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Cagaita

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Por:   •  15/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.149 Palavras (5 Páginas)  •  836 Visualizações

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CAGAITEIRA

Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)

Classe: Magnoliopdida (Dicotiledonae)

Ordem: Myrtales

Família: Myrtaceae

Nome Científico: Eugenia dysenterica Dc.

Nomes Populares: cagaita, cagaiteira

Ocorrência: Cerradão Mesotrófico e Distrófico, Cerrado sentido restrito

Distribuição: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Groso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo, Tocantins

Floração: de agosto a setembro

Frutificação: de setembro a novembro

Árvore hermafrodita com 6 a 8 m de altura por 6 a 8 m de diâmetro de copa, com ramos tortuosos, casca do tronco suberosa, profundamente sulcada e gretada.

Folhas verdes, brilhantes e quando jovens verde-claras, chegando a ser ligeiramente translúcidas (www.agro-fauna.com.br). São opostas, simples e caducas na floração (Almeida et al., 1998).

Inflorescência racêmulos umbeliformes ou alongados pelo posterior desenvolvimento vegetativo da gema terminal, simulando flores isoladas, axilares, geralmente com 4 flores, raramente 2 a 6 (Almeida et al., 1998). Flores brancas e aromáticas.

Fruto globoso e achatado, de coloração amarelo-pálido, com 1 a 3 sementes brancas envoltas em polpa de coloração creme, de sabor acidulado. O fruto mede de 3 a 4 cm de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro (Figura abaixo) e pesa de 14 a 20 g (Silva et al., 2001).

A. ramo com frutos: B. fruto inteiro e partido; C. polpa comestível; D. semente.

Parente da pitanga, do araçá e da uvaia, a cagaita é uma frutinha arredondada de cor amarela suave. De fina casca, tem um sabor ácido e é bastante suculenta, apresentando cerca de 90% de suco em seu interior (Figura abaixo).

Apesar de seu sabor agradável e de sua natureza refrescante, o povo da região dos cerrados sabe que, por um capricho da natureza, a cagaita é uma fruta que deve ser saboreada com moderação. Quem não quiser acreditar, ficará sabendo que os nomes populares e científicos das frutas têm sua razão de ser.

O fato é que, consumida em excesso, a cagaita provoca uma fermentação, estimuladora do funcionamento intestinal e causadora de uma espécie de mal-estar semelhante à embriaguez. Por outro lado, a infusão da folha e da casca da árvore tem efeito contrário, sendo muito utilizada pela medicina popular como anti-diarréico.

No Centro de Tecnologia Agroindustrial da EMBRAPA, com sede no Rio de Janeiro, desenvolvem-se e testam-se novas receitas de sucos, geléias e doces, com amostras de frutas do Cerrado. Ali, juntamente com a amêndoa torrada do baru, o suco de cagaita constitui um dos produtos da preferência dos visitantes e funcionários.

Foi ali também que se comprovou aquilo que o nativo já sabia há tempos; se a fruta in natura provoca reações intestinais desagradáveis, a sua polpa, utilizada como ingrediente de sucos, geléias, refrescos, sorvetes, doces, geléias e licores, conserva apenas as suas características agradáveis de sabor e perfume (www.bibvirt.fututo.usp.br).

Árvore melífera (Brandão & Ferreira, 1991 apud Almeida et al., 1998) é também ornamental. Quando em floração oferece um bonito visual, uma vez que na época seca a folhagem que cai é substituída pelas folhas novas avermelhadas, e pelas flores alvas que são abundantes e perfumadas.

Fornece madeira para pequenas obras de construção civil, mourões, lenha e carvão.

A casca serve para indústria de curtume (Corrêa, 1926 apud Almeida et al., 1998).

É uma das corticeiras do Cerrado, com 1 a 2 cm de espessura (Macedo, 1991 apud Almeida et al., 1998).

Quanto ao uso medicinal, além do efeito purgativo dos frutos, a garrafada das folhas produz efeito contrário, sendo antidiarréico e também utilizada para combater problemas cardíacos (Ferreira, 1980 apud Almeida et al., 1998).

Quando submetida à fermentação, produz vinagre e álcool (Corrêa, 1926 apud Almeida et al., 1998).

O fruto é também consumido pelo gado. Foram identificados fragmentos de frutos, sementes e folhas em material de fístula esofágica de bovinos entre os meses de julho a novembro, comprovando a sua seletividade na época seca (Macedo et al.A distribuição espacial da espécie varia entre regiões, dentro da grande região do cerrado.

Em algumas áreas ocorre de forma contínua em grandes extensões, formando, portanto, grandes populações.

Em outros casos, a ocorrência se dá em

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