Técnicas de Coloração
Por: Beatriz Barros • 22/5/2018 • Seminário • 794 Palavras (4 Páginas) • 489 Visualizações
Universidade Católica de Petrópolis
Centro de Ciência da Saúde
Biomedicina
Microbiologia
Técnicas de Coloração
Beatriz de Barros Gonçalves de Jesus
2018-1
1. Introdução
Os micro-organismos são quase todos incolores na observação ao microscópio óptico, assim necessita-se preparar a amostra para ser observada, uma das formas mais comuns é por coloração, de modo que o corante vai ressaltar determinadas estruturas celulares. (TORTORA, Gerard. Microbiologia. 6ed. Guanabara Koogan.)
Os corantes são sais compostos de um íon positivo e um íon negativo. Um desse íons, o que dá a cor, é chamado de radical cromóforo. Então, os corantes conhecidos como básicos tem a cor do seu íon positivo, enquanto que os ácidos têm a cor do seu íon negativo. A célula bacteriana é negativamente carregada, portanto atrai corantes básicos. (BASTOS, A; MACEDO,J. Colorações. 2013, 10f - Centro Universitário Catarinense FACVEST, 2013)
Para serem corados os micro-organismos precisam ser primeiramente fixados em lâminas, estes então são mortos e fixados, dando uma duração significativa para a amostra. Deve-se formar um filme delgado com a amostra sobre a lâmina, que se denomina esfregaço, que pode ser secado ao ar livre ou em lamparina ou bico de Bunsen. Quando se utiliza o calor para secar a lâmina deve observar que o lado do esfregaço deve ficar para cima, ou seja, com contato indireto com a chama. Desta forma a amostra já está fixada. (TORTORA, Gerard. Microbiologia. 6ed. Guanabara Koogan)
2. Tipos de coloração
Coloração simples: Objetivo de destacar todo o organismo, deixando-o mais visível.
Coloração diferenciada: Objetivo de diferenciar tipos de bactérias. Exemplo: Gram.
Coloração especial: Objetivo de corar e identificar partes específicas dos micro-organismos como esporos, flagelos e cápsulas. São utilizadas substâncias chamadas de mordente, que também te a função de tornar uma estrutura mais espessa e mais fácil de visualizar após a coloração.
3. Tipos de corantes
Corantes Básicos
- Violeta de Genciana;
- Azul de metileno;
- Safranina;
Corantes Ácidos
- Eosina;
- Nigrosina;
- Tinta nanquim;
4. Técnicas de coloração
Ziehl-Neelsen (quente) e de Kinyoun (frio): São utilizadas para caracterizar bactérias que possuem paredes celulares com alto teor de lipídeos, BAAR positivo ou negativo, usando o corante Fucsina fenicada. Exemplos: Bacillus spp, Endósporos spp, Clostridium. Imagem 1
Gram: A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados nos laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias.
O método de Gram é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias Gram-positivas de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento 3 etanol-acetona, enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-negativas não o fazem. Imagem 2
Giemsa: É um corante membro do grupo de Romanowsky. É amplamente utilizado no laboratório de microbiologia para a coloração de: Malária e Pneumocystis jiroveci.
Mancha flagelos: demonstrar a presença e disposição dos flagelos, manchas flagelares são cuidadosamente preparadas para revestir a superfície dos flagelos com um corante ou de um metal, tal como prata.
Wirtz-Conklin (Esporos): É necessário um tempo prolongado de exposição ao corante, associado ao aquecimento, o que permite o rompimento da barreira obtendo-se, então, o esporo corado em verde de malaquita. Exemplos: Clostridium tetani e Clostridium botulinum. Imagem 3
Fontana-Tribondeau (Espiroquetas): É utilizado sais de prata impregnam a superfície da bactéria tornando-a mais espessa. Espirilos e espiroquetas tem pouca afinidade pelos corantes normalmente usados e coram-se fracamente. Exemplo: Sífilis e Leptospirose. Imagem 4
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