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Arquitetura

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Por:   •  18/9/2013  •  681 Palavras (3 Páginas)  •  547 Visualizações

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Centro Cultural Oscar Niemeyer Centro cultural é formado por quatro volumes sobre plataforma Volumes sobre plataforma mantêm diálogo formal Situado na zona sudoeste de Goiânia, depois dos limites da BR-153 (que liga a cidade ao Sul do país), o Centro Cultural Oscar Niemeyer é um amplo conjunto voltado à arte, com 17 mil metros quadrados de área construída. O espaço leva o nome do arquiteto, que nunca havia projetado uma obra na cidade. O desenho é simples: quatro volumes com formas e usos distintos, sobre uma esplanada retangular. Em 1999, Niemeyer foi convidado pelo então governador (e atual senador tucano) Marconi Perillo a criar o Monumento aos Direitos Humanos. Reza a lenda, alimentada pelo próprio ex-governador, que ele foi ao escritório carioca de Niemeyer, que não o conhecia, e disse de forma enfática: “Vim cobrar o aluguel das terras em que o senhor construiu Brasília!”. O arquiteto logo percebeu que se tratava de uma brincadeira e passou a ouvir a encomenda - que, pouco antes da viagem ao Rio de Janeiro, já se ampliara para um centro cultural. “Eu e Edson José Ferrari, que era secretário de Perillo, tivemos essa idéia”, relata Marcílio Lemos Carvalho, então arquiteto da Agência Goiânia de Cultura e que acompanhou a execução da obra. Niemeyer empolgou-se e ficou sensibilizado com a idéia de batizar o espaço com seu nome. Mas o local de implantação ainda era incerto. A primeira proposta, em Lagoa das Rosas (onde fica o zoológico), foi abandonada por questões ambientais. Cogitou-se também a área da rodoviária, projetada por Paulo Mendes da Rocha (com Luiz Fernando Teixeira e Moacyr Cordeiro), que é subutilizada e depois foi transformada parcialmente em centro de compras, desfigurando o desenho original. Entrou em pauta então o terreno atual. De propriedade de um empresário, havia uma pendência jurídica sobre a gleba, que na década de 1980 fora doada para a construção de um centro de convenções, não levada a cabo. Com isso, uma ação contra o Estado pedia a área de volta. Negociações levaram a um acordo: os novos prédios de Niemeyer ocupariam 60% do lote e os outros 40% seriam devolvidos ao antigo dono. O arquiteto visitou o local e readequou o projeto a essa condição. Por motivos políticos, a obra foi executada às pressas: um ano depois da definição do terreno, o centro estava inaugurado. Na trajetória do arquiteto, é comum a criação de conjuntos em que cada prédio, ocupado por um item do programa, adota uma forma diferente, com uma composição espacial entre si. O Centro Cultural Oscar Niemeyer não foge à regra: são quatro edifícios diversos no formato - uma cambota, um triângulo, um cilindro suspenso e um pavilhão - e na ocupação (respectivamente, teatro, memorial, museu e biblioteca). “É uma composição de volumes puros: um triângulo, um círculo e um retângulo”. E para a composição ficar mais clara - tal como numa natureza-morta de Morandi - os quatro volumes estão implantados em uma grande esplanada retangular, de 26 mil metros quadrados. É ela que suporta e delimita a relação entre os volumes. Na frente estão o teatro (à esquerda) e o memorial (à direita). À primeira vista, o teatro, com 4,7 mil metros quadrados, lembra a Oca (sem escotilhas) e o Senado, conhecidos trabalhos do autor. No entanto, a entrada principal encontra-se no fundo, o que dá pureza à forma na porção frontal, que é parcialmente circundada por espelho

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