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POP ART: INTRODUÇÃO E CARACTERÍSTICAS

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Por:   •  30/12/2013  •  Tese  •  1.666 Palavras (7 Páginas)  •  804 Visualizações

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POP ART: INTRODUÇÃO E CARACTERÍSTICAS

I – DADOS CRONOLÓGICOS:

A POP ART é um movimento artístico que floresceu nos finais dos anos 50 e 60, sobretudo nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Até a chegada da contemporaneidade novecentista, nunca havia ocorrido que a arte nascesse sem uma prévia demanda da sociedade ou dos poderes que a dirigiam, nem mesmo que seu sucesso público dependesse do escândalo social promovido por suas insólitas ações e reações.

Associa-se o seu nascimento com a exposição realizada em Londres “Isso é amanhã”, em 1950, por artistas não famosos. Eram jovens de uma faixa etária de vinte e dois anos que não tinham pretensão de ingressar no mercado de arte e criticava o consumismo, a produção de bens e venda no mundo europeu.

A “paternidade” do nome é atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway, que fazia assim alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos banais do quotidiano em suas obras.

O movimento surgiu na Inglaterra, mas foi em Nova York que ela se irradiou e pelo resto dos Estados Unidos, assim como pela Europa, Japão e América Latina.

Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Arte Pop teve expressões diferentes e alguns críticos consideram que a corrente americana foi mais emblemática e agressiva que a britânica.

Em 1962, a representação norte-americana na Bienal de Veneza obteve grande sucesso com um conjunto de obras POP, termo-chave para designar essas “Novas figurações”.

Em 1964, Robert Rauschenberg recebeu o grande prêmio do evento italiano, consolidando o movimento. Houve, paralelamente, uma atuação relevante de críticos norte-americanos que o apoiaram e, assim, a POP ARTE foi assimilada pela crítica internacional, pelo mercado de arte, colecionadores e museus.

II – CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL:

A grave crise que ameaçava os Estados Unidos no período anterior à II Grande Guerra foi rapidamente debelada e o poder aquisitivo do povo americano aumentou bastante depois da guerra.

Os recursos que antes estavam dirigidos para a produção de materiais bélicos voltavam-se agora para a produção de utilidades domésticas, automóveis e a mais variada gama de produtos.

As reivindicações dos trabalhadores perderam a combatividade revolucionária do começo do século XX para se ater tão somente à manutenção do padrão de consumo.

É a época de reconstrução física e arquitetônica (incremento da economia); e da implantação de indústrias de bens. Para que os produtos fossem vendidos, tinham quer ser barateados e despertar desejos nas pessoas por esse bem. Portanto, é o tempo da publicidade!

O século XX passa a ser a indústria de produção de desejo e a busca da satisfação de uma maneira rápida e imediata.

A primeira forma de propaganda ocorreu na Alemanha de Hitler. O sucesso do nazismo é a sua prova mais concreta: sem televisão, sem rádio e com cinema propagandístico, os meios de comunicação se voltavam a interesses políticos.

Propagar é difundir; portanto, a publicidade está ligada diretamente à persuasão e as pessoas acabam sendo vítimas do seu próprio desejo: o consumo (coisas que acreditam que não podem viver sem adquiri-las).

Surgem dessa forma, os “GADGETS”, cacarecos que as pessoas compram por impulsos e as Agências de Publicidade, que serão responsáveis por desenvolverem esses desejos, através da televisão, novelas, comerciais, revistas etc.

III – CARACTERÍSTICAS:

A POP ART significa “arte popular”, mas não regional. Sua proposta era eliminar quaisquer barreiras entre a arte e a vida comum e converteu-se numa malévola e irônica “pseudo-artesania”; no fundo, uma realidade antitética da qual durante séculos a arte popular havia sido a artesã.

Os artistas POP abraçaram as imagens comerciais e os conceitualistas reduziram a ideia de arte feita à mão ao nível zero, deixando a arte existir mais na mente do que na tela.

O “povo” existe, e haveria de chegar o instante em que os artistas pensassem na sua existência e até quisessem ser um pouco como ele. De fato, a vanguarda artística não podia permanecer cega enquanto, que, outras famílias da arte, nem sempre “menores”, era consumida pela sociedade de massas, a “mass media”: a publicidade em geral, o desenho industrial, a fotografia, o cartazismo comercial, as revistas ilustradas, a infinidade de objetos, onde o pró-consumismo fabril não só abastece ao homem comum como, além disso, desperta artificialmente um insaciável apetite de consumir por consumir, a libido do consumo.

No entanto, a POP ART continua sendo uma arte de elite; muito minoritária na escala de população humana; só desfrutável pelas massas nas grandes exposições, museus e publicações ilustradas. Não dissimula esta realidade o fato de que algumas obras sejam feitas para serem editadas serigraficamente, por um “baixo” preço que está ao alcance de um pequeno número de pessoas e que a comercialização da arte e o colecionismo elevam rapidamente, nas revendas e leilões.

A POP ART enfim, trouxe um novo tipo de figuração que enfocava o imaginário popular no cotidiano da classe média urbana. Longe de ser uma representação realista dos objetos ou conteúdos, mostrava a interação do homem com a sociedade por meio de sua relação com as linguagens, isto é, com as formas de transmissão dos conteúdos sociais pela mídia.

Nesse sentido, o universo da POP ARTE nada tem de abstrato ou de expressionista, porque transpõe e interpreta a iconografia da cultura popular das grandes cidades norte-americanas e a vida proporcionada pela tecnologia industrial. Assim, seus temas apareciam na forma de símbolos e produtos de consumo em massa pelo grande público, como revistas em quadrinhos, bandeiras, fotografias, reproduções, lâmpadas elétricas, dentifrícios, automóveis, sinais de trânsito, eletrodomésticos, alimentos enlatados, mitos cinematográficos, vinhetas que lembram as que se vêem

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