Eugenia no Mundo
Por: Enil • 17/8/2015 • Projeto de pesquisa • 666 Palavras (3 Páginas) • 676 Visualizações
Eugenia
Há séculos os ingleses tentam encontrar provas de uma origem "nobre", "uma raça superior" ou um "berço nobre" para os seus antepassados. O chamado Racismo Cientifico não estava restrito apenas a Inglaterra, Samuel George Morton, especialista em crâniologia liderou um grupo que reunia crânios de diversas "raças" para fazer comparações, nesses estudos eles afirmavam que os crânios das raças tinham vários tamanhos, e que quanto maior o tamanho, maior o cérebro, ou seja mais inteligente um ser mais evoluído.
Charles Darwin, autor do livro "A origem das Espécies", diz que o animal, seja um inseto ou um mamífero mais especializado, "vence" e supera o animal menos adaptado.
O branco (seja europeu ou não) se expande porque é mais especializado, mais inteligente eliminar as raças mais fracas, é apenas uma consequência natural, os partidários dessas teorias ficaram conhecidos como Darwinistas Sociais.
Aos adeptos do Darwinismo Social que havia uma hierarquia na espécie humana, haveria os sadios, os fortes, os inteligentes e em contrapartida haveria os fracos, os doentes e os incapazes, segundo, os inferiores gerariam filhos predestinados a serem inferiores e os superiores predestinados a terem descendentes superiores, seria um "Determinismo hereditário".
O sucesso estupendo dos genocídios cometido pelos europeus em continentes longínquos não tardou a voltar-se para dentro de si. Raça e classe começaram a se confundir, o conceito de que raça e classe era a mesma coisa, começou a se fundir e não demorou para o "Darwinismo Social" tornar-se uma ciência discriminatória não apenas de raças classificadas inferiores, mas também de classes inferiores ainda que essas raças tivessem nascidos e vivessem próximo, houve a observação de inferioridade do ser humano nas classes operárias de sua própria cidade.
Galton foi um matemático e escritor de grande importância, o primeiro a usar métodos estáticos para o estudo das diferenças humanas de inteligência, formulou questionários para coletar dados sobre as comunidades humanas para os seus estudos antropométricos com o intuito explícito de corroborar suas teses racistas. Criou a psicométrica e a psicologia diferencial foi desvirtuada ou usada como uma faculdade paranormal, a capacidade de "enxergar" imagens e sentir vibrações a partir de objetos.
Francis Galton acreditava que a "raça" humana poderia ser melhorada caso fosse evitado "cruzamentos indesejáveis", e propôs o desenvolvimento de testes de inteligências para selecionar homens e mulheres brilhantes, destinados à reprodução seletiva, assim criou em 1883 o termo Eugenia, que significa ”bem nascido", estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.", a eugenia foi amplamente aceita pelos cientistas, era moderno e "científico", propunha o incentivo ao aumento da natalidade nas classes médias e alta, e a inibição da reprodução das classes inferiores.
Em 1912 foi fundado o Comitê Internacional de Eugenia, presidido pelos EUA, e o centro eugênico em Cold Spring Harbord era base de treinamento de eugenistas do mundo todo.
A enorme polêmica que envolve até hoje a real importância do pensamento de Nietzsche para o surgimento do nazismo, ou pelo menos fornecendo-lhe o vocabulário estridente e várias expressões ideológicas, nos obriga a arrolar a
evidente similitude do pensamento nietzscheano com o que veio a acontecer depois na Alemanha de 1933.
Ricas fundações financiaram a eugenia alemã, os alemães gostavam de referir-se a eugenia como "Higiene da Raça", este conceito sobreviveu na Europa ate muito recentemente com guerras civis, limpeza étnica. Durante a conferência de Wannsse onde os nazistas alemães discutiram a "Solução Final da Questao Judaica", esse assunto era tratado como científico e profissional.
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