou reciclados.
É preciso avaliar o impacto dos produtos no meio ambiente em todo seu ciclo de vida (desde a extração dos recursos naturais, na produção, utilização e até a disposição final do produto novamente no meio ambiente). A abordagem do ciclo de vida é de extrema importância uma vez que produtos podem ser “ambientalmente corretos” com relação aos processos de produção, mas podem não apresentar bom desempenho ambiental durante a sua vida útil ou no descarte após o uso.
A questão que deve ser levantada é como selecionar atualmente os materiais e componentes da construção civil levando em consideração todos esses critérios de sustentabilidade.
Quais as ferramentas existentes no Brasil que possibilitem a escolha de materiais com foco na sustentabilidade?
Ferramenta do CBCS para a seleção de fornecedores sustentáveis de materiais e componentes
O Comitê dos Materiais do CBCS (Conselho Brasileiro de Construções Sustentáveis) desenvolveu uma ferramenta para auxiliar os projetistas, construtores e usuários na seleção dos fornecedores e dos materiais que serão utilizados nas obras. Tal ferramenta foi denominada de “6 Passos para a seleção de insumos e fornecedores com critérios de sustentabilidade”.
1 – Verificação da formalidade da empresa fornecedora (CNPJ);
2 – Verificação da formalidade da empresa: licença ambiental da unidade fabril;
3 – Qualidade do produto – respeito às normas técnicas;
4 – Analisar o perfil de responsabilidade socioambiental da empresa;
5 – Cuidado com Green washing;
6 – Análise e durabilidade dos produtos nas condições do seu projeto.
Programas Setoriais da qualidade: Avanços rumo à sustentabilidade
Os Programas Setoriais desenvolvem estudos e avaliações técnicas com o objetivo de analisar não só desempenho do produto, mas muitas vezes dos demais sistemas que interagem com ele nas condições reais de utilização. As conclusões obtidas nesses estudos refletem no estabelecimento de critérios mínimos na normalização que garante o bom funcionamento, desempenho e durabilidade do produto/sistema.
Os Programas Setoriais têm caráter evolutivo tanto no que diz respeito à normalização quanto na abrangência dos produtos avaliados. As normas são constantemente avaliadas com o objetivo de verificar se, com o passar do tempo, elas ainda estão adequadas e em consonância com as necessidades dos usuários, tendo em vista que as exigências podem mudar ao longo dos anos. E também a incorporação no programa de novos produtos-alvo de forma que contemple todos os tipos de produtos fabricados pelo setor.
Com isso, os programas desenvolvem uma base dinâmica de avaliação da conformidade dos produtos. Essa dinâmica muitas vezes não é percebida pelos usuários, acontece quer pelas mudanças nas bases normativas (introdução de novos requisitos, alteração dos limites normativos etc.) que pela incorporação de novos produtos, como ilustra a figura 1.
Os programas setoriais estão fazendo mais e incluindo requisitos específicos tanto ambientais quanto a relação à formalidade e legalidade fiscal da empresa.
O CBCS (Conselho Brasileiro de Construções Sustentáveis) está desenvolvendo uma ferramenta de “Análise do Ciclo de Vida” simplificada para introduzir no Brasil. Primeiramente, analisará os fluxos e impactos ambientais: dióxido de carbono, água, energia, resíduos, recursos naturais, substâncias tóxicas e demais fluxos pertinentes a cada setor.
Também considerar a necessidade de uma avaliação evolutiva, incorporação de novos requisitos ambientais à medida que ocorra o entendimento dos impactos e da forma de medi-los e amenizá-los.
Painéis pré-fabricados e a construção em aço - ARTIGO pag. 16 e 17
As estruturas metálicas estão sendo cada vez mais utilizadas na construção civil. A combinação da construção em aço com o uso de painéis pré-fabricados tem a vantagem de adiantar a execução da obra e reduzir os desperdícios.
O uso desses painéis tem sido incentivado pela necessidade de se obter edificações ambientalmente sustentáveis, seja ele do ponto de vista construtivo, ou de conservação. Esses painéis geram menos resíduos no canteiro de obra, comparado com o uso da alvenaria, e podem ser reciclados. Além de tudo isso, os painéis podem elevar a eficiência energética dos edifícios. Um exemplo no Brasil é faculdade IBMEC em Brasília.
Usos da madeira – A madeira é ou não um material sustentável? Quais os usos da madeira mais indicados na construção? ARTIGO Pag. 48
Poucos materiais de construção são tão benéficos ao meio ambiente quanto à madeira. A madeira produzida de forma adequada e legal é considerada um material sustentável, atendendo aos aspectos da sustentabilidade: econômico, social e ambiental.
A exploração das florestas para produção de madeiras em bens duráveis constitui-se em um mecanismo de remoção e fixação do carbono, contribuindo pra a diminuição do aquecimento global. As florestas de produção podem ser plantadas ou exploradas de forma seletiva e a partir de um plano de manejo, sendo de baixo impacto ambiental.
O uso racional da madeira com a valorização das propriedades básicas das espécies aumenta a sua durabilidade, evita desperdícios, confere qualidade e valoriza o projeto.
Madeiras de fornecimento ilegais promovem o desmatamento predatório e a degradação ambiental e social. Já a exploração planejada de florestas permite a aquisição de um material renovável, protege os solos e os recursos hídricos e mantém a riqueza de espécies. E as florestas beneficiam pela regulação climática, a paisagem.
A sustentabilidade é uma meta em constante evolução e deve ser buscada em toda a cadeia produtiva da indústria de base florestal.
A madeira pode ser a solução para a selva de pedra que as metrópoles se tornaram.
