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Resposta Rápida Contra a Taturana Assassina

Por:   •  9/10/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  558 Palavras (3 Páginas)  •  342 Visualizações

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Resposta rápida contra a taturana assassina

A Lagarta Lonomia Oblíqua, ou simplesmente taturana, como é mais conhecida no sul do País, ela é uma das mais de dez espécies do gênero Lonomia. Vivem em média 15 dias na fase adulta como mariposa, aparecendo com mais freqüência nos meses de verão, quando após o acasalamento, põem os ovos. Aproximadamente 10 dias após a postura dos ovos nas folhas e troncos de árvores, como abacateiro e outras árvores frutíferas, os ovos se rompem dando origem as lagartas (período larval), que passam a se alimentar da planta hospedeira durante a noite.

A Lonomia Oblíqua vive em grupos, podendo ser observadas durante o dia em troncos de árvores e folhas, ocasião em que ocorrem a maioria dos acidentes. O acidente é ocasionado pela introdução do líquido urticante na pele através de espinhos. Estes espinhos ou cerdas são estruturas frágeis de ponta aguda, ao contato com a pele essas estruturas se partem e liberam o liquido urticante. Sem que exista contato das cerdas com a pele a “queimadura” é evitada.

Nos Estados do sul do Brasil, chegou a ocorrer mais de mil casos de acidentes com lagartas do gênero Lonomia, vários destes resultando em morte. Pesquisas indicam que a proliferação destas deve-se ao fato de vários predadores naturais terem desaparecido com a devastação do ambiente natural. Desta forma, as taturanas, que antes alimentavam-se das folhas da aroeira e do cedro, passaram a alimentar-se das folhas de árvores dos pomares, diminuindo assim a distância do habitat humano e aumentando a incidência de acidentes.

Em 1995, o aumento dos casos de envenenamentos resultantes do contato de pessoas com lagartas de mariposas nos estados da Região Sul do país criou um novo problema de saúde pública. A questão chamou a atenção de cientistas da área de imunologia, já que sua solução exigiria pesquisas básicas e aplicadas que levassem ao desenvolvimento de um soro capaz de neutralizar a ação do veneno das lagartas, chamadas pela imprensa de taturanas assassinas.

A evidente presença de substâncias tóxicas nas cerdas levaram os cientistas do Instituto Butantan a criar projetos para identificar os componentes responsáveis pelo envenenamento e desenvolver soros que contivessem neutralizantes. O único remédio eficiente para acidentes com a Lonomia é o Antilonômico, feito a partir das cerdas pelo Instituto. Os primeiros relatos sobre esses envenenamentos foram apresentados pela pesquisadora Eva Maria Kelen, segundo as informações da época, as taturanas provocavam dor, urticária e edema no local do contato, hemorragias nas mucosas(e em ferimentos existentes em outras áreas do corpo) e sobretudo alterações complexas no sistema de coagulação do sangue, resultando na redução do fibrinogênio (proteína essencial no processo de coagulação) no plasma sangüíneo. Esse quadro persiste por vários dias e pode levar à morte do paciente, outras tentativas de tratamento com drogas que evitam a redução do fibrinogênio ou através de reposição com plasma falharam e, às vezes, até agravaram o quadro de incoagulabilidade.

Apesar da existência do soro, é importante ressaltar que a PREVENÇÃO ainda é o melhor remédio contra acidentes de qualquer natureza. Assim, ao trabalhar na lavoura, colher frutas no pomar ou em toda atividade em ambientes silvestres, observe bem o local, troncos, folhas, gravetos antes de manuseá-los, fazendo sempre o uso de luvas para evitar o acidente. É importante frisar também que, segundo especialistas, a incidência maior de acidentes com estes insetos deve-se ao desmatamento, queimadas, extermínio de predadores naturais.

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