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Teste Dos Recém Nascido

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Por:   •  1/3/2015  •  1.430 Palavras (6 Páginas)  •  358 Visualizações

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Denise Cristina de Moraes

Teste do pezinho

Os bebês são submetidos a uma bateria de exames logo que nascem, com o intuito de identificar quaisquer anormalidades e prevenir uma série de doenças. A triagem neonatal, mais conhecida como teste do pezinho, é um dos exames mais importantes na hora de detectar irregularidades na saúde da criança.

Com apenas algumas gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido, o teste permite diagnosticar precocemente oito doenças, entre metabólicas, congênitas e infecciosas. A triagem deve ser feita entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê, já que antes disso os resultados podem não ser muito precisos.

O teste do pezinho deve ser realizado no 3º ao 5º dia de vida do bebê. Realizado gratuitamente em unidades básicas de saúde, é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas complexas que podem não ter sintomas aparentes nos recém-nascidos

O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 para identificar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Em 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o território nacional.

As oito doenças identificadas no teste do pezinho: Anemia falciforme, Deficiência de biotionidase, Fenilcetonúria, Galactosemia, Glicose 6-fosfato desidrogenase, Hipotireoidismo congênito, Hiperplasia congênita da supra-renal, Toxoplasmose

Teste da Orelhinha

O Teste da Orelhinha é um exame simples para saber se está tudo bem com a audição do seu filho. Um aparelho eletrônico com fone é colocado no ouvido do bebê, o que permite ao médico ou fonoaudiólogo verificar se a criança ouve normalmente. Orienta-se realizar o teste da orelhinha, nos primeiros anos de vida do bebê (3 meses), detectando perdas precoces que possam influenciar no aprendizado da linguagem. Geralmente o exame é realizado no berçário em sono natural, de preferência no 2º ou 3º dia de vida. O tempo de duração varia entre 5 e 10 minutos, não tem qualquer contra-indicação, não acorda nem incomoda o bebê.

Resultado

Com a realização do Teste da Orelhinha dois resultados podem aparecer:

• Se o ouvido do bebê responder aos estímulos do exame, tudo está bem. Seu filho apresenta audição normal e deve iniciar a fala em torno de 1 ano de vida e ser capaz de construir frases simples aos 2 anos. Caso isso não aconteça, peça uma nova avaliação da audição.

• Caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos do exame, atenção! Seu filho deverá passar por um acompanhamento que inclui a realização de outros exames para esclarecer se o problema é temporário ou permanente.

Quanto mais cedo, melhor

Caso seja confirmado um problema permanente de surdez, não espere. A criança precisa começar tratamento especializado imediatamente ou, no máximo, até os três meses de vida. A reabilitação inclui aparelho auditivo, terapia fonoaudiológica e, a depender da decisão familiar, o aprendizado da língua brasileira de sinais (Libras). Já existe, inclusive, a indicação de cirurgia em alguns casos: o implante coclear, que já é realizado pelo SUS e tem cobertura obrigatória dos planos de saúde.

O mais importante é que seu bebê faça o exame o mais cedo possível, preferencialmente no primeiro mês de vida, para que se descubra, com a maior antecedência, se há algum problema auditivo. A descoberta tardia pode dificultar o tratamento, além de prejudicar o desenvolvimento da criança. Seguir essas recomendações faz toda diferença para a saúde auditiva do seu filho.

Teste do coraçãozinho

Simples, indolor e capaz de detectar doenças cardíacas nos recém-nascidos, o Teste do Coraçãozinho, nome popular do exame de oximetria de pulso, ainda é pouco difundido no Brasil. Em alguns estados, como no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, ele já é obrigatório, mas a aplicação em escala federal ainda aguarda tramitação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei (PL) 484/2011, de autoria do senador Eduardo Azeredo. O PL altera o Estatuto da Criança e do Adolescente incluindo vários testes de triagem neonatal, entre eles o do coraçãozinho.

O teste deve ser realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, antes da mãe e do bebê terem alta. Leva menos de cinco minutos e consegue identificar problemas no coração antes do aparecimento de quaisquer sintomas. Duas pulseiras são colocadas na mão direita e outra em um dos pezinhos do bebê. “O oxímetro de pulso serve para medir a quantidade de oxigênio no sangue, por meio de um monitor ligado às pulseiras. Se a taxa de saturação do gás estiver abaixo de 95%, há a possibilidade de haver algum distúrbio no coração. É extremamente importante detectá-los a tempo, pois assim é possível realizar intervenções cirúrgicas rapidamente e requisitar exames mais complexos e especializados ainda antes de o bebê sair do hospital”.

Segundo a Associação de Assistência à Criança Cardiopata – Pequenos Corações (entidade sem fins lucrativos com sede em São Paulo), nascem no Brasil aproximadamente 23 mil crianças com problemas cardíacos por ano, ou seja, a cada 100 crianças nascidas vivas, uma é cardiopata. Tal condição se define pela presença de qualquer anormalidade na estrutura do coração que surja nas primeiras oito semanas de gestação. Esse tipo de problema decorre de alterações que acontecem ainda no desenvolvimento embrionário, mas muitas vezes sua existência só é verificada no nascimento

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