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A Eritropoiese

Por:   •  22/10/2019  •  Projeto de pesquisa  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  311 Visualizações

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Eritropoiese

O sangue é um tecido que flui pelo sistema circulatório entre os diversos órgãos, transportando nutrientes, hormônios, eletrólitos, células de defesa, fatores da coagulação, resíduos do metabolismo celular e diversas outras substâncias. O equilíbrio e a distribuição de líquidos, a regulação do pH através de tampões, bem como a termorregulação, também são importantes funções deste tecido. Dentre as células presentes na fase sólida estão as hemácias, células redondas, bicôncavas anucleadas em mamíferos. As hemácias tem vida útil muito curta, por isso, precisam ser repostas frequentemente e isto é conseguido através da produção e liberação de novas células pela medula óssea, processo conhecido como eritropoiese.

A eritropoiese é iniciada ainda na vida uterina, a partir de uma célula pluripotencial ( multipotente), chamada célula-tronco, que é estimulada a se diferenciar em unidades formadoras de colônia eritrocitária pela ação de diversos fatores estimulantes. Dentre estes fatores estão a interleucina 3 (IL-3), que associada a eritropoetina e estimulantes das colônias de eritrócitos são responsáveis por estimular a formação das células sanguíneas e interleucina 9 (IL-9) que é responsável pela formação de colônias eritróides. A eritropoetina (EPO), hormônio que ao se ligar com receptores encontrados nas unidades formadoras de hemácias, induz e mantém a proliferação de células progenitoras eritróides na medula óssea e a diferenciação de células vermelhas maduras no sangue periférico, reduzindo também o período de transição entre pró-eritroblasto a eritrócito.

O processo básico da maturação da série eritrocitária consiste na síntese de hemoglobina e formação de um pequeno corpúsculo bicôncavo, que proporciona o máximo de superfície de contato para trocas gasosas eritrócitos são os rubriblastos, que sofrem diferenciação resultando na redução do seu tamanho, aumento da concentração de hemoglobina citoplasmática e condensação gradual de cromatina nuclear, sob influência de fatores medulares locais e ação da eritropoetina, que se liga a receptores eritróides das células progenitoras, levando a sua proliferação e maturação.

As células resultantes da maturação dos rubriblastos são os prorrubrícitos, sendo que as etapas seguintes formam, sequencialmente, rubrícitos basofílicos, rubrícitos policromatofílicos e metarrubrícitos. A transição entre rubriblasto e eritrócito (ERT) requer 5 a 7 dias, mas pode ser acelerada em até dois dias quando a medula é estimulada por indutores de crescimento ou por fatores externos, como exposição do sangue a baixas concentrações de oxigênio por longos períodos ou hemorragias. Qualquer condição que reduza oxigênio transportado para os tecidos, principalmente o tecido renal, aumenta a produção de eritrócitos. Assim, quando um indivíduo fica extremamente anêmico devido à hemorragia ou qualquer outra condição, a medula óssea começa imediatamente a produzir eritrócitos. Além disso, a destruição de grandes porções da medula óssea por qualquer meio, provoca hiperplasia da medula restante, na tentativa de suprir a demanda de eritrócitos pelo organismo.

As condições que diminuem o fornecimento de oxigênio para o tecido renal estimulam a produção de EPO, como altitude

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