O Broncodilatadores
Por: Suzana Santos • 26/10/2017 • Seminário • 560 Palavras (3 Páginas) • 357 Visualizações
Broncodilatadores
Introdução
Os principais fármacos que são utilizados como broncodilatadores são os agonistas beta-adrenérgicos, outros também incluem as teofilinas, antagonistas dos receptores de cisteinil-leucotrienos e antagonistas muscarinicos.
Os agonistas de receptores beta adrenérgicos atuam primariamente na asma dilatando os brônquios por ação direta sobre os receptores beta adrenérgicos na musculatura lisa. São antagonistas fisiológicos dos broncoconstritores, relaxam o músculo brônquico independente de quais sejam os espasmógenos envolvidos. Atuam também inibindo a liberação de mediadores de mastócitos e a liberação de TNF- alfa de monócitos, além de aumentar a remoção do muco por ação sobre os cílios.
Os agonistas beta adrenérgicos em sua maioria são administrados por inalação de aerossol, pó ou solução de nebulizada, porém alguns podem ser administrados por via oral ou parenteral. É utilizado um inalador com válvula medidora de dose para preparações de aerossol. Os fármacos mais comuns de ação curta dessa classe que são utilizados é o salbutamol e a terbulina, e os de ação longa são o salmeterol e formoterol.
Os principais efeitos indesejáveis dos agonistas beta adrenérgicos são : tremores, taquicardia e arritmias cardíaca.
As xantinas são os principais fármacos terapêuticos da classe dos broncodilatadores e tem sido utilizado há muito tempo. O exemplo clássico deste fármaco é a teofilina, seu mecanismo de ação ainda não é claro, o efeito relaxante sobre a musculatura lisa é atribuído à inibição de isoenzimas da fosfodiesterase, com resultante aumento do AMPc e ou do GMPc. As concentrações necessárias para inibição das enzimas isoladas excedem a faixa terapêutica das concentrações plasmáticas.
Os efeitos indesejáveis das xantinas são a insônia e o nervosismo, pode ocorrer também efeitos cardiovasculares e no SNC quando a concentração plasmática é muito elevada, como arritmias e crises convulsivas. A teofilina é administrada por via oral em preparação de liberação prolongada. A aminofilina pode ser administrada por injeção intravenosa lenta de uma dose de ataque, seguida de uma infusão intravenosa.
A teofilina é absorvida no trato gastrointestinal, metabolizada pelas enzimas P450 no fígado, sua meia vida média de eliminação é cerca de 8 horas em adultos mas pode haver variações entre os indivíduos. A meia vida aumenta com hepatopatia, insuficiência cardíaca e infecções virais e diminui nos tabagistas.
Os antagonistas de receptores muscarinicos tem como principal composto broncodilatador o ipratrópio. O tiotrópio também é disponível e trata-se de um fármaco que possui ação mais prolongada, usado no tratamento de manutenção da DPOC. O ipratrópio é derivado quaternário da N-isopropilatropina, ele não discrimina entre os subtipos de receptores muscarinicos, sendo possível assim que seu bloqueio de autorreceptores M2 nos nervos colinérgicos aumente a liberação de acetilcolina reduzindo assim a eficácia de seu antagonismo nos receptores de M2 na musculatura lisa. É administrado em aerossol por inalação.
Antagonistas dos receptores de cisteinil-leucotrienos expressam-se na mucosa respiratória e nas células inflamatórias infiltrativas, mas a significância funcional de cada um ainda não foi esclarecida. Os fármacos da classe “lucaste” (montelucaste e zafirlucaste) antagonizam somente o receptor CysLT¹. São administrados por via oral em combinação com um corticosteroide inalatório. Os efeitos adversos consistem principalmente em cefaleia e distúrbios gastrintestinais.
Antagonistas dos receptores H1 da histamina não têm lugar de rotina na terapia, embora os mediadores de mastócitos atuem na fase imediata da asma alérgica e em alguns tipos de asma induzida por exercício. Podem ser discretamente eficazes na asma atópica leve, especialmente quando esta é precipitada por liberação aguda de histamina em pacientes com alergia concomitante, como febre do feno intensa.
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