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Por:   •  26/3/2015  •  2.776 Palavras (12 Páginas)  •  231 Visualizações

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O que é Farmacologia

Farmacologia é a ciência voltada para o estudo das drogas sob todos os aspectos, desde as suas origens até os seus efeitos no homem. Segundo o Dicionário de Termos Médicos e de Enfermagem a definição de farmacologia é: “ciência que estuda a história, as propriedades físicas e químicas, os efeitos bioquímicos e fisiológicos, o mecanismo de ação, a absorção, distribuição, biotransformação, excreção e os usos terapêuticos dos fármacos”.

Alvo de Estudo da Farmacologia:

Fármacos em geral.

O conceito de medicamento ou fármaco é mais limitado, pois diz respeito, unicamente, a drogas de ação preventiva ou de ação paliativa ou curativa no organismo doente.

Droga pode ser definida como “qualquer substância capaz de promover alterações fisiológicas ou farmacológicas ou, ainda, modificação de quadros patológicos, com ou sem a intenção de beneficiar o indivíduo” (Guimarães, 2002). Segundo a OMS, o conceito de droga restringe-se às substâncias usadas no homem para diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças. Ou simplesmente “substancia química capaz de modificar a função dos organismos vivos com finalidades medicamentosas ou sanitárias” (lei 5.991 de 17 de Novembro de 1973).

O fármaco pode ser definido como “substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica” (lei 5.991 de 17 de Novembro de 1973).

E medicamento um “produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos” (lei 5.991 de 17 de Novembro de 1973).

Sendo o campo da farmacologia muito vasto, justifica-se a sua divisão em vários ramos. A farmacologia clínica estuda a eficácia e segurança dos medicamentos, é, sem dúvida, é de grande importância para a prática clínica. Contudo, não menos importantes são os estudos da farmacocinética e da farmacodinâmica que oferecem o suporte imprescindível ao bom entendimento da farmacologia clínica.

A farmacocinética estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo, desde a sua administração até a sua eliminação. Já a farmacodinâmica se concentra no “estudo das interações entre fármacos e constituintes do organismo, as quais, por uma série subsequente de eventos (ação) resultam num efeito farmacológico” (de LACERDA, 2010), que é o alvo deste trabalho.

A Farmacodinâmica e os Processos Farmacodinâmicos

Como agem os Fármacos

”De acordo com MORITZ (2010):

Quando um farmaco, em seu trajeto por meio dos diversos compartimentos orgânicos, alcança a biofase e interage com os sítios com os quais mantém afinidade, resulta uma cadeia de eventos que determina, em última análise, o seu efeito. Entende-se por biofase o espaço diminuto que circunda as imediações da estrutura alvo. A farmacodinâmica estuda a inter relação da concentração de uma droga entre a biofase e a estrutura alvo, bem como o respectivo mecanismo de ação”.

Os conhecimentos sobre o local e o mecanismo de ação de fármacos têm crescido graças à intensificação das pesquisas bioquímicas e farmacológicas nesse campo.

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Para agir o fármaco deve chegar ao local sítio de ação em concentrações adequadas e interagir com os mecanismos fisiológicos/fisiopatológicos de interesse, modificando-os que são explicados pela farmacodinâmica.

Os princípios farmacodinâmicos consistem na ação que a droga, fármaco ou medicamento apresenta no organismo, sendo seu princípio básico: droga deve se ligar a um constituinte celular (proteína - alvo) para produzir uma resposta farmacológica. ”As proteínas alvo são proteínas para ligação da droga sendo elas quatro tipos que participam como alvo primário para ligação com a droga: enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e receptores” (MORITZ, 2010).

Em farmacodinâmica o termo receptor é usado para interações do tipo regulador fisiológico aumentando ou inibindo a resposta. A potência que é a resposta da droga; depende de dois parâmetros: a afinidade da droga por seus receptores (isto é, tendência a ligar-se aos receptores) e da eficácia (isto é capacidade, uma vez ligada, de iniciar alterações que levam a efeitos).

“O efeito, ou seja, a resposta vem do agrupamento reconhecimento ligante receptor como “chave e fechadura” essa junção do fármaco com o receptor gera a resposta biológica “(MORITZ, 2010).

”MORITZ (2010) afirma que:

Genericamente, receptor pode ser compreendido como componentes macromoleculares funcionais do organismo com o qual a molécula da droga se combina para produzir um efeito. Os receptores eram, inicialmente, uma entidade conceitual e passaram a ser uma realidade concreta depois de serem isolados e caracterizados, graças ao desenvolvimento de novas técnicas, como marcação com ligantes radioativos, clonagem de genes e procedimentos imunológicos”.

As propriedades físico químicas e determinados grupos funcionais, são de fundamental na fase farmacodinâmica da ação dos fármacos. A afinidade de um fármaco pelo seu bioreceptor depende do somatório das forças de interações dos grupamentos farmacofóricos com sítios complementares da biomacromolécula.

“Essas propriedades físico químicas dos fármacos também influenciam na faze farmacocinética que são a absorção, a distribuição, biotransformação e eliminação” (MORITZ, 2010).

“Os fármacos atravessam as membranas por processos passivos ou por mecanismos que envolvem a participação ativa dos componentes da membrana” (BARCELLOS, 2010).

O Metabolismo e Absorção dos Fármacos

Metabolismo dos fármacos refere-se ao processo metabólico das drogas, sua modificação bioquímica ou degradação, geralmente através de sistemas enzimáticos especializados. O metabolismo das drogas geralmente converte compostos químicos lipofílicos (a substância que tem afinidade e é solúvel em lipídios) em produtos mais prontamente excretados. Sua taxa é um determinante importante da duração e intensidade da ação farmacológica das drogas.

“Esse processo pode resultar em intoxicação ou desintoxicação - a ativação ou desativação do composto químico.

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