Lamarckismo

Lamarckismo

É uma teoria evolucionista formulada por Lamarck que pode condensar-se na seguinte frase: "a função cria o órgão e a herança fixa a mudança nos descendentes " e tem como objectivo explicar o mecanismo de evolução dos seres vivos, tendo a seguinte sequência:

- As mudanças ambientais dão origem a novas necessidades;

- Estas necessidades determinam o uso e o desuso de alguns órgãos;

- Esses órgãos hipertrofiam ou atrofiam, adquirindo novos caracteres nos seres vivos;

- Estes caracteres são hereditários.

Ou seja, segundo ele, o ambiente é o principal responsável pela evolução de todos os seres, pois cria necessidades que levam ao aparecimento de estruturas morfológicas indispensáveis. As estruturas que são dispensáveis atrofiam, explicando assim a morfologia de todos os seres vivos.

As estruturas indispensáveis tornam-se hereditárias, isto é, passam de geração em geração.

Em suma, o Lamarckismo tem por base 2 leis fundamentais:

- Lei do uso e do desuso

A utilização de certos órgãos tende a hipertrofiá-los e a não-utilização tende a atrofiá-los.

- Lei da transmissão dos caracteres adquiridos

As características adquiridas pelos indivíduos ao longo da vida, podem ser transmitidas às gerações seguintes .

Sabemos que esta teoria não foi aceite na época, embora Lamarck tenha tido razão no que disse.

É verdade que o uso e o desuso provoca alterações nos organismos, o que não é verdade é o facto de essas alterações serem sempre transmitidas às gerações seguintes pois, muitas vezes, essas modificações são momentâneas.

Limitações ao Lamarckismo:

- a necessidade de adaptação e a "busca da perfeição" pelos organismos, não podem ser provadas.

- as adaptações evolutivas não devem ser confundidas com as adaptações individuais somáticas provocadas pelo uso e o desuso dos órgãos.

- a lei do uso e do desuso não explica todas as modificações.

- Lamarck afirmou que a função determina a estrutura, mas isso não foi aceite na sua época porque se pensou que os caracteres