CICATRIZAÇÃO

A cicatrização depende de vários fatores, locais e gerais, como: localização anatômica, tipo da pele, capacidade de regeneração tecidual e técnica cirúrgica utilizada. Para que haja reparação tecidual é preciso identificar a quantidade de tecido lesado e danificado, além da presença ou não de infecção. Sendo assim temos três tipos diferentes de cicatrização, podendo ser classificado como:

• Cicatrização por primeira intenção: Incisão caracterizada por causa cirúrgica, limpa sem presença de exsudato, com mínimo de edema, com as bordas aproximadas e pouca perda de tecido, onde o tecido de granulação geralmente não pode ser observado.

• Cicatrização por segunda intenção: São os tipos de feridas mais comuns, onde há grande perda tecidual, a ferida permanece aberta com crescimento de tecido de granulação do centro da ferida para as bordas, podemos observar a distinção nas fases de cicatrização, onde a resposta inflamatória é maior, a visibilidade de tecido de granulação e epitelização também é maior, o fechamento é realizado por meio de contração e epitelização.

• Cicatrização por terceira intenção:

Ferida de espessura parcial (derme incompleta): ocorre após muitos procedimentos dermatológicos como a dermoabrasão, o resurfacing por laser ou peelings químicos; pode também ser causada por traumatismos. A reparação faz-se pela reepitelização dos anexos epiteliais ou epitélio derivado da pele adjacente não acometida. Como resultado final tem-se uma cicatriz praticamente imperceptível.

Já as feridas de espessura total (derme completa ou estendida ao tecido celular subcutâneo) necessitam da formação de um novo tecido, o tecido de granulação; a epitelização, base da cicatrização nas feridas de espessura parcial, acontece apenas nas margens da ferida. Nesse caso, a cicatriz é totalmente perceptível e, muitas vezes, pronunciada.