Sherlok Holmes
Monografias: Sherlok Holmes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: barbaragripp • 10/10/2013 • 9.720 Palavras (39 Páginas) • 443 Visualizações
Sherlock Holmes
em:
O Signo dos Quatro
Por Sir Arthur Conan Doyle
PDF por ZOHAR (zohar@bol.com.br)
CPTurbo.org
O Signo dos Quatro
Capítulo primeiro
A ciência da dedução
Capítulo segundo
Exposição do caso
Capítulo terceiro
À procura de uma solução
Capítulo quarto
A história do homem calvo
Capítulo quinto
A tragédia de Pondicherry Lodge
Capítulo sexto
Sherlock Holmes faz uma demonstração
Capítulo sétimo
O episódio do barril
Capítulo oitavo
Os irregulares da Baker Street
Capítulo nono
Uma falha na seqüência
Capítulo décimo
O fim do ilhéu
Capítulo décimo primeiro
O grande segredo de Agra
Capítulo décimo segundo
A estranha história de Jonathan Small
A ciência da dedução
— O meu cérebro — disse Sherlock Holmes — se revolta contra a estagnação.
Dê-me problemas, dê-me trabalho, dê-me o mais abstruso criptograma, ou a
mais intrincada análise, e estarei no meu elemento. Detesto a rotina monótona
da existência. Preciso ter a mente em efervescência. E por isso que escolhi a
minha profissão especial, ou melhor, criei-a, porque sou o único no mundo a
exercê-la.
— O único detetive particular? — perguntei, erguendo uma sobrancelha.
— O único detetive particular consultivo — redargüiu ele. — Sou o mais alto
tribunal de apelação em matéria de pesquisa criminal. Quando Gregson, ou
Lestrade, ou Athelney Jones se vêem em maus lençóis, como aliás é o seu
estado normal, o assunto é apresentado a mim. Examino os dados como um
técnico e dou um parecer de especialista. Não procuro honras nesses meus
trabalhos, O meu nome não aparece nos jornais. O trabalho em si, o prazer de
encontrar um campo para as minhas faculdades específicas, é a única
recompensa que pretendo. De mais a mais, você já teve algum contato com os
meus métodos de trabalho no caso de Jefferson Hope.
— É verdade — confirmei com entusiasmo. — E me impressionaram de tal
modo, que até condensei o assunto numa pequena brochura com o título meio
fantástico de Um estudo em vermelho.
Holmes abanou a cabeça tristemente.
— Passei os olhos por ela — disse ele. — Sinceramente, não posso felicitá-lo.
A investigação é, ou devia ser, uma ciência exata e, como tal, tratada de
maneira fria e sem a menor emoção. Você procurou lhe dar certo colorido
romântico, o que produz o mesmo efeito de uma história de amor ou de um
rapto transformados na quinta proposição da geometria euclidiana.
— Mas havia algo de novelesco — repliquei. — Eu não podia alterar os fatos.
— Deviam ter sido suprimidos alguns fatos, ou, pelo menos, tratados com um
justo senso de proporção. Em todo esse caso, o único ponto que merecia
referência é o curioso raciocínio analítico dos efeitos até as causas, por meio
do qual eu consegui desvendá-lo.
Essa crítica a um trabalho feito especialmente para lhe agradar me aborrecia
muito. Confesso também que me irritava aquele seu egoísmo, que parecia
exigir que todas as linhas do meu livro fossem dedicadas exclusivamente às
suas proczas. Mais de uma vez, durante os anos vividos com Holmes na Baker
Street, tive ocasião de observar que uma pequena vaidade se escondia sob as
suas maneiras discretas e didáticas. Não fiz, todavia, qualquer comentário, e
continuei calado na minha cadeira, ocupado em tratar da minha perna ferida.
Havia algum tempo que a bala de um mosquete afegão a tinha atravessado de
lado a lado, e, embora eu pudesse caminhar, ela me doía bastante sempre que
o tempo mudava.
— A minha clientela está se estendendo pela Europa — disse Holmes, após
alguns momentos, enchendo o seu velho cachimbo de raiz de roseira. — Fui
consultado na semana passada por François le Villard, que ultimamente,
conforme você talvez saiba, tem adquirido algum renome no serviço francês de
investigações. Ele possui a rápida intuição dos celtas, mas falta-lhe a grande
bagagem de conhecimentos exatos, essencial para um maior desenvolvimento
da sua arte, O caso relacionava-se com um testamento e tinha alguns aspectos
interessantes.
...