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Copa De 1970

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Por:   •  26/5/2014  •  2.501 Palavras (11 Páginas)  •  706 Visualizações

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Copa de 1970 e os mlitares

A seleção brasileira de futebol de 1970 foi considerada por muitos a maior de todos os tempos. Ao arrematar em apoteose a taça, tomou para si o estigma de um feito heróico, num espetáculo transmitido pela primeira vez para o povo brasileiro através da televisão. Com forte cobertura na mídia de então, a vitória da seleção brasileira em 1970 foi usada como instrumento de propaganda do regime militar. Nunca o futebol seria tão bem explorado como propaganda de um governo no Brasil como o foi em 1970. A taça Jules Rimet foi erguida pelo próprio presidente de então, Emílio Garrastazu Médici.

1970 foi um dos anos mais tensos da história do Brasil e do próprio regime militar implantado em 1974. No ano anterior as guerrilhas urbanas eclodiram pelo país, o seqüestro de um embaixador norte-americano pela esquerda oposicionista, revelou ao mundo o que até então os militares negavam veementemente, a existência de tortura no país. O ano da copa começou com outro seqüestro da esquerda, a do cônsul do Japão Nobuo Okushi. Iniciava-se uma sangrenta caça aos guerrilheiros. A finalidade era caçar a todos e eliminar, numa condenação à revelia a uma pena de morte pré-determinada.

Momentos antes do início do campeonato, João Saldanha, técnico que classificara a seleção para a copa, foi afastado por motivos políticos, sendo substituído por Mario Jorge Lobo Zagallo. Feitas as arestas ideológicas, o Brasil entrou em campo, eliminando todos os adversários, numa atuação antológica de um elenco luxuoso, com Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Gérson, Carlos Alberto Torres e Clodoaldo entre eles.

Enquanto o povo delirava com os gols, a economia atingia o auge do que se chamou “Milagre Econômico”, mostrando um país próspero e feliz. Nas celas os presos eram torturados, mortos e desaparecidos. Nas rádios o hino da copa ecoava para os noventa milhões de brasileiros: “Pra frente Brasil!”

A máquina de propaganda do regime militar nunca foi tão bem-sucedida como naquele ano, tendo como elemento principal a vitória da seleção, e a imagem heróica dos seus jogadores. Comparado a história contemporânea, o uso da imagem da seleção brasileira do tri-campeonato só perdeu para a propaganda do regime nazista, nas Olimpíadas de Berlim, em 1936.

A Era do Milagre Econômico

Na época da Copa de 1970, o Brasil vivia o auge do que foi chamado de “Milagre Econômico”, que aconteceu de 1969 a 1973, coincidindo com o governo do presidente general Emílio Garrastazu Médici.

O milagre econômico proporcionou o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que atingiu um crescimento anual de cerca de 11,2%, e uma inflação estabilizada em 18%. A produção industrial aumentou, proporcionando melhores níveis de emprego. A época coincidia com os juros baixos no mercado internacional, que passava por um momento de tranqüilidade, investindo fortemente nos países em desenvolvimento, visando os grandes recursos naturais dessas nações como fiança aos empréstimos concedidos. Também as multinacionais faziam os seus investimentos no país. A facilidade de créditos internacionais levaria o Brasil a contrair, na época do regime militar, a maior dívida externa da sua história.

Durante o milagre , as indústrias automobilísticas foram as que mais cresceram no país, gerando muitos empregos, e conseqüentemente, levando desenvolvimento a outros setores. Diante da prosperidade que parecia infindável, o governo militar aumentou a arrecadação de impostos.

Para justificar a continuação da sua ilegitimidade e permanecer no poder, os militares investiam em fortes campanhas de propaganda. Frases que evidenciavam a exaltação militar eram vinculadas nas rádios, televisões e jornais, como “Brasil, Ame-o ou Deixe-o” , “Ninguém Segura Este País”, ou “Pra Frente Brasil”. A propaganda era estimulada através da música, de programas de televisão, jornais, revistas e rádios.

Aproveitando-se da facilidade dos empréstimos internacionais, o milagre econômico gerou a era das obras monumentais, como a construção da Transamazônica, da ponte Rio-Niterói, da usina nuclear de Angra dos Reis, de barragens gigantescas, como a de Itaipu.

No avesso da era do milagre, que beneficiou apenas a uma classe média emergente, estavam os arrochos salariais, favorecendo poucos capitalistas brasileiros e essencialmente, aos capitalistas de multinacionais. Os grandes investimentos estatais em obras colossais geraram mais o endividamento do país do que empregos seguros. Durante o período, houve quase que um abandono do governo aos programas sociais.

O fim do milagre aconteceu em 1973, com a crise do petróleo, que acabou com o combustível barato e gerou uma das mais agudas crises da econômica mundial. Na época o Brasil dependia da importação de 80% do petróleo consumido internamente. A dívida externa, que em 1967 era de U$ 40 bilhões, chegava em 1972, quando o milagre já estava no fim, a 97 bilhões de dólares.

Diferença econômica dos times

Há quase uma premissa para se fazer boas campanhas em campeonatos por pontos corridos: ter um elenco grande. E o Fluminense deste ano, grande candidato ao título do Brasileirão, é a prova de que montar times fortes custa alto. Levantamento elaborado pelo DIÁRIO constata que a folha salarial do Tricolor das Laranjeiras é a maior do país, girando em torno de R$ 8 milhões mensais.

Empolgado com a campanha deste ano, o presidente do clube carioca, Peter Siemsen, reconhece que o ótimo elenco é responsável pelo sucesso da equipe.

“Esse investimento no grupo e a montagem de uma comissão técnica com a qualidade que temos são responsáveis pelos resultados que o time vem alcançando no ano. O Fluminense tem, seguramente, um dos melhores e mais regulares elencos do Brasil”, assegura o mandatário.

O trunfo do Flu é a sólida parceria com a empresa de planos de saúde Unimed, desde 1999, quando os tricolores ainda amargavam a Terceira Divisão nacional e viviam o pior momento de sua história.

Para Siemsen, o patrocínio faz total diferença. “Nós temos a melhor e mais duradoura parceria do futebol brasileiro e esse investimento da Unimed nos atletas permite a montagem do elenco forte que temos atualmente”, admite.

Quando perguntado se o dinheiro tem prevalecido no futebol, o presidente tricolor responde que sim. Mas cita algo ainda mais importante. “Na

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