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Comportamento

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Por:   •  13/12/2014  •  Resenha  •  759 Palavras (4 Páginas)  •  258 Visualizações

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A idéia de que sentimentos e pensamentos causam comportamentos já foi superada na Psicologia do século XX. Mas, agora, vertentes como alguns tipos de cognitivismo atribuem a explicação do comportamento ao sistema nervoso, insistindo no equívoco de buscar explicações para fenômenos comportamentais em outros níveis de análise. Ao examinar as contingências das quais os comportamentos são função, a Análise do Comportamento oferece alternativa promissora para a explicação dos fenômenos psicológicos, bem como melhores alternativas de intervenção sobre esses.

Uma perspectiva mais promissora é mudar as contingências das quais um comportamento é função, do que propriamente os sentimentos ou estados da mente envolvidos em um comportamento. Não são os eventos internos que causam o comportamento. Tanto o evento interno quanto o comportamento são determinados por algum acontecimento ambiental (Skinner, 1974 e 1989). Um exemplo claro dessa relação que é “não choramos porque estamos tristes ou sentimos tristeza porque choramos, nós choramos e sentimos tristeza porque aconteceu algo” (Skinner, 1989, p.103). Uma análise comportamental não pára na descrição das atividades de um organismo ou de seus estados internos, como as emoções; é necessário também descrever os eventos ambientais relacionados a ocorrência dessas atividades e estados internos.

88158160Na linguagem cotidiana diversas expressões ocultam partes importantes de processos comportamentais fazendo parecer que estados mentais determinam comportamentos. Intenções e expectativas, por exemplo, são examinadas por Skinner (1989) que demonstra que esses termos não se referem a estados mentais sobre o futuro que determinam o que a pessoa faz, mas termos que remetem a experiências passadas em que possivelmente um evento foi seguido de outro com uma certa freqüência que faz com que o indivíduo tenha expectativa de que isso ocorra novamente. A forma como nos referimos à processos psicológicos na linguagem cotidiana é mentalista e dificulta a perceptibilidade sobre seus determinantes. Fenômenos psicológicos são explicados pela história genética e ambiental na qual os organismos se desenvolvem. Examinar os eventos relacionados a essas histórias é o que permite explicar comportamentos. A história de interação do organismo com o mundo a sua volta, e não seus estados mentais, é o que explica a ocorrência de comportamentos, pensamentos e sentimentos.

O tipo de contingência de reforço que mantém o comportamento e o esquema de reforçamento em que é mantido é o principal determinante do tipo e intensidade de emoção que um indivíduo sente. Aprender a identificar e distinguir essas contingências de reforço, bem como os diferentes esquemas de consequenciação é condição mínima para realizar análise comportamental.

A premissa básica de uma terapia comportamental é que algum grau de controle sobre as variáveis ambientais nas quais um indivíduo vive podem ser controladas por ele próprio, seja no lar, na escola, no local de trabalho, etc. A terapia, como qualquer agência de controle de comportamento (Escola, Família, Governo, Economia,…), modifica comportamentos das pessoas que a buscam. Apesar disso, alguns terapeutas, como Carl Rogers, ainda insistem em afirmar que não há controle no processo de psicoterapia. Skinner (1989) considera que as críticas

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