Fordizm
Seminário: Fordizm. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: CleitonFAraijoF • 8/5/2014 • Seminário • 918 Palavras (4 Páginas) • 277 Visualizações
FORDISMO
O termo fordismo se generalizou na linguagem sociológica a partir da concepção de Antonio Gramsci em (“Americanismo e Fordismo”), que o utiliza para caracterizar os sistemas de produção e gestão empregada por Henry Ford em sua fabrica, a Ford Motor Company.
O fordismo é uma forma de racionalização da produção capitalista baseado em inovações técnicas e organizacionais que se articulam tendo em vista a produção e o consumo em massa.
Fordismo tem inicio em 1913, refere-se aos sistemas de produção (linha de produção), de um lado a produção em massa e, do outro, o consumo em massa, ou seja, esse conjunto de mudanças nos processos de trabalho (semi-automatização, linhas de montagem), é intimamente vinculado às novas formas de consumo social.
Essa forma revolucionou a indústria automobilística a partir de janeiro de 1914, quando Ford introduziu a primeira linha de montagem automatizada em sua empresa. Ele seguiu à risca os princípios de padronização e simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas, pois Ford possuía desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras até a siderúrgica.
Uma das principais características do fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. Os veículos (produtos) eram montados em esteiras rolantes, o trabalho deveria ser também altamente especializado, cada operário realizando apenas um tipo de tarefa. E para garantir elevada produtividade, os trabalhadores deveriam ser bem renumerados e as jornadas de trabalho não deveriam ser muito longas.
De fato, Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era tornar o automóvel mais barato onde todos pudessem comprar.
Em síntese, Henry Ford desenvolveu três princípios de administração, em seu livro “Minha Vida e Trabalho”, que podem ser assim resumidos:
1 – Principio da Intensificação: Consiste em reduzir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e matérias primas e a rápida colocação do produto no mercado.
2 – Principio da Economicidade: Consiste em reduzir ao mínimo o estoque da matéria prima em transformação, de tal forma que uma determinada quantidade de automóveis já estivesse sendo vendida no mercado antes do pagamento das matérias primas consumidas e dos salários dos empregados.
3 – Principio de produtividade: Consiste em aumentar a quantidade de produção por trabalhador na unidade de tempo mediante a especialização e a linha de montagem.
Antonio Gramsci (1891 a 1937) é o fundador do Partido Comunista da Itália. A história das suas lutas, do seu martírio no cárcere e das vitórias póstumas do seu espirito é leitura edificante para os adeptos do credo politico que foi o seu.
CRISE DO FORDISMO
A crise do sistema fordista de produção teve inicio no final dos anos 60. A produtividade, capitaneada pelo taylorismo, perdeu o seu fôlego, o poder aquisitivo dos trabalhadores crescia num ritmo maior e, consequentemente, as taxas de lucros caíam. Paralelamente a isso, tanto o Japão como a Europa Ocidental, já haviam se recuperado, economicamente e a sua produção industrial gerava excedentes, favorecendo as exportações.
A competição internacional acirrava-se, com a inclusão da América Latina e dos países do sudeste asiático, ocasionando a queda do dólar, moeda-reserva mundial e, consequentemente, aumentando o problema fiscal norte americano. A solução encontrada foi à dispensa de trabalhadores. Entretanto, a rigidez do contrato de trabalho sobrecarregou a arrecadação do Welfare State. A crise do petróleo colaborou ainda mais para o declínio do fordismo. A extração de renda do petróleo acelerou esta primeira consequência:
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