COGNIÇÃO COMO CONSTRUÇÃO

COGNIÇÃO COMO CONSTRUÇÃO

Para a visão construcionista, ou interpretativa, aquilo que está dentro da mente humana não é uma reprodução do mundo externo. A mente impõe alguma interpretação sobre o ambiente construindo seu mundo. Para os “construcionistas sociais”, a realidade externa existe em nossa cabeça.

A visão construcionista social começa com uma premissa forte: ninguém em uma organização “vê” o ambiente. Em vez disso as organizações constroem esse ambiente a partir de informações ricas e ambíguas. Os construcionistas sociais afirmam que, como os ambientes são construídos dentro da organização, eles não são muito além de um produto das crenças gerenciais.

Muitas pessoas rejeitam essa conclusão, para elas existe um ambiente lá fora. Afinal, os mercados estão cheios de destroços de empresas que os interpretaram erradamente, por causa daquilo que os gerentes acreditavam. A isso, os construcionistas sociais respondem: essa objeção representa uma suposição simplista a respeito do significado de “ambiente”. Smircich e Stubbart (1985) ajudaram a estabelecer isso descrevendo três concepções concorrentes de ambiente, são elas:

- Ambiente Objetivo: organização está embutida em um ambiente que possui uma existência externa e independente (Escola do Posicionamento).

- Ambiente Percebido: envolve uma distinção a respeito de estratégias. Estrategistas são permanentemente apanhados pela racionalidade limitada e pelas suas percepções incompletas e imperfeitas do ambiente (Ala Objetiva da Escola Cognitiva).

- Ambiente Representado: o ambiente é gerado por ações humanas e por seus esforços intelectuais para dar sentido às suas ações (Ala Subjetiva da Escola Cognitiva).

Em resumo a visão construtivista interpreta aquilo que a mente reproduz do mundo exterior, pois atua segundo suas próprias dinâmicas cognitivas, as molduras que são entendidas como premissas.