CONVENANCE, BIENSEANCE
Trabalho Escolar: CONVENANCE, BIENSEANCE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nunorau • 12/1/2014 • 1.282 Palavras (6 Páginas) • 447 Visualizações
BIENSÉANCE s.f.
1º (Arcaico) Caráter do que convém, do que vai bem. V. Convenance –
Em desuso. A la bienséance de qqn (À bienséance de alguém), à sua conveniência, à sua disposição. Por ext. (Arcaico) O que convém.
2º Por ext.(Atual) Conduta social de acordo com os usos, respeito por certas formas. V. Corréction, décence, savoir-vivre. “A bienséance não é mais do que uma máscara do vício” (Rousseau). No plural, Les bienséances, os costumes a respeitar.
V. Convenance, étiquette, protocole, usage.
Antônimos: incongruência, inconveniência, indecência, insolência.
CONVENANCE s.f.
1º (Literário) Caráter do que convém a sua destinação. V. Accord, adéquation, affinité, conformité, harmonie, pertinence, rapport. Convenance de humor, de caráter, de gosto entre dois esposos, dois amigos.
2º O que convém a alguém. V. Goût (gosto). Consultar as convenances de alguém.
A sa convenance: a seu gosto.
3º Les convenances: o que está de acordo com os usos, as bienséances.
V. Bienséance, usage. Observar, respeitar as convenances.
Antônimos: Inconveniência, impropriedade.
Fonte: Dictionnaire Petit Robert.
Idade Moderna[editar | editar código-fonte]
O homem vitruviano, interpretado por Leonardo da Vinci. Nele está sintetizado o espírito renascentista: clássico e humanista
Com o fim da Idade Média a estrutura de poder europeia modifica-se radicalmente. Começam a surgir os estados-nacionais e, apesar da ainda forte influência da Igreja Católica, o poder secular volta a subjugá-la, especialmente com as crises decorrentes da Reforma Protestante.
Antigos tratatos arquitetônicos romanos são redescobertos pelos novos arquitetos, influenciando profundamente a nova arquitetura. A relativa liberdade de pesquisa científica que se obteve permitiu algum avanço nas técnicas construtivas, permitindo novas experiências e a concepção de novos espaços.
Algumas regiões italianas, e Florença em especial, devido ao controle das rotas comerciais que levavam a Constantinopla, tornam-se as grandes potências mundiais e é nelas que se desenvolveram as condições para o desenvolvimento das artes e das ciências.
Renascimento[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Arquitetura renascentista
Paisagem florentina, um marco do Renascimento
Palazzo della Ragione de Palladio.
O espírito renascentista evoca as qualidades intrínsecas existentes no ser humano. O progresso do Homem - científico, espiritual, social - torna-se um objetivo importante para o período. O Classicismo, redescoberto, e o Humanismo surgem como o guia para a nova visão de mundo que manifesta-se nos artistas do período.
A cultura renascentista mostra-se multidisciplinar e interdisciplinar. O que importa ao homem renascentista é o culto ao conhecimento e à razão, não havendo para ele separação entre as ciências e as artes. Tal cultura mostrou-se um campo fértil para o desenvolvimento da arquitetura, uma matéria que da mesma forma não vê limite entre as duas áreas.
A arquitetura renascentista mostrou-se clássica, mas não se pretendeu neoclássica. Com a descoberta dos antigos tratados (incompletos) da arquitetura clássica (dentre os quais, o mais importante foi De Architetura de Vitrúvio, base para o tratado De Re Aedificatoria de Alberti), deu-se margem a uma nova interpretação daquela arquitetura e sua aplicação aos novos tempos. Conhecimentos obtidos durante o período medieval (como o controle das diferentes cúpulas e arcadas) foram aplicados de uma nova forma, incorporando os elementos da linguagem clássica.
A descoberta da perspectiva é um aspecto importante para se entender o período (e especialmente a perspectiva central): a ideia de infinito trazida pela manipulação do ponto de fuga foi bastante utilizada como elemento cênico na concepção espacial daqueles arquitetos.
A perspectiva representou uma nova forma de entender o espaço como algo universal, compreensível e controlável através da razão do Homem. O desenho tornou-se o principal meio de projetação, assim como surge a figura do arquiteto solitário (diferente da concepção coletiva dos edifícios medievais). Os novos meios de concepção do projeto influenciaram a concepção espacial dos edifícios no sentido em que as visuais são controladas, direcionadas para um ponto de vista específico. O poder da perspectiva de representar universalmente a realidade não se limitou a apenas descrever a experiência, mas também a antecipá-la projetando a imagem de volta à realidade.
Entre os principais arquitetos da Renascença se incluem Vignola, Alberti, Brunelleschi e Michelângelo.
Maneirismo[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Maneirismo
Com o desenrolar do Renascimento e o constante estudo e aplicação dos ideais clássicos, começa a surgir entre os artistas do período um certo sentimento anticlássico, ainda que suas obras continuassem, em essência, predominantemente clássicas. Neste momento, surge aquele que foi chamando de maneirismo.
Os arquitetos maneiristas (que rigorosamente podem continuar sendo chamados de renascentistas) apropriam-se das formas clássicas mas começam a desconstruir seus ideais. Alguns exemplos do maneirismo:
São constantes as referências visuais em espaços internos aos elementos típicos da composição de espaços externos: janelas que se voltam para dentro, tratamento de escadas externas
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