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Newsmaking

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Por:   •  9/2/2015  •  Artigo  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  553 Visualizações

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Newsmaking

A Teoria do Newsmaking está ligada à divisão de tarefas na rotina da produtibilidade redacional e convive com: pauteiros, repórteres, editores, valores-notícias, anunciantes, divisão das editorias, o processo industrial da notícia, o deadline, o cartão de ponto, etc faz parte da produção da realidade representada pelas notícias.

A Teoria do Newsmaking se opõe a Teoria do Espelho, ao rejeitar que as notícias não são reflexos da realidade, e defende que o jornalismo é uma construção da realidade. Tal atividade deixa de ser encarada como passiva e torna-se ponto de partida para transformação do cotidiano.

A Teoria do Espelho diz que as notícias são como são porque a realidade assim as determina. A origem dessa teoria está relacionada com o desenvolvimento da indústria do jornal nos séculos XIX e XX, num contexto de crescimento e consolidação da circulação massiva de jornais e crescente internacionalização das atividades de coleta das notícias (THOMPSON, 1995).

Com a mudança da comunicação ao longo do século XX, especialmente a partir da década de 60, a visão do jornalismo como espelho da realidade já não respondia mais ao papel social desta atividade. As ciências sociais, especialmente a Sociologia e a Antropologia, buscaram pesquisar de que maneira a produção da notícia poderia ser fruto da interação entre jornalistas e consumidores de notícias na produção dinâmica da cultura contemporânea.

Para a socióloga Gaye Tuchman, a notícia define um acontecimento e reconstitui significados sociais e formas de fazer as coisas. Por outro lado, as notícias esboçam e reproduzem as estruturas institucionais. “No desempenho rotinizado de tarefas, o jornalista trabalha atento a regras organizacionais, que delimitam o campo de atuação”.

O jornalismo é a construção social de uma suposta realidade, que está em constante processo de transformação. A imprensa não reflete a realidade, mas ajuda a construí-la. Esse pressuposto está incluído na “Hipótese do Newsmaking”, que leva em consideração critérios como:

• Noticiabilidade: Critérios que escolhem, entre inúmeros fatos, uma quantidade limitada de notícias.

• Sistematização: rotina de divisão das ações que envolvem a pauta, a reportagem e a edição.

• Valores-notícia: é um valor subjetivo que determina a importância que um fato ou acontecimento tem para ser noticiado. Qualquer jornalista sabe dizer o que é notícia e o que não é de acordo com o senso comum.

Tipologia valores-notícia (Galtung e Ruge,1965)

1. De acordo com o impacto:

- Amplitude: quanto maior o número de pessoas envolvidas, maior a probabilidade de o acontecimento ser noticiado.

- Frequência: quanto menor for a duração da ocorrência, menor probabilidade terá de ser relatada

- Negatividade (más notícias despertam interesse)

- Caráter inesperado (fatos inusitados despertam interesse)

- Clareza (histórias familiares podem ser melhor compreendidas pelo público)

2. De acordo com a empatia com a audiência:

- Personalização: ações de indivíduos atraem um maior interesse humano pela história relatada.

- Significado: notícias sobre fatos mais próximos do leitor terão um maior significado para ele.

- Referência a países de elite: países mais poderosos têm maior destaque países de menor expressão política e econômica.

- Referência a pessoas que integram a elite: pessoas ricas, influentes e famosas recebem uma maior cobertura noticiosa.

3. De acordo com o pragmatismo da cobertura:

- Consonância: se uma ocorrência corresponder às expectativas do jornalista terá maiores probabilidades de ser publicada.

- Continuidade: uma vez publicada, a notícia ganha uma certa inércia (cria-se um acompanhamento da notícia até que outras notícias mais importantes substituam em o assunto)

- Composição: a importância de uma história não depende apenas do seu valor-notícia, mas também do seu valor face a outras histórias.

Dentro desta avaliação, busca-se entender a cultura profissional do jornalista, a organização do trabalho e os processos produtivos dentro da empresa de uma comunicação. Tal teoria avalia, portanto, em que grau de aparelhamento se avalia a noticiabilidade e o valor-notícia de um evento – um acidente, um jogo de futebol, uma denúncia de corrupção, uma catástrofe natural, um atentado terrorista, etc. Assim, quanto mais inédito, fantástico e diferente o fato social, mais possui noticiabilidade, e mais terá chance de virar notícia.

A geração da notícia articula-se em três vertentes principais: a cultura profissional do jornalista, a organização do trabalho e os processos produtivos.

O que deve ser levado em conta é a organização do ofício jornalístico sem a qual seria impossível produzir notícias, já que há uma abundância de fatos no cotidiano. De acordo com Tuchman,

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