COLONIZAÇÃO E PROMOÇÃO DO CRESCIMENTO RADICULAR DE MILHO EM CONDIÇÕES DE CAMPO, APÓS INOCULAÇÃO COM BACTÉRIAS DO GÊNERO BACILLUS.

O Milho é o principal cereal produzido no Brasil, um dos cereais mais importantes no mundo, inclusive no Brasil, que é o terceiro maior produtor do grão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Seu uso está destinado ao consumo humano in natura ou processado, e na alimentação animal via ração, constituindo importante fonte de energia.

A média da produtividade mundial do grão é em torno de 4000 kg ha-1, entretanto a produtividade média brasileira está abaixo da média mundial com 3352 kg ha-1, devido principalmente ao plantio por pequenos agricultores, que não possuem grande tecnificação.

É necessário investir em tecnologias acessíveis aos produtores, para aumentar a produtividade e, consequentemente lucratividade na atividade agrícola de produção do milho.

Rizobactérias promotoras do crescimento de plantas (RPCPs) têm sido citadas numa série de trabalhos como beneficiadoras de uma gama de espécies vegetais. São bactérias que se associam às raízes das plantas e possuem potencial para estimular o crescimento. Inibem fitopatógenos, promovem a disponibilização de nutrientes como, por exemplo, nitrogênio e fósforo, tornando a planta mais resistente a estresses bióticos e abióticos.

Em algumas culturas a inoculação corresponde a não utilização de adubos nitrogenados, aumentando a eficiência produtiva, e a economia de fertilizantes. Elas podem colonizar as raízes de forma endofítica ou atuar na região da rizosfera.

Bactérias do gênero Bacillus também são incluídas entre as RPCPs (Chanway et al., 2000).Tais bactérias não só apresentam algumas características favoráveis para à produção de inoculantes comerciais: como produzem endosporos, seu manuseio e aplicação seriam facilitados, inclusive em mistura com outros defensivos, desejável para o manejo ecológico de doenças e pragas, produção integrada e o sistema “approach”.Outro aspecto que as inclui entre as rizobactérias agentes de controle biológico é a sua capacidade de produção de antibióticos (Freitas & Pizzinatto, 1997).

Este trabalho justifica-se pela investigação de uma tecnologia de inoculação de rizobactérias em plantas avaliando o efeito no crescimento radicular, como também o estudo da interação que ocorre entre a planta hospedeira e a bactéria em condições de solo.