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Automedicação

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Por:   •  22/3/2014  •  Seminário  •  1.051 Palavras (5 Páginas)  •  800 Visualizações

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A automedicação, condenada por muitos, em alguns casos, se feita de forma correta, pode ser desejável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a automedicação responsável para o tratamento de males menores, com medicamentos isentos de prescrição, como forma de desonerar o sistema público de saúde. A contradição presente na junção de palavras tão antagônicas divide opiniões entre produtores e prescritores de medicamentos. Será que o povo brasileiro está preparado para uma automedicação responsável?

Prática consolidada em países como EUA, Canadá, Japão e países da União Européia, a automedicação responsável é utilizada principalmente para o tratamento de sintomas e doenças sem gravidade, como gripes, resfriados, dores de cabeças comuns, alguns tipos de micoses, dores musculares, entre outras enfermidades. O uso de medicamentos isentos de prescrição médica tende a ser aceito hoje pelas autoridades sanitárias como parte integrante do sistema de saúde. Uma das grandes vantagens (ou desvantagens?) de seu uso é o fácil acesso à medicação, uma vez que não se faz necessário uma consulta médica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a automedicação responsável é a "prática dos indivíduos em tratar seus próprios sintomas e males menores com medicamentos aprovados e disponíveis sem a prescrição médica e que são seguros quando usados segundo as instruções". Válido apenas para os medicamentos de venda livre (isentos de prescrição), o conceito da automedicação responsável não deve ser confundido com autoprescrição (uso sem receita médica de medicamentos tarjados).

Desde 1975, a legislação brasileira reconhece os medicamentos isentos de prescrição médica (MIP), chamados também "medicamentos de venda livre" ou "medicamentos anódinos" e conhecidos internacionalmente como produtos "OTC" (Over-the-Counter = "sobre o balcão"). A esse grupo, entre outros, pertencem as seguintes classes terapêuticas: analgésicos, antiácidos, digestivos, laxantes e vitaminas. O uso desse tipo de medicamento deve ser feito por um curto período de tempo, no caso do não desaparecimento dos sintomas, o médico deverá ser consultado.

A automedicação responsável pressupõe que o consumidor seja corretamente informado sobre as opções que estão a sua disposição no mercado e, assim, possa tomar uma decisão segura sobre a melhor forma de se tratar. Para o Dr. José Rubem de Alcântara Bonfim, médico sanitarista, presidente da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (SOBRAVIME), não há como o público leigo distinguir sintomas, avaliar doenças e se automedicar com segurança. "Para se fazer um diagnóstico é necessário a interseção de um profissional de saúde. A expressão automedicação responsável não existe. Ela foi cunhada pela indústria farmacêutica. É uma expressão que induz ao consumo. É uma palavra imprópria. Não contribui em nada, só atrapalha", observa Dr. José Rubem.

Indústria da automedicação responsável

Indústrias fabricantes de medicamentos isentos de prescrição associaram-se para facilitar o desenvolvimento das regras no setor. A World Self-Medication Industry (WSMI) é a federação internacional das entidades que representam a indústria de medicamentos OTC no mundo todo. Já a Industria Latino-Americana da Automedicación Responsable (ILAR) reúne as associações deste setor nos países latino-americanos. Criada em 1994, a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), congrega os principais fabricantes de medicamentos de venda livre no Brasil. Também conhecida como Associação Brasileira da Indústria da Automedicação Responsável, é afiliada à Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (FEBRAFARMA) e representante do Brasil na ILAR.

Atualmente, a ABIMIP representa 24 empresas de origem nacional e internacional, fabricantes de medicamentos isentos de prescrição e que representam cerca de 70% do mercado brasileiro, tais como o Grupo Sanofi Aventis, Bristol-Myers Squibb, Altana Pharma, GlaxoSmithKline, Procter & Gamble, Boehringer Ingelheim, Wyeth e Aché, entre outros.

Assim como as entidades de atuação internacional, a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP) tem o objetivo de contribuir para o cuidado com a saúde e a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, por meio do desenvolvimento da educação para o uso responsável de medicamentos de venda livre.

Em 2005, em conjunto com o Conselho

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