Segundo F. Hernández, A Principal Função Dos Projetos De Trabalho é: Escolher Uma Resposta.

A invenção do letramento

É curioso que tenha ocorrido momento histórico, em sociedades distanciadas tanto geograficamente quanto socioeconomicamente e culturalmente, a necessidade de reconhecer e nomear preticas sociais de leitura e de escritas mais avançadas. Em meados dos anos de 1980 que se dá simultaneamente a invenção do Letramento no Brasil. Nos Estados Unidos e Inglaterra, embora a palavra literacy já estivesse dicionarizada desde o final do século XIX, foi também nos anos de 1980. Aproximadamente no final dos anos de 1970 a proposta da Organização da Nações Unidas para a educação , a ciência e a cultura (UNESCO) de ampliação do conceito literate para functionally literate, e portando, a sugestão de que as avaliações internacionais sobre o domínio de competências de leitura e de escrita fossem além do medir apenas a capacidade de ler e escrever. Coincidência quanto ao momento histórico em que as praticas sociais de leitura e de escrita emergem como questão fundamental em sociedades distanciadas geograficamente, socioeconomicamente e culturamente, o contexto e as causas dessa dimensão são diferentes em países em desenvolvimento, como o Brasil e em países desenvolvidos, como a França, os Estados Unidos, a Inglaterra. São diferenças que ultrapassaria os objetivos e possibilidades deste texto, destaco a diferença fundamental, que está no grau de ênfase posta nas relações entre as praticas sociais de leitura e de escrita e aprendizagem do sistema de escrita.

Nos países desenvolvidos, ou do Primeiro Mundo, as práticas sociais de leitura e de escrita assumem a natureza de problema relevante no contexto da constatação de que a população, embora alfabetizada, não dominava as habilidades de leitura e de escrita necessárias para uma participação efetiva e competente nas praticas sociais e profissionais que envolvem a língua escrita.

A população independentemente de suas condições socioeconômicas- domina o sistema de escrita, porque passou pela escolarização básica. O mesmo ocorre nos Estados Unidos com resultado e constatação feita em avaliações e reazalizadas no final de 1970e inicio dos anos de 1980 pela (NAEP). Publicações não apontam relações entre as dificuldades no uso da língua escrita e a aprendizagem inicial do sistema de escrita, como conclusão dessa pesquisa sobre habilidades de leitura da população jovem norte-americana, afimarm que o problema estava na literacy(não domínio de competências de uso de leitura e da escrita). Essa autonomizaçao, tanto na França quanto nos estados unidos, das questões de letramento em relação as questões de alfabetização não significa que estas ultimas não venham sendo, elas também, objeto de discussões, avaliações, criticas.

No Brasil, o movimento se deu, de certa forma, em direção contraria: o despertar para a importância e necessidade de habilidades para o uso competente da leitura e da escrita, ao contrario do que ocorre em países do Primeiro Mundo, em que alfabetização, para usar a palavra brasileira- mantém sua especificidade no contexto das discussões sobre problemas de domínio de habilidades de usa da leitura escrito- problemas de letramento se mesclam se superpõem frequentemente se confundem. As alterações no conceito de alfabetização nos censos demográficos, ao longo das décadas permitem identificar uma progressiva