A Historia do Futebol

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Curso de Educação Física

HUGO HENRIQUE ALVES – RA: N1937G-7

GUILHERME EDUARDO DE SANTIS CANTADOR – RA: N1534E

IAGO MORAIS MOREIRA – RA: D428AG-4

LEONARDO MOSCA HOMEM – RA: N51EJ-9

LEONARDO NANZER– RA: D4264H-5

LEONARDO MANOEL DA SILVA VITORINO – RA:D423DD-0

LUCAS PROETTI DE OLIVEIRA – RA: N1875E-6

WELLISON RUFINO DA SILVA – RA: D42341-4

FILOSOFIA E DIMENSÕES HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA.

ESPORTE E IDENTIDADE NACIONAL: A HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL

RIBEIRÃO PRETO

2017

HUGO HENRIQUE ALVES – RA: N1937G-7

GUILHERME EDUARDO DE SANTIS CANTADOR – RA: N1534E

IAGO MORAIS MOREIRA – RA: D428AG-4

LEONARDO MOSCA HOMEM – RA: N51EJ-9

LEONARDO NANZER– RA: D4264H-5

LEONARDO MANOEL DA SILVA VITORINO – RA: D423DD-0

LUCAS PROETTI DE OLIVEIRA – RA: N1875E-6

WELLISON RUFINO DA SILVA – RA: D42341-4

ESPORTE E IDENTIDADE NACIONAL: A HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL

Professor: Lupércio Luiz de Oliveira

RIBEIRÃO PRETO

2017

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O INÍCIO DO FUTEBOL NO BRASIL (1894-1933)

Quando se fala de futebol, no Brasil, é muito comum associar o esporte, a glória, conquistas, craques títulos e alem de tudo, um espetáculo a parte, mas a verdade e que nem sempre foi assim. A história nos mostra que, no começo, existia muito racismo e preconceito nesse meio desportivo, visto que o futebol não é originalmente brasileiro, na época em que foi implantado no país, o mesmo era muito dividido, racialmente falando, por questões econômicas.

O futebol teve origem no Brasil, por volta de 1894. Sua principal influencia, era Charles Miller, nascido no Brasil, mas mandado para Europa para estudar. Miller, com seu sangue brasileiro, foi adepto de um estilo de jogar chamado "Dribbling", que consiste em fazer artimanhas com a bola, o que é diferente do "Passing", que seria o estilo Europeu de jogar passando a bola.

Futebol era um esporte da elite, já que era praticado muitas vezes, por brasileiros enviados pelos seus pais à Europa, para estudar, e lá, se deparavam com o esporte.
Apesar de ser um esporte para ricos, marinheiros foram vistos jogando aqui no Brasil, e era raro a participação de conterrâneos nos jogos. Com tudo, foi Miller que trouxe o futebol da Europa, foi ele quem trouxe as leis e a maneira correta de seguir as regras do jogo. (Guterman,2013)

O primeiro campo foi o terreno da chácara de Dulley, que inicialmente era usado para jogar críquete, que logo foi substituído pelo futebol. Porém, o primeiro estádio genuíno, foi construído em 1902, onde era um velódromo. O estádio foi encomendado por Antonio da Silva Prado.

Um pouco distante deste cenário, no Rio de Janeiro, mais precisamente no ano de 1900, um suíço chamado, Oscar Cox, que também era um praticante de futebol na Europa, incentivou a prática do esporte no estado. Sem muita estrutura, lá começou os primeiros treinamentos futebolísticos do Brasil. Esses treinamentos foram realizados no clube do Payssandu, Rio Cricket e Rio Team, porém, não houve nenhuma atração por parte dos praticantes já que os clubes visavam a pratica de outros esportes como, ginástica, remo e boliche. E foi no ano de 1902 que ocorreu o primeiro campeonato estadual, porém, apenas no estado de São Paulo. Naquela ocasião, o São Paulo Atletic Club foi campeão e viria a ser campeão nos dois anos seguintes (1903 e 1904). Já em 1905, o campeonato estadual, finalmente, começa a se expandir e foi realizado também na Bahia onde o campeão naquela ocasião foi o Internacional de Cricket. Dai em diante o futebol começa a ficar mais plural e começa a ganhar mais visibilidade em outros estados do país como, Ceará, Pernambuco, Piauí, DF, entre outros. E isso foi um marco, pois os estaduais fez com que a elite enxergasse a importância da inclusão dos negros e mulatos nos torneios futebolísticos.

Um ponto interessante além de outros, foi à interação do povo com o esporte a partir da seleção brasileira. De acordo com Osvaldo Bertolino a conquista do Sul-Americano de 1919 foi um dos principais aspectos para essa interação, pois no dia da final o antigo presidente, Delfim Moreira, decretou ponto facultativo, com o Brasil todo ”parando" para ver o jogo, caso hoje como se observa na copa do mundo e isso se tornou nossa cultura. 
Foi também o tempo que o futebol começou a ter sua profissionalização no país, tendo um papel mais importante socialmente, já nesses anos 30 em diante era tida como um "fenômeno popular de massa".

As origens negras e indígenas passam a ser a principal característica do povo brasileiro, deixando de ser "vergonha". Com essas novas características tornou-se um estilo próprio de jogo, "futebol arte", caracterizado pela ginga e ligeireza e criatividade própria do povo brasileiro. (Ribeiro, 2003)

FUTEBOL BRASILEIRO NA ÉPOCA DA DITADURA (1934-1980)

No período em que os movimentos de mudança vinham sendo ocorridos, como a Revolução de 1930, junto com o golpe que se instalava no Brasil que era a ditadura militar em 1937, durante este contexto o futebol já estava sendo considerado um fenômeno popular e de massa. Na ditadura começou a ser visto pelos governantes como um componente a ser atingido na cruzada disciplinadora.

Em 1933, foi criada a profissão de jogador de futebol obrigando assim a sua sindicalização, essa profissionalização era vista como um movimento cultural e político mais amplo. Em relação especifica do futebol a profissionalização, foi correspondente a tensão que existiu entre tradição elitista e amadora dos primórdios da prática esportiva e a necessidade da regulamentação nos clubes, com isso houve uma crescente participação de jogadores remunerados, muitos deles de origem negra e pobre.

Gilberto Freyre um dos maiores intelectuais da época, achava que havia conflito entre o desejo e a necessidade dos setores dominante em disciplinar a sociedade. Dispunha de uma “espontaneidade individual”, que era considerada uma suposta brasilidade, era necessária uma organização que fosse disciplinar a vontade criadora, esse conceito de disciplina era tanto moral como ideológico.