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Seminário: Culhao. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaoculhao • 27/5/2013 • Seminário • 794 Palavras (4 Páginas) • 782 Visualizações
Fim da tarde de sexta-feira. Na Vila Belmiro, estão Odílio Rodrigues, vice-presidente do Santos, Raul Sanllehí, diretor de futebol do Barcelona, André Cury, representante do clube na América do Sul, e Marcos Malaquias, agente ligado aos catalães. O dirigente santista pega o celular e liga para cada um dos integrantes do Comitê de Gestão do Peixe. Na conversa com os executivos, pede autonomia para negociar o melhor para o clube. Após receber o aval, recomeça as conversas, já iniciadas no dia anterior, no mesmo local, para sacramentar a saída de Neymar.
A decisão pela venda ao Barcelona foi unânime entre a alta cúpula. E mesmo com o Real Madrid na disputa oferecendo mais dinheiro, era sabido que a vontade do camisa 11 pela equipe de Messi e o "acordo de cavalheiros" costurado no passado seriam determinantes no destino do astro.
- A proposta do Real Madrid era maior em todos os sentidos. Mas não adiantaria pagar mais, o Neymar queria o Barcelona - explicou uma fonte do GLOBOESPORTE.COM.
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Ciente disso, o Barça jogou com suas armas para barganhar o máximo possível. Além do desejo de Neymar, foi decisivo o fato de que esta era a última chance de o Peixe de lucrar, antes de ver seu maior astro sair de graça, assinando pré-contrato em janeiro.
Em dado momento da negociação, os catalães colocaram a "faca no pescoço". O aviso em um e-mail era claro: se o Santos não desse uma resposta à proposta realizada, os espanhóis retirariam as cifras da mesa e iriam embora. O ultimato acabou dando certo.
Tradutor online foi usado por dirigentes santistas para entender o contrato em espanhol
Santos e Barcelona tinham plena ciência de que o acordo seria sacramentado entre os clubes na sexta-fera. Tanto que os respectivos advogados, João Vicente Gazolla e Laura Anguera, estavam no local para regularizar as minutas dos documentos necessários. Antes de se chegar a um acerto, houve dificuldade por parte dos santistas para entender os termos dos papéis, redigidos em espanhol. Por isso, um tradutor online foi usado para ajudar na tarefa.
Durante a reunião com duração de aproximadamente oito horas, o número de pessoas no local foi aumentando gradativamente. Neymar da Silva Santos, pai do craque, entrou antes de todos, conversou com Odílio e depois deixou os dirigentes a sós, para só retornar depois da meia-noite, acompanhado do filho. Nesse meio tempo, Caio de Stefano e Pedro Luiz Conceição, dois dos integrantes do Comitê de Gestão santista, além de Eduardo Musa, responsável por ajudar no gerenciamento da carreira de Neymar, entraram na Vila.
Empresário André Cury e Raul Sanllehí, diretor
do Barça, na Vila (Foto: Marcelo Hazan)
Na medida em que as condições do negócio entre Santos e Barça eram costuradas, algumas informações começavam a vazar na imprensa. Tal fato gerou mal estar para as pessoas que estavam no local, causando enorme desconfiança interna e perplexidade entre os santistas.
Além da quantia em dinheiro a ser paga pela transferência, foram acertados dois amistosos com o Barça - um na Espanha e
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