O arquiteto canadense Michael Green, que planeja usar o material para construir um arranha-céu de 30 andares na cidade de Vancouver quer provar que o aço e o concreto não são mais fundamentais para a construção.
Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, da sigla em inglês) indicam que a dupla preferida das empreiteiras produz grandes quantidades de CO2, um dos responsáveis pelo aquecimento global: para cada 10 kg de cimento concretado, de 6 a 9 kg de gases são produzidos e liberados.
A madeira, por sua vez, absorve-os por completo da atmosfera. E é isso o que Green deseja fazer com o Tall Wood, projeto que já ganha apoio de colegas de outras cidades.
Como cortar árvores não combina nada com a bandeira do ecologicamente correto do Tall Wood, o prédio é feito com compensado de fibras e camadas de madeira fundida, que são mais resistentes inclusive para serem usadas na fundação e contra desastres, por exemplo.
O arquiteto diz que esse tipo mais sólido tem um desempenho melhor que o aço no fogo, pois ele cria uma camada isolante, o carvão, que não atinge a integridade do pedaço de madeira pesada – basta, para isso, fazer uma estrutura maior para ter essa margem de proteção. “Pode parecer confuso, mas o desempenho de um incêndio é inerente à quantidade da madeira, por isso, em incêndios florestais, as árvores que sobrevivem são sempre as maiores”, explica.
Fachadas de vidro – O uso de fachadas de vidros, mesmo que duplos e especiais, não é um contrassenso à sustentabilidade, devido à necessidade de condicionador de ar? ARTIGO Pag. 49
O uso de vidros duplos oferece um bom resultado quando há uma variação de temperatura significativa entre o lado externo e interno da edificação.
O vidro duplo pode atrasar ou diminuir o fluxo de calor, sendo uma boa opção se o lado externo é muito frio ou excessivamente quente, observando que uma fachada mesmo com vidros duplos permite diretamente a radiação solar no ambiente interno da edificação, ganhando calor, sendo muito importante dimensionar bem a proporção entre áreas opacas e transparentes na fachada que recebe sol, principalmente. E considerando a realidade climática no Brasil, deve ser feita com extrema cautela e conhecimento quanto às estratégias passivas a serem utilizadas.
A SUSTENTABILIDADE PODE COMPROMETER OS ANSEIOS DO ARQUITETO E LIMITAR A PRODUÇÃO INTELECTUAL E ARTISTICA? COMO A SUSTENTABILIDADE PODE SE CASAR COM HARMONIA COM A ARQUITETURA? ARTIGO pag. 33
Não, a sustentabilidade não compromete o projeto e nem limita a atuação do arquiteto.
Sempre afirmamos que a sustentabilidade não é um objetivo em si a ser alcançado. Não é uma situação estanque, mas sim um processo, um caminho a ser seguido. Intenções que devem estar verdadeiramente compromissadas com os valores do cliente.
A opção pelo sustentável permeia todo o processo. Não existe etapa “sustentabilidade” no processo projetual.
O desafio está em aprender a lidar com esses valores, com as novas possibilidades e conhecimentos tecnológicos que nos permitem criar modelos e soluções adequados as demandas atuais. A boa arquitetura foi, é, e será sempre sustentável naturalmente.
Há disponibilidade de dezenas de softwares que permitem a elaboração de modelos arquitetônicos para testar a eficiência energética de soluções bioclimáticas e que mal são utilizados. Propor, medir, explicitar valores e procedimentos, são ações que podem sugerir caminhos ou tendências. Necessitamos mudanças de postura para harmonizar sustentabilidade e arquitetura.
Acredita-se que chegará o momento que não precisaremos mais qualificar e diferenciar arquitetura sustentável e não sustentável, os projetos naturalmente e a criatividade será mais estimulada na nova beleza da sustentabilidade.
Estratégias Bioclimáticas
Os termos: construção bioclimática, sustentável, ecológica, orgânica ou verde, refere-se ao modo alternativo de construção de edifícios, onde as condições climáticas locais são consideradas e a energia solar e suas tecnologias utilizadas para maior eficiência energética.
A realidade atual exige o comprometimento com o futuro ambiental do planeta. A construção e o uso de edificações consomem uma grande parte dos recursos naturais, como água, madeira, combustíveis fósseis e materiais manufaturados.
Desde a década de 70, o conceito “construção sustentável” vem sendo usado como algo feito somente na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, medidas para aumentar a eficiência energética e promover o uso racional de água estão, aos poucos, modificando os projetistas. Com isso, a inteligente ideia de Prédios Verdes / Green Buildings vêm sendo implantada no país.
Moderno, sustentável, tecnológico e inspirado nos projetos arquitetônicos mais inovadores ao redor do mundo. Assim é o Office Green. Nele, tudo surpreende, desde a internet por fibra ótica, de banda ultra-larga, a tecnologia de segurança integrada até as imensas janelas panorâmicas. Além disso, é o primeiro edifício certificável LEED de Santa Catarina. Office Green. Sua empresa na área mais nobre da Pedra Branca.
Conectividade: link dedicado para o prédio, internet banda ultra-larga por fibra ótica.
Pé direito diferenciado: 2,95 metros do piso à laje - flexibilidade de decoração e conforto.
Plantas flexíveis: salas de 40 a 1000 m2.
Essa é a propaganda conceito do futuro edifício verde que se localizará na Pedra Branca, em Palhoça.
Na fachada do edifício, materiais de baixa manutenção e brises para controle da iluminação natural;
Materiais recicláveis e uso da água da chuva;
Ambientes com iluminação e ventilação naturais.
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