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Pele

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Por:   •  28/10/2013  •  Seminário  •  3.349 Palavras (14 Páginas)  •  793 Visualizações

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PELE

A pele é o órgão que reveste a superfície corporal. Consiste em uma cobertura superficial de tecido epitelial fixada a uma membrana basal, de uma camada de tecido conjuntivo denso contendo as estruturas especiais da pele, e de uma camada de tecido adiposo subcutâneo que liga a derme as estruturas subjacentes. As funções da pele e de suas estruturas anexas envolvem proteção, sensação, termorregulação e secreção.

Ela protege os tecidos internos das influências ambientais como ondas luminosas, térmicas, microorganismos e agentes químicos, além de inibir a perda excessiva de água e eletrólitos. Contém os receptores sensitivos para as quatro sensações básicas, dor, tato, temperatura e pressão. Quando o corpo necessita dissipar calor, os vasos sanguíneos da pele dilatam-se permitindo que maior quantidade de sangue chegue à superfície resultando na perda de calor. O suor secretado pelas glândulas sudoríparas também provoca a diminuição da temperatura corporal, pois o calor é utilizado para evaporar a água. As glândulas sebáceas secretam sebo que possuem propriedades antifúngicas, antibacterianas e de manutenção da textura da pele.

Ø Camadas da Pele

Ø Epiderme – parte mais superficial da pele, consiste de tecido epitelial, não vascularizado, com cinco camadas distintas de células que se apóiam sobre uma membrana basal e fina. Da superfície para a profundidade, as camadas da epiderme são: Ø Camada Córnea – Constiruída de células mortas, com forma achatada à semelhança de escamas, preenchidas por uma proteína chamada queratina. Descama-se continuamente, demandando substituição. Sua espessura depende do nível de estímulo da superfície pela erosão e suporte de peso, daí as palmas das mãos e solas dos pés serem espessas. Ø Camada lúcida – se dispõe imediatamente abaixo da camada córnea, consiste de uma a cinco camadas de células transparentes, achatadas, anucleadas, em degeneração ou mortas. Ø Camada granulosa – formada por duas ou três camadas de células achatadas, com núcleos densos, contendo grânulos de uma substância que transforma-se em queratina nas camadas mais superficiais. Ø Camada espinhosa – compõe-se de várias camadas de células irregulares com núcleo denso, de formato semelhante a uma estrela. Ø Camada basal ou germinativa – é a camada mais profunda e mais importante da epiderme, apóia-se sobre a membrana basal. Suas células cubóides dividem-se por mitose, originando todas as outras camadas da epiderme, para compensar a perda continua de células mortas pela camada superficial.

Contem ainda os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, o principal pigmento da pele. A melanina é transferida para as células epiteliais circujacentes por prolongamentos dos melanócitos. Uma variação no conteúdo desse pigmento é o principal fator de diferença de cor entre as raças. A pele muito pigmentada contém melanócitos mais ativos do que as menos pigmentadas e não necessariamente mais melanócitos. O principal fator que estimula a atividade dos melanócitos, aumentando a pigmentação, é o sol. Ø Derme – é chamada de pele verdadeira, se dispõe imediatamente abaixo da membrana basal da epiderme. Consiste de tecido conjuntivo com fibras colágenas e elásticas, contendo vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, folículos pilosos e glândulas sebáceas e sudoríparas. O tecido conjuntivo da derme possui diversos tipos de células: fibroblastos, que sintetizam o colágeno e elastina; células de defesa como mastócitos, plasmócitos, histiócitos ou macrófagos e leucócitos polimorfonucleares, além de células adiposas. Ø Tecido subcutâneo – também conhecido como fáscia superficial, constitui-se de uma camada de tecido adiposo que liga a derme às estruturas subjacentes. As artérias que suprem a pele formam uma rede no tecido subcutâneo cujos ramos suprem as glândulas sudoríparas, os folículos pilosos e a gordura. Os vasos linfáticos da pele formam dois plexos que se comunicam entre si e com os do tecido subcutâneo.

Ø Anexos da pele.

Unhas – estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, composta de queratina dura, que crescem cerca de 1mm por semana graças à proliferação de células do estrato germinativo de sua raiz.

Pelos – ocorrem em quase toda a superfície corporal, nascem nos folículos pilosos, estruturas longas com base em forma de bulbo localizadas na derme, emergem formando um ângulo de 60 graus com a pele. A porção visível do pelo é a haste. Suas células produzem queratina. Existem feixes de fibras musculares lisas que se ligam ao folículo, cuja contratação provoca o eriçamento dos pelos, são os músculos eretores dos pelos. O crescimento do pelo é semelhante ao da epiderme, onde as camadas mais profundas de células produzem as novas células que migram em direção à superfície, são preenchidas por queratina e formam a camada córnea da haste.

Glândulas sebáceas – são glândulas arredondadas que se agrupam como uvas num cacho. Localizam-se na saída do folículo piloso e produzem o sebo, substância gordurosa que lubrifica a superfície protegendo-a do ressecamento e da ação de bactérias e fungos. Quando o sebo secretado é excessivo obstrui a saída do folículo piloso, podendo provocar acne. O controle da secreção sebácea é realizado pelo sistema endócrino, aumentando na puberdade, na fase final da gravidez e diminuindo com a idade.

Glândulas sudoríparas – são glândulas tubulares espiraladas de dois tipos: ecrinas e apocrinas. Os duetos das glândulas ecrinas se abrem diretamente na pele. Elas secretam o suor em resposta a temperaturas elevadas. São encontradas em todas as partes do corpo, exceto nos lábios e na glande do pênis, mas são mais numerosas nas palmas das mãos e plantas dos pés.

As glândulas apocrinas se abrem nos folículos pilosos, são encontradas nas axilas, região anogenital, cicatriz umbilical e papilas mamárias, secretam um líquido viscoso e edonfero, respondendo ao estímulo emocional.

Ø Inervação da pele

A inervação da pele envolve terminações livres e encapsuladas

formando uma rede de receptores especializados em receber estímulos exteriores, decodifica-los e transferi-los ao sistema nervoso central por meio dos nervos sensitivos para que sejam interpretados e se traduzam em algum tipo de sensibilidade.

Os receptores livres ocorrem em toda a pele, emergindo da derme

e ramificando-se entre as células da epiderme, são responsáveis pelo tato

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