Fisiterapia
Resenha: Fisiterapia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cmcampelo • 13/10/2014 • Resenha • 1.364 Palavras (6 Páginas) • 529 Visualizações
A Fisioterapia, uma das mais jovens profi ssões da área da saúde, nasce e
se desenvolve no Brasil por meio dos esforços de uma categoria profi ssional que
conta hoje com aproximadamente 80 mil fi sioterapeutas.
A crescente busca pela melhoria na qualidade do ensino no Brasil vem, há
alguns anos, levando os órgãos competentes a aprimorar as formas de avaliação e
acompanhamento da formação dos profi ssionais nas diversas áreas para fornecer
subsídios às políticas e estratégias para melhoria do ensino.
Para adequadamente estabelecer este processo, faz-se necessário conhecer
a origem, a evolução e o desenvolvimento da Fisioterapia como profi ssão da área da
saúde. Também é importante conhecer a realidade atual da profi ssão, a oferta e a
procura pelos cursos de graduação bem como o perfi l socioeconômico do estudante
do curso Fisioterapia. O presente texto é uma tentativa de sistematização sobre o
atual conhecimento destes aspectos.
No entanto, não é a intenção deste capítulo instituir conceitos, elaborar
respostas defi nitivas ou esgotar as possibilidades de discussão. A análise apresentada
tem como base, além dos dados fornecidos pelo Ministério da Educação (Inep-
Deaes) e Ministério da Saúde, os dados populacionais colhidos no último Censo do
IBGE e os oriundos de diversas fontes que construíram a história da Fisioterapia
Trajetória histórica e evolução da Fisioterapia no Brasil
Ao longo de mais de 80 anos (desde 1919) de atuação da profi ssão no Brasil,
a Fisioterapia apresentou diferentes etapas, cada qual com sua peculiaridade e
importância para o contexto atual. Nos diversos períodos da história passou por
diferentes situações, porém manteve o vínculo com o modelo biomédico, com forte
tendência em reabilitar, atendendo prioritariamente ao indivíduo em suas limitações
físicas. De certa forma, essas características sofreram infl uências de três fatores: um
fator histórico ligado a sua gênese; um fator legal, que obedecendo à gênese limitou
áreas e campos de atuação e a formação acadêmica determinada pelos preceitos
das ciências biomédicas, notadamente da medicina.
O título recebido pelo profi ssional graduado em Fisioterapia, historicamente
segue a tradição mundial. Na história nacional da Fisioterapia sua denominação evoluiu
de técnico em Fisioterapia para fi sioterapista, originário do termo physiotherapist
utilizado pelas escolas anglo-saxônicas. A partir de 1959 em Assembléia Geral da
Associação Brasileira de fi sioterapeutas, decidiu-se, por maioria de votos e por
coerência, adotar a denominação de fi sioterapeuta, mais usual nos países de origem
latina (Revista Brasileira de Fisioterapia, 1973).
Na Fisioterapia do Brasil do século XIX, os recursos fi sioterapêuticos
faziam parte da terapêutica médica, e assim há registros da criação, no período
compreendido entre 1879 e 1883, do serviço de eletricidade médica e também do
serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje. O médico
Arthur Silva, em 1884, participou intensamente da criação do primeiro serviço de
Fisioterapia da América do Sul, organizado no Hospital de Misericórdia do Rio de
Janeiro. Posteriormente, em 1919, na cidade de São Paulo, o médico Raphael
Penteado de Barros fundou o Departamento de Eletricidade Médica, no que hoje
pode ser considerada a Universidade de São Paulo. Na segunda década do século
XX começam a surgir os serviços de Fisioterapia no centro do País sob a direção
de profi ssionais médicos denominados médicos de reabilitação. Em 1929, o médico
Waldo Rollim de Moraes colocou em funcionamento o serviço de Fisioterapia do
Instituto do Radium Arnaldo Vieira de Carvalho. Por mais de 40 anos, de 1929 até
1969, a profi ssão de fi sioterapeuta foi exercida sem regulamentação. Nesta etapa
os recursos fi sioterapêuticos eram aplicados somente sob a prescrição médica
(Sanchez, 1984).
Após a Segunda Guerra Mundial, observa-se um signifi cativo aumento
no número de indivíduos com seqüelas físicas, evidenciando a necessidade de
modernização dos serviços de Fisioterapia do Rio de Janeiro e São Paulo, e a criação
de novos serviços em outros Estados. As atividades especializadas desenvolvidas
durante o período da industrialização, em virtude das mudanças impostas pelo novo
sistema econômico, produziram novas abordagens na medicina. A atenção voltou-se
para o corpo como força de produção e as novas formas de tratamento passaram
a utilizar maquinaria e equipamentos específi cos de observação e de identifi cação
de doenças. Essas novas tecnologias e a manutenção dos doentes em locais
específi cos foram
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