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Biologia

Por:   •  20/4/2015  •  Ensaio  •  2.233 Palavras (9 Páginas)  •  244 Visualizações

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Resumo de Biologia

  • A Célula: a célula é a menor unidade do corpo humano, e elas se multiplicam de acordo com o crescimento do tecido. Foi visualizada pela primeira vez em 1665, por Robert Hooke, que observou as células da cortiça de uma rolha.

Todo ser vivo é constituído por células, podendo ele ser unicelular (formado por uma única célula) ou pluricelular (formado por várias células). Bactérias e protozoários são exemplos de seres unicelulares, enquanto plantas e animais são exemplos de seres pluricelulares.

Existem 2 tipos de células, procariontes e eucariontes. Ambas possuem citoplasma, membrana plasmática, e material genético (núcleo).

As células procariontes são mais antigas, e por isso possuem duplicação e estrutura mais simples. Não possui núcleo definido e assim, seu material genético fica disperso pela célula, material este composto por uma fita simples de DNA. Não tem citoesqueleto. Até são capazes de formar organizações, mas funcionam independentemente uma da outra. Possuem plasmídios, pedaços de DNA espalhados separadamente pelas células. Possuem poucas organelas, a maioria delas possui parede celular e, as vezes, apresentam uma cápsula.

Já as eucariontes são muito mais complexas, possuem mais organelas e possuem um núcleo organizado e com envoltório nuclear (membrana que delimita o material genético). Possuem múltiplos cromossomos, no caso dos humanos, 23 pares. Possuem citoesqueleto, que é responsável pela estrutura (morfologia), pela força mecânica e guia os movimentos da célula eucarionte. Na maioria das vezes são pluricelulares. Formam tecidos que se agrupam para formar órgãos, que se agrupam para formar sistemas, permitindo o funcionamento conjunto deles. A célula vegetal contém cloroplastos para obtenção de energia e parede celular para proteção, enquanto a animal contém a mitocôndria para a obtenção de energia e não possui parede celular.

  • Métodos de estudo de células: A célula pode ter seus componentes, sua química e seu funcionamento estudado de várias maneiras, entre elas o sistema in vitro, centrifugações, eletroforeses, análises in situ, etc. Essa variedade de métodos tem como objetivo o estudo de células, órgãos e tecidos. São necessárias ferramentas para preparar e visualizar a célula.
  1. Um método muito utilizado é a observação através de microscópio, sendo eles de dois tipos: o microscópio óptico (ou de luz) e o eletrônico, esse último sendo mais exato, possibilitando melhor visualização dos detalhes da célula. O eletrônico pode ser de transmissão ou de varredura. O de transmissão proporciona uma imagem mais profunda, porém plana. Tem grande capacidade de aumento e é muito útil para visualizar estruturas celulares, p. ex. as organelas. Já o de varredura permite a visualização de superfícies e imagens em 3D, p. ex. o ácaro.
  2. O exame a fresco permite a observação de organismos vivos, como o espermatozoide, sendo bem próximo do natural. Mas o tempo de visualização é curto e com menos detalhes. Exige que o corte seja fino e com transparência, além de conter uma lamínula para não infectar o microscópio. Para que se consiga uma visualização melhor, é necessário que fixe o material morto, e que este seja trabalhado para que fique próximo do original e mostre mais detalhes, e além disso, tornando-o permanente (com maior durabilidade).
  3. A coloração vital é um “corante” não tóxico, que é adicionado à lâmina e não reage com a célula. Proporciona a visualização do organismo vivo e mostra alguns detalhes da estrutura, mas não com tanta ênfase quanto um corte histológico morto e fixado. Para que se consiga melhor visualização é necessário que fixe o material morto, o trabalhe, e nele acrescente a coloração.
  • A obtenção do material pode ser de 4 maneiras distintas:
  1. Esfregaço: é colocada uma gota do material em uma lâmina e essa gota é esfregada com o auxílio de outra lâmina. É possível a observação de células inteiras, p. ex. sangue e sêmen. Nesse método, fixação e coloração são feitas em conjunto.
  2. Espalhamento: a parte interior da vagina, por exemplo, é raspada com um cotonete e o material é espalhado na lâmina (papa Nicolau). Depois, fixação e coloração podem ser feitas em conjunto ou não. Permite a visualização de células inteiras.
  3. Esmagamento: o material é esmagado entre lâmina e lamínula, sendo possível observar a divisão celular.
  4. Corte Histológico: diversos cortes de um material que possibilitam a observação de diferentes estruturas. O preparo do corte histológico se dá em 5 passos:
  1. Fixação: tem como objetivo congelar/coagular as proteínas da célula, cortando sua função e impedindo autólise e proliferação de bactérias. Ela aumenta a afinidade das estruturas pelos corantes. Os fixadores podem ser químicos (p. ex. formol), que conserva melhor a célula deixando-a próxima do natural, ou podem ser físicos (p. ex. fogo ou congelamento). O congelamento, utilizado para observação de lipídios, p. ex, pode formar cristais, sendo necessário o uso de um crioprotetor para evitá-los (p. ex. a glicerina), e para evitar que a célula se expanda ao ser congelada. Já o fogo, utilizado para observar lâminas de bactéria, p. ex. pode alterar a morfologia.  
  2. Desidratação: o material é desidratado em concentrações crescentes de álcool, aumentando a sobrevida do preparado histológico.
  3. Inclusão: a inclusão do material é feita em parafina (para o microscópio óptico) ou em resina plástica (para o microscópio eletrônico).
  4. Microtomia: os cortes são feitos no micrótomo, que os realiza com navalhas de aço ou vidro (para o microscópio óptico) e vidro ou diamante (para o microscópio eletrônico), sendo capaz de produzir cortes bem finos.
  5. Coloração: é a aplicação de corantes que se comportam como catiônicos/básicos, que coram substâncias ácidas, p. ex. o azul de toluidina, e os aniônicos/ácidos, que coram substâncias básicas, p. ex. a eosina.

  • Outros métodos de estudo das células utilizados são:
  1. Imunocitoquímica: utilizada para localizar proteínas específicas, também podendo ser uma reação antígeno-anticorpo. Tem a forma direta e a forma indireta.

A direta é pouco sensível e pouco utilizada. Já a indireta é bem mais sensível e muito utilizada em testes de hepatite, p. ex. Ambas formam o complexo antígeno-anticorpo. Quando a busca é pelo antígeno ou agente causador da doença, para descobrir se o indivíduo possui alguma patologia, o anticorpo é acrescentado ao sangue, e se o indivíduo realmente possuir a doença, o complexo antígeno-anticorpo é formado. Quando a busca é pelo anticorpo, para determinar se o indivíduo foi imunizado através de uma vacina, p. ex., o antígeno é acrescentado ao sangue, e se o indivíduo estiver imunizado e possuir o anticorpo, o complexo antígeno-anticorpo é formado. A diferença entre elas é que a indireta possui um marcador que se liga ao anticorpo, identificando o complexo que se quer encontrar, refinando a leitura e diminuindo as chances de erro, enquanto a direta não possui esse marcador, tendo um risco de erro maior quando comparado à indireta.

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