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Infecções do Sítio Cirúrgico: O Papel do Enfermeiro na Prevenção

Por:   •  16/3/2019  •  Artigo  •  7.173 Palavras (29 Páginas)  •  369 Visualizações

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INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO: O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO

Rita Oliveira Souza*

Bacharel em Enfermagem, pela Universidade Salgado de Oliveira – 2014, com Especialização em Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material de Esterilização, pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

Resumo: Infecção do Sítio Cirúrgico também conhecido como infecção da ferida, vem ganhando destaque por seu alto índice, custo cada vez mais elevado o que contribui para maior permanência dos pacientes nas instituições hospitalares, afastamento das atividades diárias e o convívio familiar. Atualmente está infecção tornou-se um problema de saúde pública, ocupando o terceiro lugar entre outras infecções relacionadas ao serviço de saúde o que vem proporcionando a conscientização de todos os profissionais da área da saúde a trabalhar em parceria com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), com ações e medidas voltadas para uma assistência cada vez melhor em prol da promoção e prevenção deste cliente. Sendo o enfermeiro o principal articulador para levar a frente essa tarefa deve trabalhar em conjunto com toda a equipe para que não haja a influência de fatores de risco que são capazes de evoluir para o aparecimento dessas infecções. Onde o papel fundamental deste profissional é fazer com que essas medidas sejam cumpridas em todas as etapas da internação até alta hospitalar.  

PALAVRAS CHAVES: Infecção Hospitalar- Infecção do Sítio Cirúrgico- Prevenção e Enfermagem

[1]ABSTRACT

Surgical Site Infection also known as wound infection, has been gaining attention for its high content increasingly high cost which contributes to greater permanence of patients in hospitals, withdrawal from these activities and family life. Currently this infection has become a public health problem, ranking third among other infections related to health care which is providing the awareness of all health professionals working in partnership with the Hospital Infection Control Commission (CCIH), with actions and measures aimed at an increasingly better assistance for the promotion and prevention of this client. As the nurse the main articulator to take forward this task must work together with the whole team so that there is the influence of risk factors that are able to evolve to the appearance of these infections. Where the fundamental role of this professional is to make these measures are met at all stages of admission to hospital.

KEYWORDS: Infection Hospitalar- Site Infection Prevention and Nursing Cirúrgico-

INTRODUÇÃO

Infecção do sítio cirúrgico também conhecido como infecção da ferida, vem sendo destaque atual, por ser um grande problema de saúde pública. Onde quanto maior for sua incidência menor é a qualidade do centro cirúrgico e da instituição hospitalar. Dentro deste contexto a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) tem a tarefa de reduzir ao máximo essa incidência por meio de implantação de medidas, normas e rotinas para visar o controle e a prevenção dessas infecções (SOBECC, 2009).

De acordo com Bartmann (2011), apesar dos grandes avanços tecnológicos, todos os procedimentos por mais complexos que sejam, são realizados dentro do centro cirúrgico, sendo está unidade um setor crítico e propício ao aparecimento de infecções, esta área precisa de uma estrutura apropriada para o seu funcionamento, deve ser restrita, sem aglomeração de pessoas, só profissionais aptos podem circular neste setor, tudo para garantir a segurança do paciente que será submetido a procedimentos cirúrgicos.

 As infecções do sítio cirúrgico vêm alcançando destaque na atualidade, por sua elevada incidência, custo cada vez mais alto, onde a taxa de mortalidade é bem acentuada. De acordo com a ANVISA (2009, p. 4), definem-se infecções do sítio cirúrgico como: “[...] uma das principais infecções relacionada a assistência á saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo de 14% a 16% das infecções hospitalares[...]”.

O sítio cirúrgico é o local onde acontece a maioria das infecções com taxa de 11%, requerendo cuidados especiais aos pacientes hospitalizados. A base dos trabalhos das CCIH faz parte da amostragem de cada unidade e o conjunto geral é a base final dos dados para que algumas conclusões sejam tomadas para o maior controle das infecções do sítio cirúrgico. ANVISA (2009) relata que o resultado destas observações podem diagnosticar uma infecção e fazer com que a vigilância seja mais criteriosa em alguns procedimentos na faze pós-operatória.

A comparação é uma forma de controlar e obter resultados para diminuição das infecções do sítio cirúrgico, mas cada unidade hospitalar tem a sua sistematização e particularidades para o período pós-operatório, dificultando a padronização de certos procedimentos. Essa comparação da taxa de infecção pode ser fantasiosa, quando fatores de riscos, como o ambiente e o local onde o ato cirúrgico é efetuado são diversos.

Quanto às práticas de enfermagem, Bartmann (2011, p.89) diz que:

[...] algumas práticas de enfermagem Peri operatória ainda se baseiam na tradição e em conhecimento empíricos, sem qualquer respaldo científico. Para aprimorar o trabalho da enfermagem, é fundamental a interação entre os profissionais do centro cirúrgico e da Comissão e Controle de Infecção Hospitalar, nas discussões e implementações de medidas capazes de controlar a infecção do sítio cirúrgico [...].

De acordo com Silva (1997), os fatores de riscos ligados ao ato cirúrgico são absolutamente imponderáveis no seu controle porque são invisíveis e por maiores cuidados que se tomem eles são inerentes ao próprio procedimento, outro risco é a condição clínica do paciente que pode levar muitas vezes a infecções e até em casos extremos a óbitos. Esses fatores estão associados á idade avançada, dieta inadequada, obesidade, presença de doenças crônicas e em alguns casos a terapêutica imunodepressora que interfere na imunidade celular e hormonal do indivíduo, favorecendo a presença de infecções do sítio cirúrgico.

Atualmente as infecções do sítio cirúrgico vêm ganhando destaque tornando-se um indicador de qualidade de assistência ao paciente, o que reflete na característica do centro cirúrgico, da estrutura da instituição hospitalar e da equipe cirúrgica.  Para minimizar essa incidência a CCIH, deve trabalhar em conjunto com a equipe de saúde com ações voltadas para prevenção dessas infecções, com o objetivo de reduzir a ocorrência desse problema por meio de uma série de medidas. Para Amaral, et. al (2013), as infecções do sítio cirúrgico são complicações que podem ocorrer no momento da cirurgia de órgãos, tecidos ou cavidades manipuladas no ato cirúrgico ou por fatores predisponentes relacionados ao individuo e aos procedimentos cirúrgicos.

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