Tecnico De Necropsia
Trabalho Universitário: Tecnico De Necropsia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucas3001 • 24/1/2015 • 2.383 Palavras (10 Páginas) • 1.796 Visualizações
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Técnica da Necrópsia
Apesar do ato na necrópsia ser atributo do anatomopatologista e do legista, é indispensável que o estudante e o médico geral tenham noção dos principais tempo da técnica sobre tudo da abertura do cadáver.
Geralmente em grandes centros a técnica da necrópsia é realizada pelo técnico do IML, onde o médico responsável pela necrópsia apenas acompanha passo a passo o desenvolvimento e verifica e confirma a causa mortis.
A técnica de uma necrópsia deveria seguir normas gerais semelhantes àquelas de uma operação cirúrgica ideal. Tal como na cirurgia, o operador deve ficar ao lado direito do cadáver e o auxiliar do lado oposto. A função do auxiliar na necrópsia é semelhante àquela do cirurgião, isto é, facilitar as manobras de evisceração e enxugar constantemente o sangue e líquidos, para limpar o campo e evitar que os mesmos caiam no chão.
TEMPOS: O ato necroscópico consiste em três tempos fundamentais: exame externo do cadáver, abertura das cavidades e evisceração. Como complemento estão a dissecação do pescoço e dos membros inferiores.
EXAME EXTERNO: Importantíssimo na medicina legal, sobretudo em casos de suicídio ou homicídio por arma de fogo. Em anatomia patológica é indispensável, além do exame geral da pele e mamas na mulher, verificar os genitais externos e os orifícios naturais.
Indumentária
Ao ato da cirurgia em que a indumentária do operador visa mais a proteção do doente do que a ele próprio, na necrópsia é o patologista quem se protege. Normalmente usa-se uniforme avental, máscara e botas de material impermeável, luvas de borracha e luvas de pano, cobrindo as primeiras para facilitar apreensão das vísceras.
Instrumental
O instrumental utilizado é semelhante ao usado em cirurgia geral, porém menos variado, podendo para o uso corrente ficar limitado aos seguintes instrumentos: bisturi, facas de lâminas curta e longa, tesouras reta e curva, enterótomo, pinças anatômicas e dente de rato, pinça de Kocher, costótomo, rugina, serra, régua metálica, balança, bandeja para colocar os órgãos, agulha manual ou com porta-agulha, fios de sutura grosso ou barbante.
Instalações
O mobiliário essencial deve constar de uma mesa de autópsia preferentemente de aço inoxidável com canaletas para escoar o sangue e de uma pia funda. Deve haver uma mesa para o instrumental do necroscopista outra para seccionar as peças e uma terceira com uma balança. No recinto do serviço de anatomia patológica é óbvio instalar uma câmara frigorífica regulada de -5º C a +5º, para conservação de cadáveres ou peças frescas.
Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de necropsia, que na verdade é variante de uma das quatro técnicas básicas - de Virchow, Ghon, M. Letulle e de Rokitansky.
• Virchow os órgãos são retirados um a um e examinados posteriormente.
• Ghon, , a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatômicamente/ou funcionalmente relacionados.
• M. Letulle o conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só monobloco.
• Rokitansky os órgãos são retirados isoladamente após terem sido abertos e examinados "in situ".
O conhecimento das diferentes técnicas é importante para fornecer ao patologista e ao técnico outras opções de manipulação do corpo em situações especiais, onde a técnica habitualmente empregada é impraticável.
Roteiro tecnico
Identificação do cadáver: Identificar sexo, nome, cor, etnia e idade do cadáver.
• Exame externo do cadáver.
• Abertura do cadáver:
• Decúbito: -dorsal, melhor posição
• Incisão da pele na linha média
• Abertura da cavidade toracical.
• Abertura da cavidade abdominal.
• Verificar pressão negativa no tórax.
• Exame das cavidades abdominal e torácica.
• Remoção e exame das vísceras abdominais, inclusive aparelho genito-urinário e adrenais.
• Apresentação ao médico
Premoriência é a ordem cronológica dos óbitos das diversas vítimas em um mesmo evento. De regra, nestes casos, é de extrema importância tentar determinar a seqüência dos óbitos, notadamente por problemas patrimoniais, de herança.
Não se trata de um problema fácil de resolver. É necessária boa habilidade do legista, grande poder de observação e uma avaliação global do quadro como um todo para, posteriormente, levando em consideração:
o natureza da lesões;
o local dos ferimentos;
o intensidade das lesões;
o condições físicas das vítimas, e
o idade das vítimas,
poder chegar a uma conclusão diagnóstica, considerando, afora a diferente gravidade dos ferimentos, que os mais fortes prevalecem, pela lógica natural, sobre os mais fracos e os mais jovens sobre os mais idosos.
EXAME EXTERNO
O exame externo (ectoscopia) é de grande importância na elucidação e confirmação de diversos estados patológicos, bem como na detecção de lesões traumáticas.
Devem ser observados:
• O desenvolvimento do esqueleto, fazendo referência a deformidades existentes.
• Nutrição - avaliada pela quantidade de tecido adiposo subcutâneo e desenvolvimento muscular.
• Pele - observa-se a presença de lesões cutâneas, cicatrizes, incisões, tatuagens ou alterações da cor (que podem ser patológicas ou não). A icterícia pode ser vista na pele, mas é melhor quantificada nas escleróticas; é causada pela impregnação dos tecidos pela bilirrubina em taxas elevadas (hepatites, leptospirose, tumores das vias biliares etc).
• A hipostasia (livor cadavérico) dá uma cor vinhosa ou violácea às porções mais inferiores do corpo (dorso, no caso de pacientes
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