FARMACOLOGIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
Pesquisas Acadêmicas: FARMACOLOGIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fidelkassio • 3/2/2015 • 1.646 Palavras (7 Páginas) • 1.353 Visualizações
FACULDADES OBJETIVO
CURSO DE FISIOTERAPIA
FARMACOLOGIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
Por
Camila Cavalcante de Souza
Elaine Regina Silva
Francielma Carvalho do Nascimento
Jullyane Nyele
Maria Rivânia Marinho Coelho
Núbia Alves da Silva
Sandra Márcia C. Marsone
Valéria Cardoso de Oliveira
Palmas
2014
1. DA FARMACOLOGIA
Atualmente, a droga é definida como sendo qualquer substância que é capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.
Assim, a droga consiste em qualquer substancia química que possui a capacidade de produzir efeito farmacológico, ou seja, que provoque alterações funcionais ou somáticas. Se estas alterações forem benéficas, podemos denominar de fármaco ou droga-medicamento ou apenas medicamento , e, se forem maléficas denominamos de tóxico ou droga-tóxico.
O fármaco ou medicamento corresponde à droga-medicamento de estrutura química bem definida, e, também tem sido conceituado como a substância química que é o princípio ativo do medicamento, portanto, consistindo no produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidades que podem ser profiláticas, curativas, paliativas, para evitar a gravidez ou para fins de diagnóstico.
O princípio ativo corresponde à substância (ou grupo destas), responsável pela ação terapêutica, com composição química e ação farmacológica conhecidas. O remédio é qualquer dispositivo que sirva para o tratamento do paciente, incluindo a sugestão, a massagem, o fármaco ou qualquer outro procedimento terapêutico, sendo esta palavra muito utilizada pelo leigo como sinônimo apenas de fármaco ou especialidade farmacêutica.
Os nomes dos medicamentos oficiais em nosso país, inicialmente, são determinados pelos critérios publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o objetivo de padronizar os nomes genéricos dos fármacos através de listas conhecidas como Denominações Comuns Internacionais (DCI) em inglês, e, em espanhol para a posterior adaptação em Português ou outro idioma de acordo com o país.
No Brasil, o Ministério da Saúde , através do órgão do Governo Federal denominado Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), observando os critérios da DCI, aprova a denominação do fármaco ou princípio ativo com efeito farmacológico conhecida como Denominação Comum Brasileira (DCB).
Existem medicamentos introduzidos antes do século XX e que continuam sendo utilizados, por exemplo, a morfina e a atropina (ambos de origem vegetal), enquanto outros medicamentos foram proibidos de serem utilizados devido a diferentes causas, como a toxicidade excessiva, potencial para causar dependência, falta de comprovação científica de eficácia, possibilidade de estimular o aparecimento de micróbios patogênicos resistentes. Foram suspensas as fabricações de algumas especialidades farmacêuticas devido a associação irracional e/ou perigosa de dois ou mais fármacos.
E, também pode ocorrer que um medicamento seja proibido o uso para tratar um tipo de distúrbio, e, posteriormente, pode ser liberado para tratar outra doença, por exemplo, foi o que aconteceu com a talidomida fabricada em 1954, utilizada como hipnótico (que provoca o sono), foi proibido o uso devido ao efeito teratogênico (causando anormalidades no feto), e, recentemente voltou à Farmacopéia sendo utilizada no tratamento de certos tipos de Doença de Hansen (antigamente conhecida como Lepra).
2. JUNÇÃO NEUROMUSVULAR E OS BLOQUEADORES NEURO MUSCULARES
A junção neuromuscular é uma sinapse química. Nessa sinapse existe um espaço entre a membrana da célula pré-sináptica e a membrana da célula pós-sináptica conhecido como fenda sináptica. A informação é transmitida através da fenda sináptica, por meio de um neurotransmissor que no caso é a acetilcolina, uma substância que é liberada pela terminação pré-sináptica e que vai se fixar aos receptores na membrana da célula pós-sináptica.
A acetilcolina se difunde pela fenda sináptica se fixa a receptores nicotínicos presentes na membrana da célula muscular produzindo variação do potencial de membrana. A variação de potencial de membrana da célula muscular nesse caso é excitatórios, irá produzir a despolarização da célula.
Uma característica desse tipo de sinapse é que a transmissão do impulso é unidirecional, ou seja, o impulso somente irá do motoneurônio para a célula muscular, e nunca ao contrário. A sinapse entre o axônio do motoneurônio e a fibra muscular é chamada junção neuromuscular. Um potencial de ação nesse axônio produzirá um potencial de ação em todas as fibras musculares que inerva.
É necessário verificar que é através desse potencia de ação que o músculo irá contrair e assim gerar trabalho mecânico nessa estrutura. Também se faz importante verificar que a acetilcolina presente na fenda sináptica é degradada pela acetilcolinesterase (AChE), fazendo dessa forma que a contração muscular não seja constante, necessitando de um novo impulso nervoso chegando a essa junção neuromuscular para assim gerar uma nova contração. Convém salientar que a fibra nervosa não ultrapassa a membrana plasmática da célula muscular , porem penetra na fibra muscular de forma que a estrutura formada faz lembrar um sulco, chamado de Goteira Sináptica.
A succinilcolina é o único BNM despolarizante disponível para uso clínico atualmente. Estruturalmente, trata-se de duas moléculas de ACh ligadas entre si, que agem como um agonista do receptor nicotínico. A succinilcolina se liga às duas subunidades alfa do receptor, mimetizando a ACh, e resulta em despolarização da membrana.
A despolarização resulta rapidamente em contração muscular, observada clinicamente na forma de fasciculações. Após a despolarização, o potencial de membrana deve ser restabelecido antes que uma próxima despolarização possa ocorrer
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