A Gameterapia

Gameterapia

Videogames com sensores de movimento vêm sendo usados hoje em dia na fisioterapia de reabilitação de pacientes ortopédicos e neurológicos.

Esse tipo de fisioterapia é indicado para crianças, jovens, adultos e idosos, mas é sempre bom lembrar que o videogame não substitui as práticas terapêuticas clássicas, ele simplesmente as complementa.

A gameterapia serve para incentivar a atividade cerebral dos pacientes até para recuperar movimentos.

Segundo a Dra. Bianca Azoubel de Andrade, “existem reabilitações com videogame para tudo, não só para a fisioterapia...”

“Os pacientes que fazem a ciberterapia têm uma melhora muito maior e mais rápida, se comparada aos pacientes que não a fazem...”, diz o Dr. Paulo Eduardo Monteiro, chegando ao ponto de no Canadá ter sido criado um videogame específico para ser usado em fisioterapia.

No Brasil, a Universidade de São Paulo (UNICID) vem incorporando o videogame Wii na terapia de reabilitação, o mesmo acontece nos principais centos de reabilitação do Canadá, Estados Unidos e Europa.

Esse recurso é usado no tratamento de doenças como acidente vascular encefálico, paralisias e lesões musculoesqueléticos.

O professor Fábio Navarro Cyrillo, fisioterapeuta que supervisiona o uso do Wii na clínica da UNICID, diz que teve a ideia de usar o videogame após ter participado de um estágio em um dos centros de reabilitação da Universidade Mcgill em Montreal, Canadá, em 2008.

Cyrillo diz ainda que, um estudo realizado no Canadá mostra que 10 pacientes que fizeram tratamento convencional de fisioterapia e também sessões de terapia com realidade virtual, obtiveram benefícios funcionais para os membros superiores maiores que o grupo de 10 pacientes que realizou terapia convencional.

Nos casos de tratamento da Ambliopia (olho preguiçoso), deficiência do desenvolvimento normal do sistema visual, que pode causar a redução ou a perda da visão, o tratamento mais comum é o uso do tampão durante a infância, para forçar o desenvolvimento do olho deficiente. Porém, a Universidade de Berkeley, vem utilizando os videogames comuns no tratamento de jovens e adultos comprovando melhora na acuidade visual dos pacientes.

Em uma pesquisa com pessoas entre 15 e 61 anos de idade com Ambliopia foram realizadas sessões de duas horas de jogo, totalizando 40 horas.

Nessa pesquisa o Dr. Roger LI, autor e coordenador da pesquisa, diz que melhoras significativas foram notadas em relação a percepção tridimensional, levando os pesquisadores a acreditar que essa é a primeira prova concreta de que videogames podem ajudar na recuperação da acuidade visual de adultos com amblioterapia.

Influência da Gameterapia sobre o Equilíbrio de Portadores de Doenças de Parkinson

Outro caso de uso da Gameterapia, é com pacientes portadores da doença de Parkinson.

Por se tratar de uma doença que se caracteriza por sinais como tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos voluntários) e instabilidade postural, o uso da Gameterapia tem sido visto como uma tecnologia inovadora e promissora.