Enfermeido
Ensaios: Enfermeido. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vinico20 • 23/3/2015 • 903 Palavras (4 Páginas) • 622 Visualizações
Doença de Chagas Agudo: Descrição da doença
A doença de chagas (DC) é uma antropozoonose, foi descoberta em 1909, Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, descobriu essa doença infecciosa que acometia operários do interior de Minas Gerais. Esta, causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, é conhecida como doença de Chagas, em homenagem a quem a descreveu pela primeira vez.
Essa doença também é conhecida como mal de Chagas, e, é transmitido, por um animal da Subfamília Triatominae, mais conhecido como barbeiro. No entanto este inseto se alimenta, somente, do sangue de animais vertebrados. É encontrado geralmente em frestas de casas de barro e madeira, camas, troncos de árvores etc., pois este tem preferência por lugares próximos à sua fonte de alimentação.
Segundo o Ministério da Saúde a doença de Chagas apresenta uma fase aguda que pode ser identificada ou não e tendência à evolução para as formas crônicas, caso não seja tratada precocemente com medicamento específico.
Após a fase aguda, aproximadamente 60% – 70% dos infectados evoluirão para uma forma indeterminada, sem nenhuma manifestação clínica da doença de Chagas. E, entre 30 % a 40 %, desenvolverá formas clínicas crônicas, divididas em três tipos: cardíaca, digestiva ou mista (com complicações cardíacas e digestivas).
Triatomíneos são os vetores da (família Reduviidae), insetos hematófagos conhecidos como barbeiros ou bicudos. De acordo com (SAÚDE-GUIMARÃES; FARIA, 2007). O parasito possui um ciclo biológico complexo do tipo heteroxênico e passa por diferentes formas evolutivas no interior do hospedeiro vertebrado (homem, quatis, mucuras, tatu, morcego, paca, porco-espinho, macacos, gambá, cães, gato, entre outros) e nos insetos vetores: Triatoma infestans, Triatoma sórdida, Triatoma rubrovaria, Triatoma pseudomaculata, Triatoma brasiliensis, Panstrongylus lutzi, Panstrongylus megistus, entre outros.
Em função de ações de controle de vetores a partir da década de 1970, em 2006 o Brasil recebeu Certificação Internacional pela Interrupção da Transmissão de Doença de Chagas pelo Triatoma infestans, espécie importada e responsável pela maior parte da transmissão vetorial no passado. Estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, cerca de dois a três milhões no Brasil.
Das 141 espécies de triatomíneos conhecidas atualmente, 63 foram identificadas no Brasil e são encontradas em vários estratos florestais, de todos os biomas. Com a interrupção da transmissão vetorial por Triatoma infestans no país, quatro outras espécies de triatomíneos têm especial importância na transmissão da doença ao homem: T. brasiliensis, Panstrongylus megistus, T. pseudomaculata e T. sordida.
Formas de contrair a doença:
• Transmissão vetorial– de 4 a 15 dias.
•Transmissão transfusional– de 30 a 40 dias ou mais.
• Transmissão vertical – pode ser transmitida em qualquer período da gestação ou durante o parto.
•Transmissão oral– de 3 a 22 dias.
• Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.
Situação epidemiológica
A mudança do quadro epidemiológico da doença de Chagas no Brasil promoveu a alteração nas ações e estratégias de vigilância, prevenção e controle, por meio da adoção de um novo modelo de vigilância epidemiológica, de acordo com os padrões de transmissão da área geográfica:
I. Regiões originalmente de risco para a transmissão vetorial (AL, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SE, SP, TO): vigilância epidemiológica visa detectar a presença e prevenir a formação de colônias domiciliares do vetor;
II. Amazônia Legal (AC, AM, AP, RO, RR, PA, parte do TO, MA e do MT): vigilância centrada na detecção precoce de casos agudos e surtos
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