A Úlcera por Pressão
Por: Lara Duarte • 28/10/2019 • Trabalho acadêmico • 815 Palavras (4 Páginas) • 216 Visualizações
Em 2013 o Ministério da Saúde divulgou o Protocolo para Prevenção de Úlcera por pressão. Um dos motivos da preocupação da úlcera de pressão é que ela acarreta uma série de problemas tanto ao paciente, quanto o sistema de saúde. De acordo com o protocolo, que traz uma série de medidas a serem adotadas nos casos de vulnerabilidade, a maioria dos casos pode ser evitado por meio da implantação de estratégias de prevenções confiáveis.
O protocolo tem como finalidade realizar a precaução da ocorrência de úlcera por pressão e outras possíveis lesões na pele. No Brasil não é possível quantificar com exatidão o número de ocorrências, mas de acordo com um estudo epidemiológico realizado, as taxas de incidência chegaram a 39,81%. Por esse índice tão elevado, a equipe de saúde deve aplicar as recomendações de prevenção a todo grupo vulnerável em todas as faixas etárias que se encontrem em ambiente hospitalar, em cuidados continuados ou/e em lares.
A úlcera por pressão (UPP) é considerada lesões que se desenvolvem a partir da pressão prolongada sobre tecidos moles, principalmente em locais de prominências ósseas, que se forma em pacientes que permanecem por algum tempo acamados. Sendo que a intensidade da lesão está associada à duração da pressão e a tolerância dos tecidos. Além do desconforto causado ao paciente e aos familiares, há também impactos causados no próprio sistema de saúde, já que há gastos na permanência do paciente e riscos de outras infecções.
A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio de identificação conciliada com estratégias de prevenção. O protocolo apresenta seis etapas estratégicas de prevenção. Na primeira etapa é feita a avaliação de risco de UPP do paciente. São levados em conta: mobilidade, incontinência, déficit sensitivo e estado nutricional. Para esta avaliação, é utilizada a escala de Braden e permite a tomada de estratégias de medidas preventivas. Nessa escala, é dado o resultado inversamente proporcional, ou seja, quanto maior o número de pontos, menor a classificação de risco para ocorrência dessa lesão.
Na segunda etapa, é posto a necessidade da reavaliação diária do risco de desenvolvimento de UPP dos pacientes já internados. Pois, é permitido aos profissionais da saúde, especialmente do cuidado, o ajuste das estratégias já estabelecidas para prevenir as UPP e aplica-las individualmente nos pacientes. Na terceira etapa, é recomendada a avaliação diária da pele do paciente, principalmente às áreas com maior risco de sofrerem lesões, como as regiões anatômicas sacral, trocanter, occipital, escapular, maleolar e regiões submetidas a presença de cateteres, tubos e drenos. Deve ser feita a avaliação dos pés à cabeça.
Na quarta etapa, faz-se necessário o processo de limpeza da pele e o cuidado com a umidade, já que há um maior risco de desenvolvimento de UPP. A pele deve ser limpa sempre que apresentar sujidade e quando fontes de umidades não puderem ser controladas, é necessário o uso de materiais que reduzam o contato da pele com a umidade. Além disso, o uso de hidratantes corporais é recomendado, porém está contra indicado a massagem na presença de inflamações. Na quinta etapa o nutricionista é extremamente necessário, já que pacientes com déficit nutricional ou desnutrição podem apresentar ossos mais salientes e assim, maiores probabilidades de ocorrências de lesões cutâneas. Portanto, o nutricionista irá avaliar o quadro do paciente e propor intervenções mais apropriadas.
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