Neoclassiscismo
Seminário: Neoclassiscismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: balbinobr • 5/11/2014 • Seminário • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 275 Visualizações
Neoclassicismo foi tendência dominante na arte européia entre o final do século XVIII e início do século XIX. Caracteriza-se principalmente pela revalorização dos valores artísticos gregos e romanos, provavelmente estimulada pelas escavações e descobertas que estavam sendo realizadas no período nos sítios arqueológicos de Pompeu, Herculano e Atenas.
Os heróis gregos e a simplicidade da arte eram alguns aspectos extremamente admirados dessas civilizações. A valorização do passado que o Movimento propôs é uma de suas principais características que levam a uma boa parte dos críticos crerem que o Neoclassicismo pode ser visto como uma face do Romantismo.
O aparecimento do Neoclassicismo também é considerado uma reação contra os exageros do Rococó, cultuando principalmente a razão, a ordem, a clareza, a nobreza e a pureza, atributos que acreditavam ser inerentes às culturas gregas e romanas. A valorização desses aspectos parece ainda estar intimamente relacionada à época histórica do Movimento, chamado Iluminismo ou “Era da Razão“.
Roma era considerada um dos principais centros do movimento, cidade onde vivia o crítico de arte alemão Joachim Winckelmann (1717 - 1768), considerado o fundador teórico do neoclassicismo, principalmente através de obras como “História da Arte Antiga“.
Obra neoclássica chamada Chiswick HouseUm dos trabalhos arquitetônicos considerados precursores do gosto neoclássico é a “Chiswick House“ (fig. ao lado), em Middlesex, perto de Londres, construída por Lorde Burlington (1695 -1753) - que gozava de grande prestígio na época - e William Kent (1685 - 1748). Foi influenciada pela obra “Os Quatro livros de Arquitetura“, de Andrea Palladio, inspirada na Villa Rotonda, de Palladio. Entretanto, o arqueólogo e arquiteto James Stuart (1713 - 1788) foi um dos primeiros a se utilizar deliberadamente de formas gregas (além de ter escrito um livro, juntamente com Nicholas Revett que é considerado um verdadeiro marco na valorização das formas arquitetônicas dessa antiga civilização: “Antiquities of Athens “). Inspirou-se no estilo dórico, construindo uma espécie de templo grego visto frontalmente no Hagley Park, em 1758. Fora da Europa o estilo neoclássico também encontrava adeptos.
O terceiro presidente dos EUA, Thomas Jefferson (1743 - 1826) era também um arquiteto amador, afinado com as principais tendências européias (britânicas em especial). Projetou sua residência Monticello com várias características neoclássicas, além de estar associado à planificação de edifícios públicos, principalmente em Washington e Virginia que também obedecessem ao movimento de revalorização da arquitetura grega. O estilo neoclássico na França recebeu um grande auxílio dos ideais da Revolução Francesa de 1789 para se popularizar.
Igreja de Maria MadalenaO barroco e o rococó costumavam estar associados à aristocracia vencida, enquanto o neoclássico, baseado em construções de cidades como a democrática Atenas, era o estilo que deveria agradar ao país. Napoleão foi um grande incentivador do movimento, estimulando construções como a Igreja de Maria Madalena (fig. ao lado), projetada por Pierre Barthelmy Vignon (1762 - 1828), com inspirações clássicas como os templos coríntios romanos. O arquiteto, teórico e professor francês Étienne-Louis Boullée (1728 - 1799) parece ter sido bastante importante para a divulgação dos ideais neoclássicos entre seus alunos. Realizou projetos de monumentos baseado em formas simples e geométricas. Na arquitetura neoclássica alemã, destaca-se Karl Gotthard Langhans (1732 - 1808) e seu Portão Brandenburg, em Berlim, construído entre 1789 e 1794.
Principalmente a partir do século XVIII, é importante ressaltar o fortalecimento das “academias“ como instituições de ensino de arte e organizadoras de exposições de trabalhos de seus membros. Foram extremamente importantes para a sobrevivência do neoclassicismo na pintura e na escultura.
Jacques-Louis David (1748 - 1825) é considerado um dos principais pintores neoclássicos, bastante prestigiado pelo governo após a revolução francesa, realizando trabalhos como desenhos de trajes e cenários para eventos
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