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PLANO DE AULA HISTÓRIA DA ARTE

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Por:   •  19/10/2014  •  1.436 Palavras (6 Páginas)  •  2.248 Visualizações

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Plano: Relações Entre os Processos Históricos e as Produções Artísticas

Objetivos

identificar a relação entre os processos históricos e sociais de um período e as produções artísticas desencadeadas nesse período.

Conteúdo

História da Arte

Anos: 1º,2º e 3º do E. Médio

Duração (previsão): 2 (duas) aulas

Introdução

Trabalhar a resenha do livro A Arte Moderna na Europa, do historiador da arte italiano Giulio Carlo Argan, publicada na revista VEJA(Reinvenção do Belo-12/04/2010). Ela revela o pensamento do autor na relação entre a produção artística e os processos socioeconômicos de uma época. O aspecto é questionado por algumas correntes do chamado pós-modernismo, mas inegavelmente, como informa a própria revista, dominou o ambiente em que a modernidade foi arquitetada.

Objetivo: explorar as relações existentes entre arte e história.

1ª aula

Iniciar a aula indagando aos alunos sobre a relação entre a produção artística e os acontecimentos de uma época.

Ouvir as respostas e solicitar aos alunos que observem/examinem algumas obras de arte:

1ª obras de Jean-Baptiste Debret (1768-1848). O artista registrou uma infinidade de aspectos da realidade brasileira na época de D. João VI e D. Pedro I :

Jean-Baptiste Debret: castigo de escravo

Jean-Baptiste Debret: O jantar no Brasil

Jean-Baptiste Debret: Loja de Rapé

Após a observação da obra de Debret pesquisada na internet solicitar aos alunos que identifiquem marcas comuns entre as três obras.

No caso de o aluno não identificar as cenas de escravismo, chamar a atenção para o fato expresso pelo artista nas diferentes obras.

Em o castigo de escravo, o artista retrata os feitores castigando fisicamente os cativos.

Na obra: O Jantar no Brasil de Debret se vê um casal sentado à mesa enquanto crianças nuas, filhas de escravos, circulam pelo aposento. A tela permitirá fazer uma análise crítica acerca das disparidades existentes na sociedade brasileira daquele período. O escravismo, o pilar de sustentação econômica e social.

Chamar a atenção ao observar a cena para a facilidade com que é possível identificar os livres e os cativos. Isto se dá quase que única e exclusivamente pela cor da pele. De forma secundária, essa diferenciação é feita também pelo fato de que alguns negros servem, é o caso da negra que abana o casal, e de que os outros estão à disposição dos brancos para atender a qualquer situação ou solicitação que possa se suceder.

A farta mesa do pelo casal é um ponto estratégico para se refletir sobre a desigualdade social existente na época.

A última obra apresentada Loja de Rapé, de Debret (1823) retrata bem a paisagem urbana do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX. Os escravos, cerca de um terço da população, eram maioria nas ruas.

Construir uma reflexão junto com os alunos sobre o artista conseguir retratar e mostrar ao observador que o escravismo não se limitava às grandes fazendas de café, cana-de-açúcar ou outros produtos de exportação, mas estava difundido por toda a sociedade brasileira.

2ª - apresentar as obras: o quadro Napoleão cruzando os Alpes, de Jacques-Louis David (1748-1825) - que mostra Bonaparte sobre um fogoso cavalo empinado e a tela Bonaparte cruzando os Alpes, de Paul Delaroche (1797-1856) - que representa o general montado numa mula, animal muito mais adequado para a travessia das perigosas passagens alpinas.

Jacques-Louis David Napoleão cruzando os Alpes-1800

Paul Delaroche - Bonaparte cruzando os Alpes-1850

Questionar os alunos sobre a intencionalidade de cada artista ao retratar a cena. A turma deve perceber que existem algumas armadilhas na iconografia, inclusive no que se refere à postura de Bonaparte, retratados de formas diversas, os animais que são utilizados e o ambiente do entorno. Este reflete a visão de cada um dos artistas e pode ter a interferência de quem encomendou as obras, bem como os objetivos que podem ser desvelados pela leitura da obra, aliados ao contexto histórico em que foram realizadas.

Elas representam fatos e modos de vida, e interesses de determinadas camadas da população de sua época. Isso obriga o historiador a consultar o máximo de fontes possível e filtrar as informações que cada uma delas contém para obter uma descrição mais precisa dos fatos.

3ª Para finalizar a aula, apresentar à classe outros exemplos, como o quadro O grito do Ipiranga (óleo sobre tela, 1888), de Pedro Américo (1843-1905). A obra se aproxima da abordagem heroica de David, descartando a realidade prosaica de uma viagem em lombo de burro do Rio de Janeiro a São Paulo.

Pedro Américo- o grito do Ipiranga-1888

Solicitar aos alunos que busquem identificar a intencionalidade do artista. Eles deverão identificar ao menos em parte de que a ideia foi ressaltar a monarquia.

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