INTEGRAÇÃO METABÓLICA NOS PERÍODOS PÓS-PRANDIAL E DE JEJUM
Por: Laura Z. Bortot • 1/7/2018 • Trabalho acadêmico • 2.410 Palavras (10 Páginas) • 1.393 Visualizações
Acadêmicos: GABRIELA ZANELLA HERMES
LAURA BORTOT
KAROLYNE BRANDALISE
RICARDO MAKIAMA
SINARA PALTANIN
Resumo do artigo: INTEGRAÇÃO METABÓLICA NOS PERÍODOS PÓS-PRANDIAL E DE JEJUM
Hemácias:
* Fazem o transporte de oxigênio;
* Metabolismo predominantemente anaeróbio;
* Dependentes da via glicolítica anaeróbia;
* Captação de glicose independe da presença de insulina;
* Produção constante de lactato, que será captado pelo fígado. O lactado é convertido em glicose pela gliconeogênese hepática, ajudando na manutenção da glicemia.
Cérebro:
* Não possui reserva energética, por isso necessita do suprimento de glicose (moeda energética);
* Os corpos Cetonicos podem ser utilizados como substratos energéticos;
* Os ácidos graxos não podem atravessar a barreira hematoencefálica, então não podem suprir a demanda energética do sistema nervoso central;
* Seu consumo de glicose só é menor do músculo esquelético em exercício
Fígado:
O metabolismo de carboidratos no fígado:
* Concentração de glicose no hepatócito é a mesma que existe na corrente sanguínea;
* Glicose só pode ser utilizada após ser fosforilada pela enzima glicoquinase;
* Pode utilizar como substratos energéticos os ácidos graxos e aminoácidos;
* Insulina influencia a utilização de glicose pelas células hepáticas;
* A glicose só será utilizada pelo fígado como nutriente preferencial quando a razão insulina/glucagon for alta para ativar a via glicolítica;
* Faz síntese de glicogênio;
* Em jejum, quando houver predomínio de glucagon sobre a insulina, a glicogenólise será ativada. Utiliza também outro recurso, a gliconeogênese;
* A gliconeogênese ocorrerá em velocidade máxima após a exaustão do glicogênio hepático;
* No jejum prolongado a glicemia é mantida somente pela gliconeogênese;
* A síntese de glicose no fígado durante o período de jejum prolongado tem como precursores aminoácidos (vindos do musculo esquelético), lactato (vindo das hemácias) e glicerol (vindos da mobilização de triglicerídeos do tecido adiposo);
* Ocorre gliconeogênese pós-prandial para garantir o adequado armazenamento de glicogênio no fígado.
O metabolismo lipídico no fígado:
* No pós-prandial, estimulado pela insulina, os ácidos graxos podem ser sintetizados a partir de Acetil-CoA. Eles serão transportados pela VLDL até o tecido adiposo, onde serão armazenados.
* A capacidade de transformar excessos alimentares em lipídeos é praticamente ilimitada, enquanto a capacidade de armazenamento de glicogênio é limitada;
* No jejum, o fígado capta ácidos graxos liberados pela mobilização de triglicerídeos nos quais serão utilizados para a síntese de corpos cetonicos;
* É mantendo uma gliconeogênese moderada e intensificando a cetose que o organismo pode suportar um jejum prolongado por períodos longos (de 30 a 60 dias);
* O fígado como fornecedor energético do jejum é fundamental para sistema nervoso central e para a manutenção da vida;
Metabolismo proteico no fígado:
* No período pós - prandial a concentração de aminoácidos na corrente circulatória é alta, a oxidação completa de aminoácidos fornece uma quantidade de energia significativa para o tecido hepático. Esses aminoácidos podem ser totalmente oxidados pelo fígado ou convertidos em glicose ou corpos cetônicos.
* Dietas ricas em proteínas estimulam a produção de glicogênio a partir de aminoácidos.
* No jejum o fígado prioriza a gliconeogênese pelo recebimento de aminoácidos provenientes do tecido muscular.
* O Fígado faz catabolismo proteico e síntese de todas as proteínas plasmáticas.
* Essa síntese proteica hepática faz a manutenção da concentração de proteínas circulantes.
Tecido muscular
* A utilização de corpos cetônicos e ácidos graxos livres no musculo podem substituir a glicose.
* Intensa atividade física o musculo é mantido principalmente pela utilização anaeróbica da glicose, por isso o musculo esquelético cardíaco mantem uma reserva de glicose, o glicogênio.
* O glicogênio muscular somente alimenta o próprio musculo. Sua reserva é fundamental para a eficiência do trabalho muscular, principalmente na atividade física intensa.
* A captação de glicose no musculo é feita pela GLUT 4, que é dependente de insulina.
* A insulina aumenta o número de receptores de GLUT 4 e inibe a degradação proteica favorecendo a síntese de proteínas. Por isso que dietas ricas em
aminoácidos e carboidratos são coadjuvantes para obter hipertrofia muscular, induzida pelo exercício físico.
* Ciclo de Cori: o musculo consome glicose e produz lactato. O lactato é levado para o fígado através da circulação e lá e novamente é convertido em glicose, ou seja, no musculo acontece a glicólise e no fígado a gliconeogênse.
* Uma parte do piruvato produzido no musculo é convertido por transaminação em alanina, que também irá alimentar a gliconeogênse hepática.
* Em trabalho muscular intenso, ou jejum, temos a liberação do aminoácido alanina, que funciona como substrato da gliconeogênese.
* Primeiros dias de jejum a proteólise muscular é intensa. Após 3 ou 4 dias ocorre em menor escala, pois a reserva proteica é limitada.
* Após esses 3 ou 4 dias de jejum, o sistema nervoso central substitui o uso de glicose pelo de corpos cetônicos, o que diminui a velocidade da proteólise muscular e consequentemente da gliconeogênese.
* Em períodos de exercício físico moderado e de longa duração o combustível para os músculos passa a ser os lipídeos.
* O musculo cardíaco da prioridade aos corpos cetônico, preferindo-os do que a glicose.
* O tipo de substrato energético utilizado pelo musculo é determinado pela intensidade e duração do exercício, mas pode ser influenciado pelo nível de treinamento, dieta, e fatores externos
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