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Sistema Endócrino

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Por:   •  13/4/2014  •  4.840 Palavras (20 Páginas)  •  393 Visualizações

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SISTEMA ENDÓCRINO

INTRODUÇÃO

Os hormônios locais e circulantes do sistema endócrino regulam a atividade e o crescimento de células-alvo no corpo. Os hormônios também regulam o metabolismo.

Conforme entram na puberdade, os adolescentes começam a desenvolver diferenças notáveis na aparência física e no comportamento. Os hormônios regulam a atividade do musculo liso, do músculo cardíaco e de algumas glândulas. Alteram o metabolismo, estimulam o crescimento e o desenvolvimento, influenciam os processos reprodutivos, e participam nos ritmos circadianos estabelecidos pelo núcleo supraquiasmático do hipotálamo. 

HORMÔNIOS DA HIPÓFISE:

A hipófise é constituída por duas partes distintas – os lobos anterior e posterior. A hipófise é uma pequena glândula com cerca de 1 cm de diâmetro e 0,5 a 1 grama de peso, situada na sela turca, uma cavidade óssea na base do cérebro, e conectada ao hipotálamo pela pedícula hipofisária. Do ponto de vista fisiológico, a hipófise pode ser dividida em duas porções distintas: a hipófise anterior, também conhecida como adeno-hipófise e hipófise posterior, conhecida também como neuro-hipófise.

A hipófise anterior secreta seis hormônios peptídicos importantes, bem como vários hormônios de menor importância, enquanto a hipófise posterior secreta dois hormônios peptídeos importantes. Os hormônios da hipófise anterior desempenham papel importante no controle das funções metabólicas de todo o organismo. O hormônio do crescimento promove o crescimento de todo o corpo, ao afetar a síntese de proteínas, a multiplicação das células e a diferenciação celular. A adrenocorticotropina controla a secreção alguns hormônios córtico-suprarrenais, os quais por sua vez, afetam o metabolismo da glicose, das proteínas e da gordura. O hormônio tireoestimulante (tireatropina) controla a secreção da tiroxina e da triiodotironina pela glândula tireoide, e, por sua vez, químicas intracelulares em todo o organismo. A prolactina promove o desenvolvimento da glândula mamária e a produção de leite. Por fim, dois hormônios gonadotrópicos distintos, o hormônio folículo-estimulante e o hormônio luteinizante, controlam o crescimento dos ovários e dos testículos, bem como as suas atividades hormonais e reprodutoras.

Os dois hormônios secretados pela hipófise posterior desempenham outros papeis. O hormônio antidiurético (também denominado vasopressina) controla a excreção de água na urina e, dessa maneira, ajuda a controlar a concentração de água nos líquidos corporais. A oxitocina ajuda a ejeção do leite das glândulas mamárias para os mamilos, durante a sucção, e, possivelmente, auxilia no trabalho de parto, ao final da gestação.

A hipófise anterior tem um tipo de célula para cada hormônio importante sintetizado, pelo menos cinco tipos celulares podem ser diferenciados entre si: 1) Somatropos – hormônio do crescimento humano (hGH); 2) Corticotropos – Adrenocotropina (ACTH); 3) Tireotropos – hormônios tireoestimulantes (TSH); 4) Gonadotropos – hormônios gonadotrópicos, que incluem o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH); 5) Lactotropos – prolactina (PRL).

Cerca de 30 a 40% das células da hipófise anterior consistem em somatropos, que secretam o hormônio do crescimento, enquanto cerca de 20% são corticotropos que secretam o ACTH. Os outros tipos de células constituem, cada um, apenas 3 a 5% do total; todavia, secretam hormônios poderosos para o controle da função tireoide, das funções sexuais e da secreção de leite pelas mamas.

Os hormônios da hipófise posterior são sintetizados por corpo celulares presentes no hipotálamo. Os corpos celulares das células que secretam os hormônios da hipófise posterior não estão localizados na própria hipófise posterior, mas consistem e grandes neurônios, denominados neurônios magnocelulares, situados nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo.

A hipófise posterior e sua relação com o hipotálamo:

A hipófise posterior, também denominada neuro-hipófise, é composta, principalmente, por células do tipo glial, denominadas pituícitos. Os pituícitos não secretam hormônios, na verdade, atuam, simplesmente, como estrutura de sustentação para grande número de fibras nervosas, terminações nervosas e feixes nervosos que se originam nos núcleos supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo. Esses tratos dirigem-se até a neuro-hipofise pelo pedículo hipofisário.

HORMÔNIOS METABÓLICOS DE TIREOIDE:

A glândula tireoide, localizada imediatamente abaixo da laringe, de cada lado e anteriormente à traqueia, é uma das maiores glândulas endócrinas, normalmente pesando 15 a 20 gramas no adulto. A tireoide secreta dois hormônios importantes, a tiroxina e a triiadotironina, comumente denominados T4 e T3, respectivamente. Ambos os hormônios tem o efeito profundo de aumentar o metabolismo do corpo. A falta completa de secreção da tireoide determina, habitualmente, a queda do metabolismo basal de 40 a 50% abaixo do normal, enquanto os excessos extremos de secreção da tireoide podem aumentar o metabolismo basal por até 60 a 100% acima do normal. A secreção da tireoide é controlada, primeiramente, pelo hormônio tireoestimulante (TSH), secretado pela hipófise anterior. A glândula tireoide também secreta calcitonina, hormônio importante para o metabolismo do cálcio.

Síntese e secreção dos hormônios metabólicos da tireoide:

Cerca de 93% dos hormônios metabolicamente ativos secretados pela glândula tireoide consistem em tiroxina, enquanto 7% são representados pela triiadotironina. Entretanto, quase toda a tiroxina é, finalmente, convertida em triiadotironina nos tecidos, de modo que ambos os hormônios são funcionalmente importantes. As funções desses dois hormônios são qualitativamente as mesmas, porém, diferem quanto a rapidez e a intensidade de ação. A triioxina, porém, é encontrada, no sangue circulante, em quantidades muito menores e persiste por tempo muito mais curto do que a tiroxina.

Liberação da Tiroxina e da Triiodotiranina da glândula tireoide:

A própria tireoglobulina não é liberada no sangue circulante em quantidade mensurável; em vez disso, a tiroxina e a triiodotironina devem ser, inicialmente, clivadas da molécula de tireoglobulina, e a seguir, esses hormônios livres são liberados. Esse processo ocorre da seguinte maneira: a superfície apical das células tireóideas emite extensões em forma de pseudópodos

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