Hipersensibilidade à Penicilina
Artigos Científicos: Hipersensibilidade à Penicilina. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vivitrabalhos • 2/8/2014 • 2.590 Palavras (11 Páginas) • 825 Visualizações
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
A resposta inflamatória celular é um mecanismo pelo qual o organismo se defende contra infecções e repara danos teciduais. Porém, se a inflamação persistir, esta se torna patológica e causa danos ao hospedeiro. A resposta inflamatória pode ser gerada a partir de células como os neutrófilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos, plaquetas e endotélio e também proteínas circulantes que em sua maioria são componentes da coagulação, da fibrinólise e das vias da cinase.
Para que se possa ativar rapidamente a resposta inflamatória celular e proteger o organismo dos medidores inflamatórios celulares estes são pré-formados e estocados. As células participantes da resposta inflamatória podem ser categorizadas em: circulantes de vida curta (neutrófilos, eosinófilos e basófilos ) e não-circulantes de vida longa (macrófagos e mastócitos). Os neutrófilos e macrófagos têm como função primária a fagocitose. Essas células funcionam como uma barreira entre o ambiente e o hospedeiro caso uma partícula ou organismo tente adentrar nele. Os mastócitos e basófilos têm como função principal a secreção de mediadores inflamatórios. Essas células contém além dos mediadores, que aumentam a permeabilidade celular, fatores quimiotáticos que são responsáveis por recrutar outras células inflamatórias
MASTÓCITOS
Uma célula importante de salientar devido à sua atuação no tecido conjuntivo é o mastócito. Sua principal função é produzir e armazenar mediadores químicos no processo inflamatório. Durante a ativação do mastócito, mediada por IgE, a estrutura cristalina dos grânulos citoplasmáticos de mastócitos humanos da pele e dos pulmões é perdida. Isso ocorre devido a uma série de eventos que incluem o alargamento dos grânulos citoplasmáticos, solubilização granular e fusão de membrana de grânulos citoplasmáticos adjacentes com a membrana da superfície da célula.
Eles estão estrategicamente posicionados para interagir rapidamente com antígenos embalados ou ingeridos e secretar um potente esquadrão de mediadores pró-inflamatórios, que produzem aumento na permeabilidade vascular, contração de músculo liso e secreção de muco.
Existem pelo menos dois tipos de mastócitos que diferem quanto ao conteúdo de duas proteases neutras de grânulos citoplasmáticos, triptase e quinase. Num tipo, encontrada no tecido conjuntivo em geral, os grânulos contém heparina, que é uma substância anticoagulante. No outro presente nas mucosas, os grânulos contém sulfato de condroitina em vez de heparina. Além disso, as duas populações reagem de modo diferente aos agente farmacologicamente ativos.
É a principal célula responsável pelo choque anafilático. O processo de ativação da degranulação (exocitose) se baseia na sensibilização destas células (mastócitos). Esta sensibilização ocorre da seguinte forma: o primeiro contato com o alérgeno (substância irritante que causa a alergia) estimula a produção de IgE específicas que se unem aos receptores de superfície dos mastócitos, pois estes são rico em receptores de IgE. No segundo contanto, as IgE ligadas ao mastócito se ligam ao alérgeno e desencadeia a liberação de todos os mediadores inflamatórios. Com isso a histamina causa uma vasodilatação, a heparina é anticoagulante, o ECF-A (eosinophil chemotactic factor of anaphylaxis) chama os eosinófilos e a fator quimiotáxico dos neutrófilos chama os neutrófilos ao local. O SRS-A (slow reacting substance of anaphilaxis) tem como efeito produzir contração lenta da musculatura lisa. Esta contração da musculatura lisa é importante quando essa reação anafilática ocorre no pulmão e leva a uma broncoconstricção (asma alérgica).
HIPERSENSIBILIDADE
Hipersensibilidade se refere às reações excessivas, as vezes letais, decorrentes do sistema imunológico, de forma que o hospedeiros já se encontra em um estado pré-sensibilizado.
Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV, baseados nos mecanismos envolvidos e tempo levado para a reação. Frequentemente, uma condição clínica particular (doença) pode envolver mais de um tipo de reação.
O termo hipersensibilidade é usado para designar uma resposta imune adaptativa que ocorre de forma exagerada ou inapropriada. Essas reações nada mais são do que expressões inadequadas de respostas imunes protetoras que algumas vezes resultam em reações inflamatórias e dano tecidual. […] Nesse tipo de hipersensibilidade, a primeira exposição gera a formação de anticorpos específicos para estas partículas, a reexposição leva à reação alérgica e as exposições repetitivas tornam o quadro cada vez mais grave .GEHA (2010, apud Pivato e Lopes, 2012).
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I
A sequência de eventos que ocorrem no caso de Hipersensibilidade tipo I, também chamada de imediata, consiste em:
1) Exposição a antígenos (alérgenos), proteínas ambientais, que, numa situação comum, não gera respostas imunológicas, não produzindo IgE (Imunoglobulina E) e não desenvolvendo consequentes reações potencialmente perigosas);
2) Ativação de células Th2 (linfócitos T auxiliares 2) específicas para esse antígeno, responsáveis pelas características das reações de hipersensibilidade imediata, devido a suas citocinas;
3) Produção de anticorpos do tipo imunoglobulina E (IgE), a qual é responsável pela sensibilização dos mastócitos e permite o reconhecimento do antígeno;
4) Ligação desses anticorpos aos receptores FC (Fator quimiotático) dos mastócitos e na estimulação dos mastócitos mediante reexposição ao antígeno, o que resulta na liberação de mediadores pelos mastócitos e na reação patológica subsequente. Dá se o nome de sensibilização à ligação de IgE aos mastócitos, pois mastócitos revestidos de IgE ficam prontos para serem ativados ao encontrarem o antígeno.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO II
Hipersensibilidade tipo II, também conhecida
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