A RELAÇÃO DO NEGACIONISMO CIENTÍFICO COM O SURGIMENTO DE AGRAVOS PATOLÓGICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONA VÍRUS
Por: Duda Bastos • 4/9/2021 • Trabalho acadêmico • 616 Palavras (3 Páginas) • 166 Visualizações
Sistema único de Saúde (SUS) durante a pandemia
A RELAÇÃO DO NEGACIONISMO CIENTÍFICO COM O SURGIMENTO DE AGRAVOS PATOLÓGICOS DURANTE A PANDEMIA DO NOVO CORONA VÍRUS
INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 tem se agravado para muito além da falta de estrutura, insumos e profissionais. Atualmente, grande parcela da população brasileira tem se orientado através de fontes não seguras e fake news disseminadas pelas mídias sociais. Os movimentos contrários à ciência, reverberados por líderes e celebridades notadamente negacionistas tem exaltado uma terapêutica sem eficácia e com efeitos colaterais extremamente sérios, que acarretam o agravamento do quadro da covid e acabam por desorientar os pacientes mesmo nas situações iniciais da doença. OBJETIVO: O trabalho tem como objetivo descrever a relação do negacionismo científico com a adoção de tratamentos duvidosos contra a covid, bem como as consequências nocivas para a saúde de quem os adere. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica acerca dos estudos relevantes sobre do tema. Efetuou-se busca sistematizada incluindo artigos de periódicos indexados nas bibliotecas Scielo e Pubmed. Utilizando como critério de escolha os que apresentassem a relação do negacionismo científico com a atual gestão da pandemia, além de terapias ineficazes no tratamento do vírus. RESULTADOS/DISCUSSÕES: Os esforços das entidades médicas e científicas em comprovar através de pesquisas e testes randomizados não são o bastante para frear a disseminação de notícias falsas sobre tratamentos precoces contra o novo Corona Vírus. Isso porque informações deturpadas sobre esse tipo de tratamento surgem em órgãos importantes do Governo Federal, como a SECOM (Secretaria de Comunicação do presidente do Brasil) que lançou em 2020 uma campanha em defesa da cloroquina contra covid-19. Instituições se posicionaram de encontro ao protocolo recém promovido, dentre elas as Sociedades Brasileiras de Infectologia, de Imunologia e de Pneumologia, além de universidades e hospitais do país. O uso do chamado “kit covid”, adotado por alguns líderes políticos e consecutivamente por parte da população brasileira, promete proteger o usuário da contaminação e eliminar o vírus do organismo de pessoas já infectadas. Esse kit conta principalmente com drogas como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina. Especialistas alertam para o aparecimento de sérios efeitos colaterais advindos da utilização destes medicamentos, incluindo eventos cardiovasculares como arritmia grave, já que seu uso em uma população com perfil de riscos particulares daquelas que são tratadas com a mesma droga para outras circunstâncias como, idade avançada, doenças cardiovasculares e uso simultâneo de outras drogas possibilitam o aumento do intervalo QT promovendo um estado crítico de saúde, além disso, a ineficácia da ivermectina para o tratamento da Covid-19 foi relatada pela fabricante farmacêutica norte-americana Merck Sharp and Dohme, a nota alerta para a falta de evidências científicas no tratamento do novo vírus e destaca a falência hepática em casos em que o medicamento seja utilizado de forma indiscriminada, levando à necessidade de transplante em casos severos. Quando utilizados em casos iniciais, esses medicamentos podem acarretar o agravo de quadros leves, ocasionando o óbito do paciente caso não haja atendimento imediato. CONCLUSÃO: Portanto, entende-se que a falta de credibilidade à ciência repercutida na sociedade brasileira por grupos negacionistas fomenta agravos na saúde das vítimas da covid-19 e expõe pessoas a sérios riscos e até à morte.
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