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A Saúde Do Trabalhador - Parte Escrita

Por:   •  27/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  6.907 Palavras (28 Páginas)  •  91 Visualizações

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SUMÁRIO

  1. LER/DORT....................................................................................................................... 3

  1. PAIR............................................................................................................................... 6
  1. TRANSTORNOS MENTAIS......................................................................................... 9
  1. ANSIEDADE........................................................................................................... 9
  1. DEPRESSÃO......................................................................................................... 11
  1. NEURASTENIA..................................................................................................... 13
  1. SÍNDROME DE BURNOUT................................................................................. 14
  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 18
  1. INTRODUÇÃO

A saúde do trabalhador, quer seja no Brasil e/ou no mundo atual, tem sido marcante no processo de globalização, abordando o modo de vida e definindo outros padrões de saúde-doença. Observa-se a crescente transformação econômica, política, social e técnica, que vêm exercendo forte influência sobre a saúde dos trabalhadores. Dentre essas transformações podemos notar a forma como o trabalho vem sendo realizado, suas modificações e as consequências para a saúde do trabalhador. 

A constituição do processo de trabalho é realizada gerando cargas de trabalho que irão atuar direta ou indiretamente na saúde dos trabalhadores. É observado a intensificação e aumento da jornada de trabalho; sobrecarga de funções, grande exposição a fatores de risco para a saúde e não cumprimento de regulamentos de proteção à saúde e à segurança. Diante disso, percebemos o adoecimento dos trabalhadores, traduzido em acidentes de trabalho e em doenças ocupacionais. (CARVALHO, 2019)

  1. DESENVOLVIMENTO

Este trabalho configura-se como uma pesquisa de revisão bibliográfica; do tipo exploratório e descritivo. Apresentamos os temas Ler/Dort , Pair e transtornos mentais relacionados ao trabalho, servindo como um instrumento de avaliação da disciplina Saúde do Trabalhador. Além disso, foi feita uma pesquisa, cujas informações foram coletadas em plataformas online, nas bases de dados científicas como LiLACS , Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Biblioteca On-line da Universidade Federal de Uberlândia. Através também de atividades, reuniões e diálogos.

  1. LER/DORT

Sabe- se que nos tempos atuais há várias maneiras de se adoecer no trabalho, já que geralmente o mesmo é caracterizado por metas e produtividade, sem levar em conta os limites físicos desse indivíduo. 

Uma das formas do indivíduo adoecer no trabalho está associado com as Lesões por Esforços Repetitivos, conhecido como LER e que está vinculado com as afecções do sistema musculoesquelético por ter muitos movimentos repetitivos sem pausas necessárias, força, vibração, permanência da mesma postura por muito tempo, interferência do local de trabalho, como temperatura, barulho, luz,  instrumentos de trabalho desconfortáveis e a falta de tempo para a recuperação desse trabalhador (BRASIL, 2009). 

Entretanto, a sigla foi substituída por DORT que tem como significado Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Essa mudança aconteceu, porque na grande parte dos casos nem sempre o indivíduo que está com sintomas no sistema musculoesquelético necessariamente estará com lesão em alguma estrutura, pois, segundo Pinto (2022), há outros tipos de sobrecargas no trabalho que podem ser nocivas, como a sobrecarga estática (contrair um músculo, por muito tempo, por exemplo) e não somente a dinâmica. 

E é por isso que, Alencar (2011) alega que no Brasil, a LER/DORT tornou- se um problema de saúde pública e social de alta prevalência desde os anos 1980 e, nos dias de hoje está relacionada às doenças crônicas que predominam no ranking. Segundo Lima (2020), 

 

no território Brasileiro, 2,29%, isto é, 3.568.095 pessoas com mais de 18 anos declararam ter diagnóstico médico de LER/DORT,  dos  quais  mais  da  metade  afirmaram  que  a  doença  limitava suas atividades habituais, sendo que para 13,1%, essa limitação era  intensa e para 2,8%, muito intensa. (LIMA, 2020)

   

Dados esses que, conforme Pinto (2022) mostra, mais do que um impacto negativo na integridade física daquele indivíduo é representado como um grande problema na economia do país antigamente e até os dias de hoje, já que dados de 2017 apontam que

 

cerca de 22 mil trabalhadores se afastaram das atividades profissionais devido às LER/DORT e representaram 11,19% de todos os benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no ano segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego. No triênio 2018-2020, 852.161 auxílios-doença foram concedidos em função de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, totalizando um gasto em torno de 1,3 bilhão de reais à previdência. (PINTO, 2022)

 

Pinto (2022) alega que entre os anos de 2007 e 2021, os trabalhadores mais atingidos são mulheres entre os 40 a 49 anos com até o Ensino Médio e que são do setor industrial. 

Se faz necessário estar atento aos sinais e sintomas para que se mantenha a vigilância e o monitoramento dos trabalhadores. E é por isso que Viegas (2016) alega que entre os trabalhos, dentro da indústria há o maior número de indivíduos com diagnósticos relacionados a doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, de acordo com a Previdência Social no Brasil. 

Viegas (2016) aponta que a operacionalização das notificações compulsórias iniciou em 2006, mas somente em 2007 foi iniciada sua implantação e essas notificações geram base de dados do SINAN, que é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, para que haja informações para “análise do perfil da morbidade e contribuindo, dessa forma, para a tomada de decisões em nível municipal, estadual e federal”.

Pinto (2022) afirma que nos anos entre 2007 a 2021 essas notificações onde o sexo feminino prevaleceu entre os homens, era 80% dos casos notificados e que “68,4% das notificações os trabalhadores possuem uma jornada diária de trabalho maior que 6 horas.”

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